Maquiavel é claro: religião é timore di Dio. O fundamento da religião para Maquiavel é, pois, o medo de um Deus que, ainda que seja apresentado como algo que tem certa feição humana, considerado em si mesmo não constitui razão de obrigação política e de vínculo social.
Mas não é porque não se encaixa na moral cristã que se pode dizer que Maquiavel era ateu ou não religioso. Inúmeras são as citações em seus textos de invocação feitas a Deus, ou interjeições e vocativos demonstrando sinal de respeito, e uma maneira de tratamento apropriado à época.
Atribui ao temor a Deus o segredo para a união, motivação e participação das estruturas de um país. no pensamento político de Maquiavel, a religião é agregadora e pacificadora, um instrumento fundamental para a conquista e manutenção do poder político. Machiavelli puts religion under the politics.
Maquiavel defende a ideia de que um estado forte depende de um governante eficaz, e para que ele seja bom, ele deve ter boas habilidades políticas. Para ele, são características relevantes de um bom príncipe, ser bondoso, caridoso, religioso e ter moral.
Se Deus criou Satanás perfeito, de onde veio o mal?
Maquiavel era católico?
Maquiavel seria cristão – sobre isso não se põe dúvida – não por convicção espiritual, mas acima de tudo por ser esta a religião do seu tempo e de sua gente. Participava da mesma como membro de uma comunidade muito mais do que como crente convicto.
O termo “maquiavélico” sempre esteve associado à astúcia, falsidade e má-fé. Foi empregado, por exemplo, para caracterizar governos despóticos e políticos corruptos. Os dicionários apontam esse termo como “astuto”, “ardiloso”. De fato, o nome de Maquiavel foi considerado uma ameaça às bases morais da vida política.
De acordo com Maquiavel, a religião se fundamenta no temor a Deus, e esse temor, se for devidamente orientado por um legislador, transforma- se em um instrumento de poder político gerador de obediência.
Em 1512, a cidade foi invadida, quando houve até mesmo derramamento de sangue, e Maquiavel foi preso e exilado por ser um oficial republicano. Ele escreveu O Príncipe em 1513, durante seu exílio, mas sua obra não foi publicada até 1532, cinco anos após sua morte.
Estado laico significa que o ordenamento jurídico de um país não pode se vincular a nenhum credo religioso, mas não significa que as diversas filosofias não possam se expressar sobre os assuntos postos à discussão na comunidade nacional.
Mais preciso do que dizer que Hume foi o primeiro ateu da filosofia, é dizer que ele foi um dos primeiros filósofos a combater de forma organizada os argumentos propostos pelos teólogos.
Defensor do absolutismo e de ações duras e austeras por parte de um governante quando necessário, Maquiavel foi injustiçado ao entrar para a história como o patrono da expressão “maquiavélico”, utilizada para designar alguém capaz de tudo pelo poder.
No túmulo de Maquiavel, em Florença – vizinho ao de Michelangelo – há uma lápide com a inscrição latina 'Tanto nomini nullum por elogium', ou seja, “Tão grande nome nenhum elogio alcança-o”.
A religião consiste, para Maquiavel, a base para o crescimento ou declínio de um império. A religião deve produzir este temor de Deus, capaz de civilizar o povo e assegurar a liberdade. A educação religiosa pode assegurar a grandeza de uma república, mas, ao contrário, sua corrupção pode arruinar uma república.
O que pode ser observado como inseparável da religião?
As religiões têm características comuns, como: crenças doutrinárias, práticas e rituais, uma comunidade de fiéis, experiências espirituais, e um código moral ou ético.
Quando foi que a tradição e a religião perderam forças?
O recuo rápido das religiões tradicionais em meados do século vinte advém essencialmente dessa concorrência. Mais peculiarmente, elas perderam seu papel de garantia das instituições elementares do poder, a família e a comunidade local. 60A 'secularização' do mundo resultou em grande parte dessa evolução.
E a ordem pela prisão de Maquiavel foi dada há exatos 500 anos na cidade de Florença, onde o pensador, então influente e ativo na diplomacia da época, foi acusado de fazer parte de uma suposta conspiração para derrubar a facção Medici do poder.
O pensador renascentista concluiu que ser temido é muito mais seguro do que ser amado. Isso porque, segundo ele, dos homens pode-se dizer que geralmente são ingratos, volúveis, dissimulados e ambiciosos. É claro que, enquanto se lhes faz o bem, tudo isso fica oculto sob a pele.
O que significa a frase "os fins justificam os meios"?
"O fim justifica os meios" ou "os fins justificam os meios" é uma paráfrase de Nicolau Maquiavel, significando que se os objetivos forem importantes o suficiente, qualquer método para os atingir é aceitável.
De um modo geral, Christie e Geis (1970) consideram que os indivíduos maquiavélicos tendem a ter uma relativa ausência de afeto nas relações interpessoais, não apresentam preocupação com a moral convencional, embora não sejam necessariamente imorais e demonstram baixo comprometimento ideológico.
Não por acaso, o pai da filosofia política moderna, Maquiavel, considera que “quem pretenda fundar um Estado e dar-lhe leis deve antecipadamente pressupor os homens como maus e sempre prontos a mostrar a sua malvadez logo que para tal se lhes ofereça uma ocasião”.
Simplificando, a confusão se deu basicamente porque Maquiavel fala em uma liderança de pulso firme que, sempre pensando no bem da população, algumas vezes precisa tomar decisões impopulares e duras.
Os escritos de Nicolau Maquiavel ainda fascinam e provocam repulsa em muitas pessoas. Visto como defensor de um governante violento, foi um grande apreciador da República.