Alguns dias após seu primeiro ciclo de quimioterapia, seus cabelos podem começar a cair. Este fenômeno é chamado alopecia. Várias medidas de acompanhamento podem ajudá-lo nesta fase. Existem dermocosméticos para cuidar do seu couro cabeludo, entre outros produtos.
Geralmente, os primeiros fios começam a cair em alguns dias ou semanas após as primeiras sessões do tratamento. Os cabelos não são os únicos afetados, podendo ocorrer a queda de pelos de diferentes áreas do corpo, como sobrancelhas, braços e regiões pubianas.
De acordo com um estudo americano, publicado recentemente no Journal of Clinical Oncology, a calvície masculina pode estar atrelada a doenças como o câncer de próstata. A pesquisa mostrou que os homens que perderam cabelo na parte da frente da cabeça tinham 40% a mais de chances de desenvolver este tipo de tumor.
Alguns quimioterápicos e a radioterapia, danificam células de crescimento rápido, como as do cabelo, assim os danos aos folículos pilosos, levando a perda parcial ou total dos fios. Geralmente essa perda é temporária e o cabelo volta a crescer de 3 a 6 semanas, após o término da quimioterapia.
Câncer e Quimioterapia - Por Que o Cabelo Cai e Como Evitar - Dr. Paulo Müller Dermatologista
Qual o tratamento de câncer que não cai o cabelo?
A radioterapia só causa perda de pelos na parte específica do corpo tratada. Se a radiação é usada para tratar a mama, por exemplo, não há perda de cabelo em sua cabeça. Radiação para o cérebro, usado para tratar câncer ou metástases no cérebro, geralmente causa perda de cabelo na região irradiada ou em toda cabeça.
Porque o couro cabeludo está fragilizado durante o tratamento quimioterápico. Vale lembrar que o dermatologista é o profissional mais indicado para lhe dar várias orientações sobre os cuidados com a pele, os cabelos e as unhas durante o tratamento oncológico.
Por que os fios de cabelo não resistem à quimioterapia? As drogas que atacam as células cancerígenas também atacam células saudáveis do corpo, como as que formam os fios de cabelo, o que leva à queda. Não só dos fios do couro cabeludo, mas também das axilas e da região pubiana, além de cílios e sobrancelhas.
A quimioterapia, como já dissemos, apresenta sintomas e efeitos colaterais mais agressivos, que vão desde enjoo, náuseas e cansaço até a tão temida queda de cabelo, anemias e problemas de fertilidade. Já na radioterapia os efeitos estão mais relacionados com a área que está sendo tratada.
Toda quimioterapia faz o cabelo cair? Não. Nem todas. As drogas que mais causam esse efeito são doxorrubicina, paclitaxel, ciclofosfamida, além dos antracíclicos (quimioterapia vermelha), uma das mais antigas drogas para o tratamento do câncer, utilizada principalmente para o tratamento do câncer de mama.
Alopecia androgenética – de origem genética, é o tipo mais comum de queda de cabelo. O problema pode se iniciar na adolescência, porém, fica mais aparente entre os 40 e 50 anos. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cada fio de cabelo cresce por cerca de seis anos, e, ao parar de crescer, entra em fase de repouso, que leva algumas semanas. Depois desse processo, o fio cai em três meses, momento em que um novo fio deve substituí-lo.
Um estudo americano publicado no Journal of Clinical Oncology sobre calvície masculina, ligou a calvície a doenças como câncer de próstata e revelou que os homens que perderam cabelo na parte da frente da cabeça, possuíam 40% a mais de chances de desenvolver este tipo de tumor.
Alguns quimioterápicos retêm líquidos nas células e tecidos (edema). Diminuição da atividade física, em função da fadiga, leva as pessoas a se exercitarem menos e com isso ganharem peso.
A perda capilar (alopecia) é um efeito colateral comum de alguns tratamentos de câncer, incluindo quimioterapia e radioterapia. As células que controlam o crescimento do cabelo são células de crescimento rápido e podem ser danificadas por tratamentos que atacam as células tumorais.
No entanto, de acordo com a Mayo Clinic, uma instituição americana referência em oncologia, os pulmões, cérebro, fígado e ossos são os órgãos mais atingidos. Os tumores que aparecem no fígado, por exemplo, possuem 20 vezes mais chances de serem metastáticos do que de terem surgido originalmente no local.
Câncer de pâncreas, de vesícula biliar, de esôfago, de fígado, de pulmão e de cérebro são os mais letais — ou seja, poucas pessoas sobrevivem cinco anos após o diagnóstico do tumor maligno. Quanto mais precoce o câncer for descoberto, mais eficiente será o tratamento e mais chances o paciente tem de sobreviver.
Na maioria dos casos, a queda começa a ocorrer de duas a três semanas depois da primeira sessão de quimioterapia. Mas é preciso que os pacientes saibam que, normalmente, os fios voltam a crescer dois meses após a última sessão de quimio. Leia também: Câncer de mama tem cura, sim!
Os medicamentos de imunoterapia para o câncer, pelo menos os inibidores de checkpoint, geralmente não causam queda de cabelo, embora muitas vezes esses medicamentos sejam usados junto com a quimioterapia.
Atenção caso queira pintar os cabelos: somente após voltar a crescer. Utilize tinturas sem amônia e priorize as que contenham cremes hidratantes. Consulte um especialista para saber quando exatamente poderá tingir o cabelo – especialmente se não houver queda durante a quimioterapia.
Como mencionamos anteriormente, pode ser angustiante ver muitos fios caindo ao mesmo tempo. Portanto, uma estratégia para lidar com o problema é já cortar o cabelo antes mesmo dele cair. Não precisa raspá-lo totalmente, mas ver partes mais curtas caindo pode ser menos doloroso.
Como a radioterapia é feita em sessões, geralmente elas são divididas entre 4 a 5 sessões por semana, ao longo de várias semanas, cada sessão tendo entre 15 a 30 minutos de duração.