Se não acrescentássemos um dia completo a cada quatro anos, as estações acabariam descompassadas a tal ponto que chegaríamos a ter o Natal em estações totalmente diferentes em cada lugar do planeta ou o calendário marcaria a Primavera e estaríamos no Verão, por exemplo.
"Se não fosse criado o ano bissexto, nós teríamos um deslocamento das estações, o que prejudicaria muito a agricultura. O calendário tem que ter as estações bem fixas", explica o astrônomo Ronaldo Mourão. Estatisticamente os nascidos a 29 de fevereiro são menos de 1% da população mundial.
O que aconteceria se o ano bissexto fosse ignorado?
Se não existisse o ano bissexto, as estações do ano ficariam defasadas com relação às datas. Por exemplo, o equinócio iria gradualmente se afastar de 21/março, e depois de um século já teríamos 25 dias de diferença.
O que aconteceria se não tivesse o dia 29 de fevereiro?
Mas afinal, o que aconteceria se não houvesse o ano bissexto? Se não fosse incluído o dia 29 de fevereiro a cada quatro anos, basta fazer uma conta simples: a cada 40 anos, seriam 10 dias a menos. A cada 400 anos, 100 dias. Desde 46 depois de Cristo até agora, seriam quase 500 dias a menos.
Afinal, por que isso acontece? O ano bissexto ocorre para ajustar o ano civil, que tem duração de 365 dias, com o ano solar, associado ao movimento de translação da Terra ao redor do Sol.
Um ano comum tem 365 dias, cerca de um quarto de dia a menos que um ano tropical. Com 366 dias, os anos bissextos são três quartos de um dia mais longos que o ano tropical. Com o tempo, a combinação de anos comuns e bissextos nos mantém em sincronia com a órbita solar da Terra.
Ele era necessário porque o tamanho do ano não era um número inteiro de dias. O calendário Juliano baseia-se no fato de que o ano se completa com aproximadamente 365,25 dias. Para compensar essa fração, foi decidido adicionar um dia extra a cada quatro anos ( 29 de fevereiro).
Isso porque ao arredondarmos 365,24219 dias para 365 dias, deixamos uma pequena diferença que acabaria por adicionar três dias extras a cada 400 anos. Para corrigir isso, anos que encerram séculos só são bissextos se puderem ser divididos por 400.
O que acontece se a pessoa nascer em 29 de fevereiro?
Antigamente, a mudança da data de nascimento nesta circunstância era comum, mas desde 2012 uma lei federal determina que os cartórios registrem a data real de nascimento nos documentos do recém-nascido. Portanto, para quem nasce em 29 de fevereiro, o aniversário ocorre apenas a cada quatro anos.
O ano bissexto foi adotado na ditadura de Júlio César, cerca de 50 anos a.C., na Roma Antiga, para ajustar o ano civil ao ano solar. No entanto, a escolha do dia 29 de fevereiro para ser acrescido a cada quatro anos só passou a vigorar em 1582, com o calendário gregoriano.
Na Grécia, por exemplo, casais evitam se casar em anos bissextos porque eles acreditam que isso traz azar. Mas, em vários outros países, o dia 29 de fevereiro é conhecido como aquele em que mulheres pedem homens em casamento.
Para criar o calendário como está hoje, César teve a ideia de adicionar dias aos meses do ano. Seu astrônomo, Sosígenes, fez os cálculos e descobriu que, a cada quatro anos, um dia extra era acrescentado ao mês de 28 dias do então chamado fevereiro.
Todos os brasileiros devem ter o dia, mês, ano, lugar e horário exatos em seu registro – sua alteração é crime. Isso significa que uma pessoa nascida no dia 29 de fevereiro não pode ter sua data de nascimento alterada, seja pelos pais ou por ela mesma.
Quem nasce no dia 29 de fevereiro faz aniversário quando?
O dia 29 de fevereiro é a marca de um ano bissexto, isto é, um período com 366 dias oficiais, não 365. Com isso, os nascidos na data só 'encontram' o aniversário de quatro em quatro anos.
Já 1900, por exemplo, é divisível por 4 e 100, mas não por 400, assim, não é bissexto. No século 19, o último ano a possuir o 29 de fevereiro foi 1896, e o século 20 teve seu primeiro dia a mais em 1904.
Quantas pessoas nasceram no dia 29 de fevereiro de 2024?
Chance de nascer nesse dia é de 1 em 1.461. Nascidos na data contam como comemoram o aniversário, que, oficialmente, só existe a cada quatro anos. 2024 é um ano bissexto e, por isso, tem um dia a mais no calendário de fevereiro.
Um número é divisível por 4 quando a sua dezena é divisível por 4. Por exemplo, 1988 é divisível por 4, pois 88:4 = 22. Portanto, os seguintes anos são bissextos: 1988, 1992, 1996, 2000, 2004, 2008, 2012, 2016, 2020, 2024, 2028, 2032, 2036, 2040, 2044, 2048, 2052, ... .
O que acontece com as 6 horas que sobram todos os anos?
Na verdade, segundo os astrônomos, o nosso planeta demora cerca de 365 dias e 6 horas para completar a "rota". Se juntarmos essas 6 horas que "sobram" a cada ano, em 4 anos, teremos 24 horas extras (6 + 6 + 6 + 6 = 24).
Qual vai ser o próximo ano bissexto depois de 2024?
Os anos bissextos acontecem a cada 4 anos. Com isso, o último ano com um dia 29 de fevereiro foi 2020 e as próximas vezes serão em 2028, 2032, 2036 e assim por diante.
O ano bissexto é aquele que possui 366 dias em vez dos 365 dias dos anos considerados “normais”. Ele foi criado em 238 a.C., em Alexandria, no Egito, mas só foi efetivamente adotado em 45 a.C., em Roma, pelo então imperador Júlio César.
Formato foi imposto ao calendário pela primeira vez com o imperador romano Júlio César, em 45 a.C. Os anos bissextos existem para "compensar", a cada quatro anos, as seis horas a mais que se acumulam no formato do calendário de 365 dias.