O que aconteceu no Rio Grande do Sul 2024 barragem?
O colapso da estrutura da barragem, que ocorreu no dia 2 de maio de 2024, agravou ainda mais a situação já crítica da região, pois a elevação do Rio das Antas, seguida do Rio Taquari por conta das fortes chuvas, alcançou mais de 30 metros de altura, ultrapassando o ponto mais alto das barragens afluentes, ...
O Brasil passa por intensas questões climáticas em 2024. Chuvas devastadoras na Região Sul causaram a maior tragédia do Rio Grande do Sul com enchentes que destruíram parte da capital gaúcha e arredores.
O que aconteceu com a barragem no Rio Grande do Sul?
A barragem da usina 14 de Julho, na Serra Gaúcha, teve um rompimento parcial na tarde desta quinta-feira (2) em razão do alto volume de água recebido após as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o início da semana.
O que causou a enchente no Rio Grande do Sul 2024?
As enchentes no Rio Grande do Sul foram causadas por fortes chuvas que começaram a atingir o estado no final do mês de abril de 2024, prolongando-se até maio. Ouça o texto abaixo!
Combinação de fatores naturais e ações humanas impulsiona inundações históricas no estado. As chuvas recordes que atingiram o Rio Grande do Sul causaram uma das maiores enchentes da história do estado, expondo a fragilidade de um sistema que combina os efeitos da mudança climática com a negligência humana.
Barragem 14 de Julho rompe no interior do Rio Grande do Sul
O que provocou a inundação no Rio Grande do Sul?
O diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Porto Alegre, Maurício Loss, alega que os alagamentos aconteceram porque, além da quantidade de chuva, galerias para escoamento da água estão entupidas por causa do barro e do lixo acumulados após a cheia do Guaíba.
O Rio Grande do Sul vem sofrendo com uma série de fenômenos climáticos adversos. Além das fortes chuvas, que já deixaram ao menos 162 mortos e mais de 580 mil desalojados, o Estado enfrentou estiagem, ciclones extratropicais e tornados de um ano para cá.
As inundações foram reflexo da quantidade elevada de chuva que caiu no estado desde o dia 27, sob efeito do El Niño, e foram também uma das consequências dos efeitos das mudanças climáticas no mundo.
A chuva forte começou em 27 de abril em Santa Cruz do Sul, na Região dos Vales. Sem parar, se estendeu por mais de 10 dias, sobrecarregando as bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí, que transbordaram e a água invadiu municípios, arrasando cidades e destruindo vidas.
Relevo também explica motivo de alagamento histórico.
A capital gaúcha fica a poucos metros do nível do mar e está cercada por montanhas. Á água que desce para o Guaíba em alta velocidade. Depois, esse volume segue para a Lagoa dos Patos e deságua através do funil do Rio Grande, no sul do estado, no Oceano Atlântico.
De acordo com o professor Rodrigo Paiva, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o que está provocando a grande cheia no Lago Guaíba é, basicamente, um volume muito grande de chuvas que cai na bacia do Guaíba desde o final de abril e início de maio.
O alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul fez com que os rios ocupassem extensas áreas, e, com a dificuldade de escoamento, as cidades se mantém inundadas. Enquanto nas áreas de serra o relevo ajuda no escoamento das águas das chuvas pelo efeito da gravidade, nas áreas planas há o acúmulo.
Segundo a empresa, o rompimento ocorreu devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul desde a terça-feira, 30.
Como será o mês de janeiro de 2024 no Rio Grande do Sul?
Janeiro de 2024 teve, ao todo, 10 dias com registro de chuva na estação do Inmet. O dia com o maior volume registrado é 17 de janeiro, com 67mm. Essa quantidade inclui a chuva registrada na tempestade que causou transtornos na cidade, na noite do dia 16.
O governo do Estado pagou, nesta sexta-feira (24/5), o segundo lote dos recursos previstos pelo programa Volta por Cima para famílias vítimas das chuvas intensas e enchentes no Rio Grande do Sul no período de 1º de janeiro a 31 de maio de 2024.
Qual foi a causa da tragédia no Rio Grande do Sul?
As fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril causaram estragos que ainda não foram calculados. As inundações afetaram um total de 458 cidades, o que corresponde a mais de 90% dos municípios gaúchos, com mais de 2 milhões de pessoas impactadas pelo evento climático extremo.
As fortes chuvas provocadas pela passagem de um ciclone extratropical pela região Sul deixou, até o momento, 27 mortes no Rio Grande do Sul. O sistema causou ainda enchentes, destelhamento de casas, queda de árvores e quebra de pontes naquele que já é o maior desastre natural dos últimos 40 anos no estado.
Qual foi a cidade mais atingida no Rio Grande do Sul?
Eldorado do Sul figura na pior situação, com 66,7% do território afetado por deslizamentos, enxurradas e inundações. Em Porto Alegre, a marca foi de 14,5% da área urbana. O levantamento do MapBiomas fez análises levando em consideração a cobertura e o uso da terra.
As enchentes no Rio Grande do Sul são decorrentes das fortes chuvas que começaram a atingir o estado no dia 29 de abril. Ainda há previsão de que temporais irão ocorrer até o fim desta semana.
A chuva que causou as enchentes do final de abril e do início de maio em diversos pontos do Rio Grande do Sul e deixou mais de 140 mortes foi agravada por um bloqueio atmosférico, que manteve a nebulosidade por muitos dias nas regiões gaúchas.
Qual a situação do Rio Grande do Sul neste momento?
Alerta de chuva forte, risco de alagamentos, rajadas de vento, descargas elétricas e eventual queda de granizo.Válido até as 21h de terça. Emergência 190/193.
Perdas da produção por falta ou excesso de chuvas são um problema recorrente no Rio Grande do Sul. Segundo os meteorologistas, isso ocorre porque o estado fica na região do Brasil mais propensa a sofrer com oscilações extremas das condições climáticas.
Defesa Civil atualiza números da tragédia no Rio Grande do Sul e defende recursos em prevenção. Mais de um mês depois do início da tragédia de inundações, o Rio Grande do Sul ainda tem 572 mil pessoas desalojadas, mais de 30 mil em abrigos e 41 desaparecidas. O número de mortos chega a 172, com tendência de aumento.