Autismo: use os termos autista, pessoa com autismo. Não use o termo autista fora do contexto, como referência a alienação. Doenças intelectuais: não use os termos doente mental, pessoa excepcional ou deficiente intelectual. O termo adequado é pessoa com deficiência intelectual.
Por se tratar de uma condição e não uma enfermidade, desde a década de 90 não se usa mais o termo “autista”, mas sim “pessoa com autismo” ou “pessoa com transtorno de espectro autista”. Por não se tratar de uma doença, não podemos falar em cura para o autismo.
É correto dizer que a pessoa é portadora de autismo?
Termos como “criança especial”, “portador de necessidades especiais”, “portador de autismo” não são utilizados. Pela lei, o termo correto é Criança com Deficiência ou Pessoa com Deficiência. O mesmo vale para a preferência na utilização do termo pessoa autista e não pessoa com autismo.
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e ...
Com um alcance mundial, simpatizantes do termo “autista” aceitam e celebram o que consideram “natureza autista” (condição), sem o estigma de algo que precisa ser “consertado”. Para estas pessoas, SER autista é natural e, não, uma deficiência.
O termo “portador”, como se deduz, quer dizer que a pessoa carrega algo consigo. Então, quando se trata de doença, é preciso que haja algo no corpo da pessoa que a esteja dando causa, como por exemplo, algum tipo de vírus, bactéria ou mutação genética. Então, é correto dizer: “André é portador do vírus da AIDS”.
A pessoa com deficiência também tem nome, sobrenome e dignidade a ser respeitada. Use preferencialmente o termo pessoa com deficiência, adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
É correto usar o termo portador de necessidades especiais?
Os termos “portador de deficiência” e “portador de necessidades especiais (PNE)” não devem ser mais usados. O correto é usar apenas “pessoa com deficiência” ou na forma abreviada “PcD”.
De acordo com a lei de nº 12.764, de 2012, a pessoa com TEA é uma pessoa com deficiência: "a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais".
O transtorno do espectro autista, popularmente conhecido como autismo, é um distúrbio do neurodesenvolvimento. Ele tem início nos primeiros anos da infância e persiste na adolescência e vida adulta, embora seus sintomas possam reduzir de modo considerável mediante tratamento.
Um estudo recente do MIND Institute, ligado à Universidade da Califórnia, detectou que a gravidade dos sinais de autismo de uma criança pode mudar significativamente entre a idade de 3 e 11 anos. Ou seja, o estudo reforça que existem evidências de mudanças, e não exatamente piora.
Enquanto alguns preferem o termo “pessoas com autismo”, outros inclinam-se para “pessoa autista”. Há aqueles que são indiferentes à terminologia usada. Mais do que simplesmente transmitir um significado, palavras transmitem sentimento e como as pessoas são percebidas.
No Brasil, tornou-se bastante popular, acentuadamente entre 1986 e 1996, o uso do termo “pessoas portadoras de deficiência”. Hoje, o termo preferido passou a ser “pessoas com deficiência”, motivando o desuso da sigla “PPD”. Devemos evitar o uso de siglas em seres humanos.
Use "pessoa com síndrome de Down" em vez disso. Mongolóide ou Mongol: Termo inadequado para se referir a uma pessoa com deficiência intelectual. Use "pessoa com deficiência intelectual" em vez disso.
O termo “espectro” foi inserido ao nome do transtorno autista em 2013, por conta da diversidade de sintomas e níveis que as pessoas apresentam. Cada indivíduo com autismo tem seu próprio conjunto de manifestações, tornando-o único dentro do espectro.
A palavra autista não deve ser usada para classificar as pessoas de forma pejorativa por diversos motivos. Listamos abaixo alguns deles. O diagnóstico de autismo pode levar anos para ser confirmado, mesmo em casos que contam com o empenho da família e de profissionais de saúde qualificados.
O termo “diabético” (adjetivo) pode ser utilizado, contudo, para descrever complicações da doença. Por isso, lembre-se: referir-se a uma pessoa como “alguém com diabetes” é um modo de reconhecer que, apesar de ela ter o diabetes, não é tudo o que ela é!