Na interpretação do candomblé, o morrer é passar para outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. "Morrer é uma mudança de estado, de plano de existência; fazendo parte do ciclo, ao mesmo tempo religioso e vital, que possui início, meio e fim".
Eles consideram temporžria a passagem pela Terra e acreditam que a alma sobrevive depois da morte do corpo. Assim como em outras religiÙes, entendem que a alma viverž, depois da morte, as consequ²ncias das suas aÙes durante a vida.
Com a reencarnação tudo se repete, o ciclo se recompõe. Assim como se repetem as estações do ano, as fases da lua, os ciclos reprodutivos, o desenrolar das semeaduras às colheitas, a vida do homem se repete na reencarnação: cíclica é a natureza, cíclica é a vida do homem, cíclico é o tempo.
O luto no Candomblé?! Nós, povo de axé, quando nos despedimos de alguém realizamos o axexê, onde esse ritual dura 1 ano. Durante o processo, nós vestimos branco, cantamos, dançamos, entre outras coisas, porque entendemos que quem se foi virou um ancestral. Afinal, nossa religião fala sobre CONTINUIDADE!
Na morte no candomblé, existe todo um culto que deve ser realizado por um líder espiritual antes e depois do falecimento. Os rituais são longos e complexos, mas como o Candomblé vem de tradição oral, não há um dogma específico. Todo esse processo visa a volta do espírito para outra vida, pela reencarnação.
No Candomblé, a morte não significa a extinção total, ou aniquilamento. Morrer é uma mudança de estado, de plano de existência; fazendo parte do ciclo, ao mesmo tempo religioso e vital, que possui início, meio e fim.
Quando acontece o falecimento de um candomblecista, realiza-se o axexê. Na casa do pai ou da mãe de santo, responsável pelo terreiro, o corpo do membro do candomblé passa por uma preparação com o objetivo de garantir a libertação do espírito. Só então, o velório é iniciado, acompanhado de cantos.
Desta forma, o branco também é a cor da morte, por isso, no candomblé, exprime o luto. Ao falecer, um iniciado obrigatoriamente é sepultado com roupas brancas. Em todos os ritos fúnebres, o branco fosco, ou seja, sem brilhos e com o máximo de simplicidade, é indispensável.
O que fazer quando a mãe de santo morre no candomblé?
Quando uma pessoa é iniciada por um pai ou mãe-de-santo, passa a ter um vínculo espiritual, a mão da pessoa em sua cabeça, a mão que transmitiu o axé, quando o pai ou mãe-de-santo morre é necessário tirar a mão do morto, essa cerimônia é feita por outro pai ou mãe-de-santo escolhido pela pessoa.
Em algumas das histórias mais conhecidas sobre o orixá, é dito que Obaluaê é filho de Nanã — considerada a orixá mais antiga e sábia, senhora dos pântanos, da lama e das águas paradas, responsável pelo portal entre o mundo dos vivos e dos mortos.
Quanto tempo o espírito fica no corpo após a morte?
Espiritismo. Para os espíritas, a morte não representa o fim, afinal, nosso espírito permanece vivo mesmo depois da morte do corpo físico, quando passamos a viver em um novo plano astral ou reencarnaremos em um novo corpo.
Para o Candomblé, não existe uma concepção de céu ou inferno. Após a morte física, o egun (alma do falecido) é encaminhado pelos orixás Omulú e Iansã Igbale até o Órun (mundo espiritual).
O Candomblé não acredita que a morte é a finalização de uma vida, mas sim do ciclo aqui no Àiyé (Terra). Conforme o fundamento nas tradições africanas, após a morte física, o espírito é encaminhado ao ọ̀run (céu).
Céu, inferno, purgatório e reencarnação: são várias as possibilidades, dependendo da sua crença. A fé seria capaz de auxiliar, tanto as pessoas que estão passando por períodos complicados de doença, quanto aquelas que estão lidando com a perda e a morte recente de entes queridos.
Segundo os espíritas, o espírito continua vivo após a morte, ou seja, a morte afeta apenas o corpo, e esse espírito continuará sua trajetória baseada nas suas realizações na Terra. Conforme o Judaísmo, todos os mortos serão ressuscitados na Era Messiânica, o que acontecerá quando o Messias chegar à Terra.
Qual o significado de raspar a cabeça no candomblé?
Que na iniciação de Candomblé é raspada a cabeça do iniciado? É chamado de “Katula” e simboliza o nascimento, o recomeço da vida. O cabelo representa a força e é a única parte do corpo que continua crescendo mesmo após a morte! Raspar o cabelo representa o maior sacrifício do candomblecista ao oferecê-lo ao seu Orixá.
O que acontece depois da morte para os umbandistas?
Os praticantes da umbanda acreditam na existência de um plano espiritual onde os espíritos continuam a sua jornada evolutiva após a morte. Esses espíritos podem continuar se comunicando com os vivos através de médiuns ou outros meios espirituais.
O sangue dos animais, a oferenda dos frutos, das ervas e dos minerais provoca a manutenção e o fortalecimento do axé. Trata-se de um sistema mítico de restituição que coloca as energias em ação, provocando o movimento e a Vida.
Na interpretação do candomblé, o morrer é passar para outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. "Morrer é uma mudança de estado, de plano de existência; fazendo parte do ciclo, ao mesmo tempo religioso e vital, que possui início, meio e fim".
Segundo os representantes da sociedade Axé Opô Afonjá, após sua morte, a mãe de santo necessita passar “pela realização das obrigações religiosas”, entre elas o axexê – cerimônia de desligamento do corpo físico de um iniciado no culto dos orixás para que se desvincule do plano material.
Exu Morte é uma entidade poderosa associada à transformação e renovação. Ele é invocado para proteção espiritual e para ajudar na superação de obstáculos, trazendo clareza e força aos seus seguidores.
Terço que deve ser retirado para o enterro, pois “dá azar”. O “azar” que traz o terço no enterro, é contrário a importância dele durante o velório, mostrando assim as fronteiras entre o sagrado e o profano.