Agasalhar-se é importante para evitar resfriados, gripes e outros problemas de saúde mais sérios relacionados às baixas temperaturas. Assim como as ondas de calor prejudicam o bem-estar das pessoas, o frio também tem impacto na saúde humana.
Em situações extremas, o frio pode diminuir a temperatura corporal abaixo dos 35ºC, causando hipotermia, cujos sintomas progridem de arrepios, sonolência, confusão, coma, até à morte. As crianças e os idosos são mais susceptíveis, pois têm muitas vezes limitações de movimento e de comunicação.
A friagem pode afetar diretamente os pulmões e as vias aéreas, aumentando a inflamação e a irritação, podendo facilitar o surgimento de pneumonias ou outras infecções respiratórias em casos específicos. Isso ocorre porque o ar frio e seco pode ressecar as membranas mucosas, tornando-as mais suscetíveis a infecções.
As baixas temperaturas e a baixa umidade (“ar seco”) predominantes na estação do inverno, isoladamente ou combinados, estão associadas ao aumento significativo na frequência de infecções virais do sistema respiratório, como o resfriado comum e a gripe, e também de pneumonias.
Vírus como o rinovírus, que causa resfriados, tendem a se espalhar mais facilmente em ambientes frios e secos. Além disso, passamos mais tempo em ambientes fechados durante o inverno, o que aumenta as chances de entrar em contato com pessoas infectadas e de contrair esses vírus.
Especialistas afirmam que andar descalço ou tomar friagem está muito mais ligado aos processos de rinite alérgica. Esses sim podem piorar com as mudanças de temperatura.
Frio constante nas mãos e nos pés pode indicar um quadro de anemia, pois a falta de ferro no sangue, principal característica da condição, atrapalha a circulação. 2. O frio nas extremidades do corpo ainda pode ser sinal de insuficiência cardíaca.
Quando estamos expostos a temperaturas baixas, os vasos sanguíneos periféricos se contraem em um esforço para preservar o calor corporal central. Isso pode levar a uma diminuição do fluxo sanguíneo para as extremidades do corpo, como mãos, pés, nariz e orelhas.
Mãos, pés, nariz e orelhas são os primeiros afetados pelo clima gelado. Mesmo cobertas, são as extremidades que ficam mais expostas às baixas temperaturas. Essas partes do corpo ficam geladas por causa do hipotálamo, que dá ordens ao corpo de manter o sangue mais quente no centro do que nas extremidades.
O frio tende a causar a contração do corpo, para reter calor. As dores viriam de um enrijecimento dos músculos e articulações. “As pessoas tendem a ficar mais quietinhas do que se exercitarem. Deveria ser o contrário.
O calor tem um efeito benéfico no alívio de dores, na flexibilidade dos músculos ou na recuperação de zonas doridas. Se o frio ajuda em casos agudos, como tratamento inicial, o calor é mais útil a médio e longo prazo, através de uma aplicação continuada.
O número de mortes extras por causa do calor equivale a um décimo: 20 mil. A conclusão de que o frio é mais perigoso que o calor não é nova. Em 2015, outro estudo na revista The Lancet concluiu que o frio matava 14 vezes mais que o calor com base em 74 milhões de óbitos registrados em 13 países.
Em amarelo, há risco de congelamento entre 10 a 30 minutos. Em laranja, em 10 minutos. O mais extremo, vermelho, indica que o risco de congelamento é inferior a 2 minutos. Este é o limite que o ser humano pode suportar em baixas temperaturas.
O frio causa diminuição da temperatura corporal, o que reduz a capacidade de resposta do sistema imunitário e favorece a atividade de vírus respiratórios, ficando o organismo mais susceptível a infeções.
Além disso, o contato com uma temperatura muito mais baixa do que a do corpo pode causar um choque térmico. Quando isso acontece, o corpo precisa de mais energia para se manter quente. Portanto, esse esforço pode causar a queda da imunidade, o que também facilita o contágio de doenças.
O organismo reage com diversas alterações quando exposto a baixas temperaturas. Mudanças no metabolismo, constrição dos vasos sanguíneos, estresse cardiovascular, irritação das vias aéreas e tremedeiras nos músculos são efeitos possíveis nessas situações tão comuns no inverno.
As temperaturas mais baixas favorecem a disseminação dos vírus causadores de infecções como gripe, resfriado e a própria covid-19, que ainda não está totalmente controlada. Além dessas, doenças como sinusite, rinite e crises de asma e bronquite aumentam consideravelmente.
Por conta do frio, as pessoas comprimem os músculos e apresentam tremor nas extremidades, ação natural do corpo para se aquecer. Com isso sentem dores musculares frequentes e podem até ocorrer paralisias momentâneas no pé ou perna quando está muito frio e o corpo não suporta.
Os pelos se arrepiam, o corpo treme, as extremidades (geralmente mãos e pés) ficam frias. Mas quando o frio é extremo, as reações podem ter consequências mais graves. Os primeiros sintomas são os espasmos musculares, as dificuldades motoras e a mudança de cor nas extremidades, que ficam cinzentas ou arroxeadas.
Pessoas mais sensíveis ao frio também devem pensar duas vezes antes de dormir no chão. Como costuma ser mais gelado, pode atrapalhar a noite de descanso.
Mito. Sim, a gente sabe que você já ouviu a frase “andar descalço dá gripe e resfriado!” de algum familiar ou amigo próximo. Mais uma vez, reforçamos que ninguém contrai um vírus da gripe ou do resfriado por andar com os pés no chão.