Estudos afirmam que gritar com os pequenos causa inúmeros danos ao cérebro infantil. Desde medo à insegurança, problemas nos relacionamentos, dificuldade em expressar suas opiniões e emoções, baixa autoestima, sentimento de inferioridade...e por aí vai.
O que acontece com a criança quando gritamos com ela?
Gritos não geram disciplina
O cérebro de uma criança ainda não fez as conexões necessárias para entender por que você tomou uma decisão, ela não entende suas razões. Sua filha não consegue entender seus motivos para não comprar um brinquedo para ela, então ela fica angustiada quando a expectativa não é atendida.
Crianças criadas em um ambiente de gritos constantes podem desenvolver uma baixa autoestima. Elas podem acreditar que não são boas o suficiente ou que não podem fazer nada certo. Veja também: + Agressividade infantil: como lidar e ajudar as crianças?
Gritar com os filhos é emocionalmente insustentável. Segundo especialistas, além de induzir à mentira, esse tipo de criação gera uma profunda desconexão entre pais e filhos, corta os laços e fecha a comunicação, deixando reflexos consideráveis na vida adulta.
A Lei n. 13.010/2010, conhecida como Lei da Palmada, em seu artigo 18-B, prevê punições contra pais ou responsáveis que praticarem castigos físicos ou tratamentos cruéis e degradantes – humilhar, ridicularizar ou ameaçar gravemente – contra crianças e adolescentes no Brasil.
ENTENDA O QUE ACONTECE COM O CÉREBRO DE SEUS FILHOS QUANDO VOCÊ GRITA.
O que o grito faz com a criança?
Um estudo feito pela Universidade de Pittsburgh com 1000 famílias compostas por crianças entre 1 e 2 anos demonstra que os gritos afetam o desenvolvimento psicológico das crianças, impedindo o crescimento de adolescentes seguros e autoconfiantes e que se tornarão adultos agressivos, depressivos ou defensivos.
“Quando gritamos, ao invés de um contato suave, as pregas vocais colidem uma contra outra, o que pode causar lesões chamadas fonotraumáticas, como pólipos, hematomas e até lacerações da mucosa. Algumas dessas lesões podem causar alterações definitivas na voz”, explica Imamura.
Estudo alerta: gritar com crianças pode ser tão prejudicial quanto abuso sexual ou físico. Uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos e na Inglaterra trouxe à tona um alerta importante: gritar com crianças pode ser tão prejudicial para elas quanto o abuso sexual ou físico.
Brinque com a altura da voz, comemore e grite com ela quando ela estiver feliz, ensine que fazer sons baixinhos também é uma boa forma para se expressar. Você pode tornar isso uma brincadeira, propondo quem grita mais alto ou de quem sussurra mais baixinho.
Apesar de parecer um método limitador muito eficiente, a palmada, além de não resolver, pode ter consequências sérias na vida dos pequenos. Estudos indicam que crianças que apanham dos pais tendem a desenvolver baixa autoestima e problemas psicológicos como estresse, depressão e ansiedade.
O grito é um símbolo da falta de razão e descontrole. É um desequilíbrio na relação, pois quem grita tem falta imagem de forte e dominador. Em teoria, quem tem razão, pode falar e não precisa gritar. Se faz mal a quem grita (ao corpo e a mente), certamente, faz estrago a quem presencia e escuta.
Crescer com pais tóxicos pode trazer sérias consequências para a saúde mental e emocional dos filhos, como baixa autoestima, ansiedade, depressão, insegurança, medo, culpa, raiva, dificuldade de relacionamento, entre outras.
Gritos, birras e choros incessantes passam a fazer parte do seu comportamento. Essa fase é chamada pelos pais e pediatras de “crise dos 2 anos” ou “terrible two” (“terrível dois”, em tradução livre). Ela não é mito e faz parte do desenvolvimento do bebê. Nessa hora, é necessária uma boa dose de paciência dos pais.
As causas dos ataques de raiva incluem frustração, cansaço e fome. As crianças podem igualmente ter crises de raiva em busca de atenção, para obter algo ou evitar ter que fazer algo.
Por que você não deve gritar com as crianças? Se você tem o costume de gritar com seus filhos sempre que eles fazem algo que desagrada, repense esse ato. Isso porque, além de causar diversos prejuízos ao desenvolvimento das crianças (que serão detalhadas adiante), você não consegue o resultado pretendido.
Você sabia que gritar intensamente em público com crianças ou adolescentes pode configurar crime? Muitos não imaginam, mas ações aparentemente “normais” podem ter implicações legais sérias. 🚨 O desconhecimento da lei não absolve de culpa e, quando se trata da proteção dos jovens, a legislação é ainda mais rigorosa.
Além do fato de ninguém conseguir se comunicar efetivamente no meio de gritarias, a prática pode ser prejudicial à saúde dos educadores. Isso porque um dos principais instrumentos de trabalho do professor é sua própria voz. O esforço de falar mais alto que os estudantes pode provocar danos permanentes às cordas vocais.
Mas, o excesso de esgotamento emocional pode significar a síndrome de burnout materno. Ou mommy burnout, no inglês. O termo é utilizado para definir o cansaço e o estresse crônico de mães sobrecarregadas com as funções maternas, tarefas do dia a dia, vida social, entre outras coisas.
Beba bastante água e respire profundamente por dois minutos, coloque uma música que te deixe relaxada, reflita sobre o que aconteceu e volte para perto das crianças quando estiver mais calma. Permita-se parar, faça essa “pausa obrigatória”.
Se costumamos gritar, uma quantidade muito elevada de cortisol é liberada no cérebro de nossos filhos, o que leva à desregulação emocional, ativando um estado de alerta contínuo. A consequência é que sentem medo cada vez que olhamos para eles e ficam inseguros com suas figuras de referência”.
Beba bastante água – a água vai cair na corrente sanguínea e chegar nas cordas vocais 30 minutos depois. Faça repouso vocal por dois ou três dias – poupar a voz, ficar sem falar, é fundamental para recuperar a voz.
Tenha paciência – Se a criança está gritando porque está feliz, tente não comentar ou criticar. Mas se realmente estiver incomodando, abaixe o tom de voz para que ela tenha que se acalmar para ouvir você. Faça um jogo – tente fazer algo onde a criança que grita possa extravasar sua necessidade de gritar.