Serão barracos na periferia, cortiços, porões e “lojas”, andares térreos ou subsolos de antigos sobrados, os espaços usados como alojamento de escravos e moradias para os mais pobres.
As casas nos quilombos eram cobertas com folhas de palmeiras e erguidas com material tirado da própria natureza. Os portugueses fizeram de tudo para destruir Palmares. Fizeram um pacto de paz com Ganga-Zumba, rei de Palmares, mas era só fachada.
Alguns escravos fugidos, para dificultar a captura e garantir a sua subsistência, formavam essas comunidades, chamadas quilombos ou mocambos, que tinham uma organização social própria e uma rede de alianças com diversos grupos da sociedade.
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
O povo do quilombo é um povo alegre, que gosta de música e de dança. O canto está sempre presente em seu cotidiano e nas festas. Entre os quilombolas há um grande número de cantores e compositores, que relatam em suas músicas a vida, a luta e a esperança de seu povo.
AULA 1 - 3ª edição do Curso de Formação de Professoras e Professores Quilombolas
Quais são as condições de vida dos quilombolas?
Quanto às condições, ainda há comunidades quilombolas que optam por manter o modelo de vida em contato com a natureza e longe dos costumes urbanos. Porém, existem aquelas em que as condições sanitárias são inadequadas e não possuem suporte para acesso a recursos básicos como energia elétrica e água potável.
O cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz compõe a base alimentar dessas comunidades quilombolas desde o período colonial. A partir desta cultura alimentar, estruturaram-se modos de fazer o plantio, de colheita e de troca que se tornaram tradicionais dentro da comunidade.
Assim, uma pessoa que se autodetermina quilombola tem laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vive. O Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, no nordeste de Goiás, é o maior território quilombola do Brasil, ocupado há mais de 300 anos por esses povos tradicionais.
A existência de quilombos contemporâneos é uma realidade latino-americana. Tais comunidades são encontradas na Colômbia, Equador, Suriname, Honduras, Belize e Nicarágua. E em diversos desses países – como ocorre no Brasil – o direito às terras tradicionais é reconhecido na legislação nacional.
As comunidades quilombolas são grupos étnicos – predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações específicas com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.
Quais são os problemas enfrentados pelos quilombolas?
Falta de água, de emprego e renda, de acesso às políticas públicas existentes. Esses elementos fazem parte das condições de vida das comunidades quilombolas no Brasil. Contudo, o maior “problema da comunidade é quando os meninos estão pedindo as coisas para comer e não tem.
O quilombo era em suas margens ponteadas de armadilhas escondidas nos matos, fossas, estrepes e caminho falsos formavam o seu sistema de defesa para enfrentar os capitães do mato e inimigos no geral.
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
Resposta: Explicação: Comunidades indígenas são compostas por índios, já as comunidades quilombolas (que já não existem mais) eram compostas por escravos negros.
Nas comunidades quilombolas, hoje, existem três religiões predominantes: o catolicismo, o candomblé e o evangelismo. Algumas possuem apenas uma religião, porém, o mais comum é que, numa mesma comunidade, predominem duas ou três religiões diferentes.
O que é ser quilombola? Ser quilombola é se sentir pertencente a uma determinada comunidade, é se identificar com os valores, costumes e também ter a ligação com o território, viver próximo de outros indivíduos que compartilham de um mesmo laço identitário.
Aqui no Brasil, quilombos e mocambos foram agrupamentos de negros que resistiram à escravidão por meio da fuga e criaram um ambiente comunitário de sobrevivência próprio. O Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, é o mais conhecido deles e durou mais de 100 anos.
Os grupos indígenas ensinaram os quilombolas a plantar e processar outros alimentos como a mandioca, uma raiz comestível. Assim como as comunidades indígenas, as comunidades quilombolas gerenciam suas terras de maneira comunal. Não separam terrenos para indivíduos e cultivam a terra como um grupo.
Serão barracos na periferia, cortiços, porões e “lojas”, andares térreos ou subsolos de antigos sobrados, os espaços usados como alojamento de escravos e moradias para os mais pobres.
Os trajes das cirandeiras, como as saias rodadas, também são significativas da cultura no quilombo. Vestido de saia rodada, colorida, com babados em estilo Andaluz, colares e brincos dourados e maquiagem é como as mulheres ciganas, as calins, gostam de se vestir, explica a artesã Cristiane Cavalcante Viana.
As práticas de saúde nos quilombos encontram resistência no sistema formal, apesar de algumas serem consideradas Práticas Integrativas e Complementares. Entre 2013 e 2019, a taxa de pessoas que utilizaram esse tipo de tratamento caiu quase 94%, de acordo com a PNS.
Os quilombolas são os remanescentes de um grupo étnico-racial formado por descendentes de escravos fugitivos durante o período da escravidão no país entre outros grupos que viviam nos chamados quilombos.
Como vivem os quilombolas hoje em dia? Atualmente, os quilombolas vivem em comunidades que, embora mantêm tradições ancestrais, enfrentam desafios contemporâneos. Muitas dessas comunidades estão em áreas rurais, onde a agricultura de subsistência e o extrativismo são as principais atividades econômicas.