Ah, importante: quando se faz isso («Bom dia a todos e todas»), nós percebemos que o enunciador desta frase quis usar todos tão somente para seres do sexo masculino, o que está correto também, pois todos em contraposição com todas é uma forma que se refere, contextualmente, só a seres do sexo masculino.
Todos um termo globalizante, inclusivo. Quando se diz “bom dia a todos”, a audiência feminina já está incluída. Portanto, se dissermos “bom dia, a todos e todas”, isso equivale a dizer “bom dia a todos e todas e a todas”, pois, no pronome indefinido “todos”, a audiência feminina já está incluída.
Dizer “Boa noite a todos e a todas” seria o equivalente a dizer “Boa noite a todos os indivíduos e todas as pessoas” . É tão redundante quanto isso, de verdade. Por isso, não faz sentido. Você sabe que dizer “todas as pessoas” inclui todas as pessoas, certo?
Para exprimir a noção de “inteiro”, de “totalidade”, deve-se empregar todo o, toda a. No plural, o pronometodos vem acompanhado de artigo, quando indica a totalidade das pessoas ou dos representantes de determinada categoria, grupo ou espécie. “Todos os processos daquele gabinete foram digitalizados.”
Pergunto: Está correcto «somos todos nós», uma vez que Continente está no singular? Sim, está correto. O termo Continente é deslocado para o início da frase para efeitos de destaque ou foco. No entanto, o sujeito da frase é «todos nós».
'Todes' já é uma palavra popular, utilizada para substituir o masculino genérico – “Bom dia a todes” –, ou em contexto no qual o falante quer contemplar todos os gêneros, especificando-os: “Bom dia a todas, todes e todos”. Também propõe os pronomes pessoais Ile e Elu e suas derivações.
“Todes” não é e nunca poderá ser um pronome; simplesmente porque não é considerado assim na estrutura da Língua. Se alguém quiser usar, que use, mas não se admite que um comunicado de um Museu da Língua Portuguesa traga esse corpo estranho; essa invencionice.
As pessoas devem escrever “a todos” ou “à todos”? Considerando que a crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido feminino “a”, o correto é “feliz ano novo a todos”, sem o acento grave. A justificativa é que “todos” é um pronome indefinido, logo, antes dele não vai artigo.
O termo “Todes” é usado pela comunidade não-binária, ou seja, pessoas que não se identificam com o gênero feminino nem com o masculino. Informalmente, foi criada a “linguagem neutra” para utilizar termos que não definam essas pessoas como homem ou mulher, como forma de inclusão e respeito.
A locução à todos, com acento indicador de crase, está errada. Todos é um pronome indefinido, plural e masculino, que se refere a todas as pessoas, sendo sinônimo de toda gente e todo mundo. Exemplos: Desejamos a todos um bom fim de semana.
Por esta razão, na ótica gramatical, o quantificador todos tem a capacidade de se referir simultaneamente a pessoas do género masculino e feminino. A expressão «todos e todas» é, assim, do ponto de vista estritamente gramatical, redundante.
Quem decide usar “todos e todas” sabe que não seria necessário, mas ESCOLHE fazê-lo. Em sociedades nas quais mulheres não foram consideradas interlocutoras por muito tempo, esse esforço do falante de ressaltar que se dirige também a elas é compreensível.
O termo "todes" vem sendo utilizado há algum tempo e possui importância dentro da comunidade LGBTQIAP+, ainda que o apresentador Ratinho não esteja interessado em citá-lo. O uso da linguagem neutra é uma forma de se referir às pessoas não-binárias, ou seja, que não se identificam com os gêneros feminino ou masculino.
Quem inventou a linguagem neutra? Não se sabe exatamente se foi apenas uma pessoa específica, um grupo de pessoas, ou uma organização que “inventou” a linguagem neutra, pois seu uso tem sido praticado em diferentes culturas e idiomas há anos.
O Supremo Tribunal Federal decidiu que é inconstitucional os estados determinarem se as escolas devem utilizar ou não a linguagem neutra em sala de aula. De acordo com a Corte, é atribuição da União, ou seja, do Ministério da Educação, tratar do tema.
"Primeiro porque nada tinha a ver com o projeto que votávamos, que instituía a comunicação simples em documentos oficiais para garantir transparência e cidadania. Outra agressão é uma incontrolável transfobia.
É a substituição dos artigos feminino e masculino por um "x", "e" ou até pela "@" em alguns casos. Assim, "amigo" ou "amiga" viram "amigue" ou "amigx". As palavras "todos" ou "todas" são trocadas, da mesma forma, por "todes", "todxs" ou "tod@s".
O uso da linguagem neutra em sala de aula como princípio da dignidade humana ganhou reforço com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou lei estadual que proibia o uso de pronomes neutros nas escolas.
Se as formas “precavejo” e “precavenho” não existem, a solução é “estou me precavendo” ou substituir por sinônimo (=”eu me previno”, “eu tomo cuidado”...)
Assim, segundo ela, “há quem se apresente com: 'Bom dia a todos, a todas e a todes' e 'Bom dia a todes'. O uso de todes na primeira saudação diferencia pessoas não binárias das demais pessoas; o segundo uso abrange todas as pessoas, Page 7 ISSN: 2358-8829 sem distinção”.
Sintetizando: A gente: locução empregada coloquialmente em substituição ao pronome nós. Agente: Substantivo que nomeia aquele que age ou exerce alguma ação. Há gente: Substituição à expressão existem pessoas.