Conforme explica o Dr. Alexandre Brandão, “algumas pacientes relatam distensão abdominal com a adenomiose, porque a doença causa inflamação intestinal, assim, o ritmo intestinal muda. Às vezes, o intestino fica mais lento, mais constipado, e acumula alimentos, fezes e gases, o que distende o abdome.
Adenomiose engorda ou incha a barriga? A adenomiose não engorda. O que acontece é que a doença provoca um leve ou moderado aumento do tamanho do útero, podendo aumentar discretamente o volume da parte inferior do abdome.
Sim, a endometriose intestinal pode causar gases. Os sintomas podem contribuir para o acúmulo de gases no intestino, causando desconforto abdominal e flatulência.
Cerca de um terço das mulheres com adenomiose não apresenta sintomas. Quando eles aparecem, os principais são cólicas menstruais e aumento do fluxo menstrual que, em casos mais severos, pode gerar até anemia. A dificuldade para engravidar também é um indício importante da presença da doença.
A adenomiose acontece quando o endométrio, tecido de revestimento da cavidade uterina, desenvolve-se de forma anormal na musculatura do útero, chamada de miométrio. Quando se encontra nesse lugar, o endométrio inflama durante a menstruação e pode provocar maior volume de sangue e fortes cólicas menstruais.
A adenomiose pode virar câncer? Em alguns casos, sim. Alguns estudos mostram que a adenomiose está mais relacionada a maiores chances de desenvolver câncer de endométrio e de tireoide, graças à presença das proteínas P-element-induced wimpy testis (PIWI) no tecido endometrial dessas mulheres.
Aderências intestinais são faixas de tecido fibroso feitas por cicatrizes que podem conectar duas partes do intestino. Também podem ligar o intestino com outros órgãos ou com a parede do abdômen. Aderências normalmente não causam quaisquer problemas, mas podem causar obstrução intestinal.
Essa distensão acontece, pois os focos de endometriose liberam substâncias inflamatórias que irritam as alças intestinais. Isso as faz acumular gases e dilatar. A “barriga de endometriose” pode ser o resultado dos focos de endometriose e pode melhorar após a remoção cirúrgica da doença.
As aderências pélvicas são tecidos fibrosos que surgem na cavidade abdominal, como consequência de uma cicatrização. Nesse sentido, elas podem juntar os tecidos do útero, trompas, ovários e intestino, distorcendo ou até mesmo bloqueando as funções dos órgãos afetados.
Os sintomas da adenomiose incluem menstruações dolorosas (dismenorreia) e com fluxo intenso, dor indefinida na área pélvica e uma sensação de pressão sobre a bexiga e o reto. Sangramento intenso pode dar origem a anemia. Às vezes, a atividade sexual é dolorosa.
Existem algumas opções de tratamento: Sintomáticos para controle da dor e sangramento: analgésicos (dipirona, paracetamol, escopolamina), anti-inflamatórios não hormonais (ex: cetoprofeno, ibuprofeno) e ácido tranexâmico (ex: Transamin®)
A adenomiose pode causar pressão sobre a bexiga, resultando em dor ou desconforto ao urinar. Principalmente nos casos em que ocorre um aumento expressivo do volume do útero.
A ginecologista e obstetra Flávia Fairbanks conta que não há relação entre a adenomiose e o aumento de peso. Nos quadros em que a mulher apresenta muita dor, é possível que haja falta de apetite e um forte desânimo, o que pode gerar perda de peso não intencional pela paciente.
1/3 das portadoras de adenomiose não apresentam nenhum sintoma. Dor pélvica crônica, inchaço abdominal, dor nas pernas e lombar, alteração do hábito intestinal e miccional principalmente durante a menstruação. Deficiência de ferro, anemia e até abortamentos também podem acontecer nas portadoras que engravidam.
Dor intensa durante as relações sexuais e ao evacuar; Infertilidade e dificuldade para engravidar, principalmente em mulheres acima de 35 anos; Distensão abdominal, sendo que por causa desse sintoma muitas mulheres associam a adenomiose com o ganho de peso.
O que acontece quando a endometriose atinge o intestino?
Endometriose intestinal é quando o tecido que reveste o interior do útero (endométrio) se desenvolve nas paredes do intestino, dificultando o funcionamento do órgão e causando sintomas como alteração dos hábitos intestinais e dor abdominal intensa, especialmente durante a menstruação.
Lembramos que a endometriose acomete o intestino de fora para dentro, raramente, a endometriose conseguirá alcançar a parte de dentro do intestino, a ponto de ser visível pela colonoscopia. Entretanto, a colonoscopia, tem o papel importante de descartar outras doenças do intestino.
O diagnóstico das aderências peritoneais pode ser consideravelmente desafiador. Nos casos em que ocorre obstrução intestinal, a radiografia abdominal pode ser útil ao revelar achados indicativos da obstrução.
Inclusive, a presença das aderências é um dos fatores que podem tornar o exame de colonoscopia mais difícil e doloroso. A única forma de liberar as aderências intestinais é através de cirurgia abdominal, podendo ser a convencional (corte no meio da barriga) ou por videolaparoscopia (minimamente invasiva).
Para o convívio com as aderências você pode usar medicações para gases (como a simeticona) e principalmente uma dieta alimentar com pouca fermentação. Procure uma nutricionista para ajudá-lo.
“A adenomiose pode levar a anemia, devido ao aumento do sangramento menstrual, além da possibilidade de causar infertilidade, por alterar a estrutura do miométrio e a função do endométrio, ambas camadas do útero”, explica Thais Farias Koch, ginecologista do Hospital Nove de Julho.
Atualmente o IPGO recomenda o exame de ultrassom com preparo intestinal para que se avalie também a endometriose que, frequentemente, está associada à Adenomiose. Neste exame, a Adenomiose é considerada grave quando compromete mais do que 50% do miométrio.
A única cura eficaz para a adenomiose é a cirurgia para retirada do útero. Porém, este tipo de tratamento só é recomendado nos casos em que a condição não pode ser controlada a partir de outras metodologias e a mulher tem sua qualidade de vida seriamente comprometida pela doença.