Ele acreditava que a verdadeira felicidade só poderia ser alcançada através da busca pela sabedoria e virtude. Sócrates acreditava que o autoconhecimento e a reflexão constante sobre nossas ações e princípios morais eram essenciais para alcançar a verdadeira felicidade.
O que é felicidade para Sócrates, Platão e Aristóteles?
A felicidade é o estado de espírito a que aspira o homem e para isso é necessário tanto bens materiais como espirituais. Aristóteles herda o conceito de virtude ou excelência de seus antecessores, Sócrates e Platão, para os quais um homem deve ser senhor de si, isto é, ter autocontrole (autarquia).
Como Sócrates relaciona os conceitos de virtude, verdade, felicidade, bem e conhecimento?
Conhecimento como virtude
Sócrates acreditava que o conhecimento e a virtude eram inseparáveis. Ele argumentava que, se as pessoas conhecessem o bom e justo, inevitavelmente agiriam de acordo com esses princípios. Portanto, a busca pelo conhecimento era essencial para a prática da virtude.
Nesse sentido, para Platão, a felicidade é o resultado final de uma vida dedicada a um conhecimento progressivo até se atingir a ideia do bem, o que poderia ser sintetizado na seguinte fórmula: conhecimento = bondade/justiça = felicidade.
Segundo o autor, a felicidade consiste em uma atividade da alma conforme a virtude. É o bem supremo, que tem um fim em si mesmo, sendo almejado por todos. O que constitui a felicidade são as ações virtuosas, e as atividades viciosas conduzem o contrário.
No budismo, a felicidade ocorre através da liberação do sofrimento e pela superação do desejo, através do treinamento mental. Para Immanuel Kant, a felicidade é a condição do ser racional no mundo, para quem, ao longo da vida, tudo acontece de acordo com o seu desejo e vontade.
Assim, a felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa. Para Sócrates, sofrer uma injustiça era melhor do que praticá-la e, por isso, certo de estar sendo justo, não se intimidou nem diante da condenação à morte por um tribunal ateniense.
A felicidade é uma busca, não há atividade humana que não vise encontrá-la. A Filosofia desabrocha do cotidiano humano, das tentativas de enaltecimento do ser, essa é a motivação para o desenvolvimento desta pesquisa. Nietzsche a buscou, deixando claro em seus relatos históricos e na sua produtividade filosófica.
Para Aristóteles, a felicidade é o objetivo final e mais alto da vida humana. Ele acredita que a felicidade não é um estado passageiro de prazer ou alegria, mas sim um estado duradouro e completo de realização e satisfação em todas as áreas da vida.
Sim, Sócrates defendia a busca pelo conhecimento através do método de questionamento e reflexão, conhecido como maiêutica. Ele acreditava que a verdade deveria ser descoberta por meio do diálogo e da investigação racional, em vez de simplesmente aceitar as crenças tradicionais ou populares.
Sócrates acreditava que a melhor forma de transmitir conhecimento era através da troca direta de ideias através de perguntas e respostas entre duas pessoas. Por isso, não deixou nenhuma obra escrita. Todo o conhecimento a respeito da obra desse grande filósofo é resultado do trabalho de Platão, seu discípulo.
Opondo-se ao relativismo de muitos sofistas, para os quais a verdade e a prática da virtude dependiam de circunstâncias, Sócrates valorizava acima de tudo a verdade e as virtudes - fossem elas individuais, como a coragem e a temperança, ou sociais, como a cooperação e a amizade.
Qual era a visão de Sócrates sobre a relação entre a ética e a felicidade?
Sócrates entendia que a ética era um conjunto de valores e princípios que orientavam o comportamento humano. Ele acreditava que a virtude era a chave para a felicidade e que o conhecimento era essencial para alcançá-la. Para ele, a ignorância era a raiz de todos os males e a sabedoria era o caminho para a virtude.
Em resumo, Sócrates se concentrava na ética e na moralidade, Platão nas ideias e na justiça, e Aristóteles na observação empírica e na razão. Cada um desses pensadores trouxe contribuições distintas para o desenvolvimento da filosofia ocidental.
Se como nos diz Sartre (1980), “A existência precede a essência”, é o próprio homem quem constrói os sentidos da vida, e, por conseguinte da própria felicidade. Assim, não podemos ignorar o sofrimento humano, a angústia interior, a exploração social.
RESUMO: Schopenhauer define a felicidade como a “satisfação sucessiva de todo o nosso querer”, e afirma que a tendência a ela (i) “coincide completamente com a nossa existência” – cuja essência é a Vontade de viver – mas (ii) é revelada pelo conhecimento como o nosso maior erro e ilusão.
Para Hegel, só é feliz aquele que se resigna a uma vida furtiva e se conforma a viver de uma forma simples e sem acontecimentos grandiosos. Existem outras filosofias para as quais existe a negação a priori da possibilidade de felicidade.
Por isso, para esse filósofo, o caminho da felicidade é o do abandono das ilusões dos sentidos em direção ao mundo das ideias, até alcançar o conhecimento supremo da realidade, correspondente a ideia do bem.
Assim, o prazer ao qual Epicuro (n.d./2002) se refere quando afirma que o prazer é o início e o fim de uma vida feliz é um prazer frugal, resultado da ponderação entre desprazeres e prazeres. É um prazer definido como "ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma" (Epicuro, n.d./2002, p.
Disse Aristóteles que as pessoas que pensam assim parecem querer provar para si mesmas que são, de fato, boas. Do mesmo modo, são as pessoas que buscam não honra, e sim riquezas. As riquezas não trazem felicidade, são apenas úteis e instrumentos para se alcançar alguma outra coisa.
Ele acreditava que a verdadeira felicidade só poderia ser alcançada através da busca pela sabedoria e virtude. Sócrates acreditava que o autoconhecimento e a reflexão constante sobre nossas ações e princípios morais eram essenciais para alcançar a verdadeira felicidade.
Resumo: para Sêneca, é feliz o homem que entrega à razão o direcionamento de toda a sua vida. Assim, aquele que não usa a sua razão age como os demais animais, por impulso, e é incapaz de chegar à consciência da felicidade.
O objetivo dos estoicos não era outro que alcançar a felicidade ou a autorrealização, um conceito que eles chamavam de eudaimonia. Isso pode ser alcançado através da virtude moral (ou areté) e da serenidade (ou ataraxia).