“A adenomiose pode levar a anemia, devido ao aumento do sangramento menstrual, além da possibilidade de causar infertilidade, por alterar a estrutura do miométrio e a função do endométrio, ambas camadas do útero”, explica Thais Farias Koch, ginecologista do Hospital Nove de Julho.
Na adenomiose, durante período menstrual, as células infiltradas do miométrio apresentam discreto sangramento, formando cistos próximos ao endométrio, visíveis ao ultrassom e à ressonância, levando a um aumento do volume uterino, cólicas e fluxos menstruais abundantes e irregulares.
Quais os sintomas de quem tem adenomiose no útero?
Adenomiose uterina é a presença de glândulas endometriais e estroma na musculatura uterina. Os sintomas são sangramento menstrual intenso, dismenorreia e dor pélvica. O diagnóstico é por exame ginecológico, que detecta um útero difusamente aumentado e ultrassonografia transvaginal ou RM.
Conforme explica o Dr. Alexandre Brandão, “algumas pacientes relatam distensão abdominal com a adenomiose, porque a doença causa inflamação intestinal, assim, o ritmo intestinal muda. Às vezes, o intestino fica mais lento, mais constipado, e acumula alimentos, fezes e gases, o que distende o abdome.
Cerca de um terço das mulheres com adenomiose não apresenta sintomas. Quando eles aparecem, os principais são cólicas menstruais e aumento do fluxo menstrual que, em casos mais severos, pode gerar até anemia.
1/3 das portadoras de adenomiose não apresentam nenhum sintoma. Dor pélvica crônica, inchaço abdominal, dor nas pernas e lombar, alteração do hábito intestinal e miccional principalmente durante a menstruação. Deficiência de ferro, anemia e até abortamentos também podem acontecer nas portadoras que engravidam.
Tais achados são indicativos de sangramento com volume aumentado, podendo inclusive levar a quadros de anemia, com fraqueza, tontura, indisposição e mal estar. Além disso, a mulher pode relatar dor indefinida na região pélvica ou sentir pressão na bexiga e no reto.
A adenomiose é uma doença benigna, não é câncer. Mas há estudos que apontam para o risco baixo/raro de desenvolvimento de câncer de miométrio e endométrio. De qualquer forma, ainda não se sabe todos os mecanismos que podem levar a isso.
Assim, o tratamento para a adenomiose pode ser realizado mediante o uso de medicamentos para controle de dor ou sangramentos, como os antitinflamatórios, o uso de hormônios ou através da cirurgia.
A adenomiose pode causar pressão sobre a bexiga, resultando em dor ou desconforto ao urinar. Principalmente nos casos em que ocorre um aumento expressivo do volume do útero.
Endometriose e adenomise têm características semelhantes e, portanto, podem ser confundidas. Entenda mais sobre as duas doenças ginecológicas na coluna de Mariana Varella. Endometriose e adenomiose são doenças frequentes e semelhantes, mas guardam diferenças importantes.
A adenomiose difusa ocorre quando há diversas rupturas da zona juncional e os adenomiomas atingem diversas regiões do miométrio, aumentando o volume uterino. Essa é a forma mais grave da doença.
A adenomiose é o crescimento anormal de células da camada reveste internamente o útero, chamada endométrio, dentro da camada muscular do útero, ou miométrio, resultando em aumento do útero e sintomas como barriga inchada, menstruação intensa ou prolongada, ou cólicas fortes durante a menstruação.
Na adenomiose, o tecido das glândulas do revestimento do útero (endométrio) cresce para dentro da parede de músculo do útero. O útero aumenta, algumas vezes duplicando ou triplicando em tamanho. A adenomiose pode causar menstruações intensas e dolorosas e dor pélvica.
Não há também relação com dor ou inchaço das pernas. Em casos raros, o útero pode aumentar consideravelmente de volume, sendo palpável no abdome, geralmente quando ultrapassa 500cc. Nestes casos excepcionais, pode haver um pequeno aumento de peso e do volume abdominal.
A endometriose e a Adenomiose são duas doenças distintas, mas que podem ser concomitantes em 70% dos casos; em 55% das ocorrências está associada a miomas. A gravidade e a classificação da doença têm como base a extensão da invasão miometrial.
Cólicas, menstruação prolongada, eliminação de coágulos, fluxo intenso e dor na lombar são sintomas associados à adenomiose. A maior parte das mulheres com a doença, porém, é assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce.
A adenomiose é uma patologia benigna, mas que diversas vezes necessita de intervenções radicais, tais como a histerectomia (retirada do útero). Esta doença é definida pela invasão do tecido endometrial (porção mais interna do útero) na camada muscular uterina.
O tratamento para a adenomiose pode ser feita com uso de medicamentos ou por meio de procedimentos cirúrgicos para remover o excesso de tecido ou o útero todo. O tipo de tratamento varia de acordo com a idade da mulher e gravidade dos sintomas, sendo recomendado nos casos mais leves apenas o uso de medicamentos.
Por que ocorre a adenomiose? Não há atualmente nenhuma causa específica conhecida para a adenomiose. No entanto, ela pode surgir após danos ao revestimento do útero durante a gravidez, parto ou procedimento cirúrgico. Acredita-se também que esteja relacionada à atividade hormonal dos ovários e à produção de estrogênio.
Existem algumas opções de tratamento: Sintomáticos para controle da dor e sangramento: analgésicos (dipirona, paracetamol, escopolamina), anti-inflamatórios não hormonais (ex: cetoprofeno, ibuprofeno) e ácido tranexâmico (ex: Transamin®)
A adenomiose focal ocorre quando a presença de tecidos e glândulas endometriais é restrita a uma região específica do útero. Esses casos podem ser facilmente confundidos com miomas, por exemplo, por causa da semelhança estrutural anatômica miometrial.