O que é o perdão? Para a psicologia, a definição do perdão é, basicamente, “uma decisão consciente de liberar sentimentos de ressentimento em relação a uma pessoa que o prejudicou, independentemente de ela merecer isso ou não.”
Dada sua característica interpessoal, o perdão tem como objetivo final a disposição em ver o ofensor com certa compaixão e, a partir daí, conseguir oferecer a ele o perdão. Consiste, essencialmente, em que aquele que perdoa tenha sentimentos e pensamentos positivos em relação ao ofensor.
em uma universalidade do perdão, pois cada religião possui uma liturgia interna para perdoar e ser perdoado, e com frequência o Mal apenas pode ser perdoado pelos e para os convertidos. Sigmund Freud.
Perdoar é muito importante porque nos livra da raiva, rancor, tristeza e outros sentimentos desagradáveis. Ao realizar o ato de perdoar, tem-se uma oportunidade de se libertar das amarras que trazem peso negativo para nossas vidas. É um símbolo de inteligência emocional e, em muitos momentos, de amadurecimento pessoal.
A importância do perdão • Psicologia • Casule Saúde e Bem-estar
Como perdoar uma pessoa que te magoou muito?
Como perdoar alguém que te magoou
Preste atenção aos padrões. Comece a perceber os padrões de relacionamentos que fazem parte da sua vida e as atitudes repetidas que estão te magoando. ...
O perdão permite que você libere sentimentos negativos, como raiva, ressentimento e mágoa, que podem estar enraizados em seu coração. Ao deixar de lado essas emoções tóxicas, você experimenta um senso de alívio e leveza emocional, proporcionando espaço para emoções mais positivas, como alegria e paz.
Diferente do ato de perdoar, a falta do perdão pode trazer consequências negativas, tais como: Carregar ressentimento dentro de si: o ressentimento origina diversos sentimentos negativos, como amargura, tristeza, raiva e baixa autoestima.
A pesquisa concluiu que o perdão é capaz de ajudar em três principais áreas: sono (melhora a qualidade do descanso ao aliviar a fadiga, deixando a pessoa mais leve e tranquila), estresse (reduz o nervosismo, que causam efeitos negativos na pressão arterial e no batimento cardíaco) e no auto perdão (ajudando a deixar as ...
Guardar lembranças desagradáveis sem conseguir, ou mesmo tentar, superá-las, ou insistir em um ódio do passado, são as causas determinantes de sofrimentos e amarguras, que envenenam nossas emoções, tirando-nos a paz e até o sono.
Enright explica que o processo do perdão tem quatro fases: reconhecimento da raiva, decisão de perdoar, entendimento sobre as dificuldades do agressor e libertação da dor emocional. O perdão depende de uma decisão, mas ele é um processo que pode demorar algumas estações.
Segundo o filósofo, o perdão deveria permanecer sempre excepcional, colocando à prova o impossível, como se interrompesse o curso ordinário da temporalidade humana (Derrida, 2000, p. 107).
Perdoar é uma união de arrependimento e sacrifício. Só há perdão se uma das partes estiver de fato arrependida e a outra verdadeiramente disposta a sentir a compaixão. Perdoar requer assumir os erros que cometemos e, acima de tudo, nos perdoarmos a nós mesmos.
Perdoar, em geral, não é algo fácil para a maioria das pessoas, por envolver muitos sentimentos: raiva, decepção, frustração, mágoa, rancor... Porém, após fatores como tempo, maturidade e diálogo entrarem em ação, é possível superar a dor e seguir em frente.
“Os benefícios do perdão são muitos para a saúde emocional e física. Algumas pesquisas mostram que o perdão nos ajuda a viver mais. Auxilia na redução do estresse e nervosismo, regula a pressão arterial, cardíaca e melhora a qualidade do sono”, explica Gustavo Arns.
O perdão de Deus baseia-se exclusivamente no seu amor e na sua graça incondicional. Nós não o merecemos. A palavra grega para pecado, em Mateus 6:12, significa literalmente “dívida”. Porque quebramos a lei de Deus, temos dívidas com Ele que jamais poderemos ressarcir.
Em termos psicológicos, o perdão elimina a experiência negativa do estresse e do conflito interno. E, ao mesmo tempo, ajuda a restaurar sentimentos, comportamentos e pensamentos positivos.
Ele mostrou-lhes como orar dizendo: “Perdoa-nos as nossas dívidas [ofensas], assim como nós perdoamos aos nossos devedores [aqueles que nos ofenderam]” (Mateus 6:12) e “perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve”.
O perdão é uma oportunidade para se libertar de amarras negativas do passado e seguir adiante. Sendo assim, perdoar é uma ação libertadora que simboliza a inteligência e permite o amadurecimento de uma pessoa. Não perdoar impede a chance de viver novas possibilidades e ter mais satisfação na vida pessoal.
O que acontece com a pessoa que não libera perdão?
A falta de perdão gera consequências devastadoras ao ser humano, trazendo um aprisionamento de espírito e até mesmo físico. O pastor Marcos Borges em seu livro descreve que: “o perdão é um princípio decisivo que determina uma condição de liberdade ou aprisionamento espiritual” (BORGES, 2017 p. 91).
O que acontece quando a pessoa não consegue perdoar?
Se recusar a perdoar leva à perda da possibilidade de aprendizado, de conhecer mais a si e o outro. Entrar em contato com a própria humanidade pode ser um primeiro passo que vai ajudar a identificar mais facilmente como enfrentar a situação.
O ressentimento e a mágoa profunda podem se tornar barreiras emocionais significativas para o perdão. Essas emoções negativas nos prendem a um ciclo de raiva e sofrimento, impedindo que a gente consiga seguir em frente.
Outros estudos também apontam que a falta de perdão pode desencadear em sérias doenças emocionais e físicas como depressão, dores musculares, hipertensão, reações alérgicas, enxaquecas, dores no corpo e até câncer. A falta de perdão nos faz sentir torturados.
Perdoar alivia o stress, reduz a pressão arterial e fortalece o sistema imunológico: todo mundo ganha ao fazer as pazes. Perdoar é o ato consciente de abrir mão do ressentimento ou do desejo de vingança contra alguém que, de alguma forma, causou algum mal – mesmo que a pessoa não mereça.