Aristóteles, na obra Arte Retórica, pretendeu apresentar uma techné, a qual visava examinar o que era persuasivo para vários tipos de indivíduos, pois, a retórica é a faculdade de considerar o que pode ser apropriado para persuadir. Podem ser identificadas três categorias principais: O logos, o Ethos e o Páthos.
Para Aristóteles a função da retórica não era a de “somente persuadir, mas ver o que cada caso comporta de persuasivo” (Retórica, I, 2, 135 a-b)14. Nesse sentido a retórica é a arte de procurar, em qualquer situação, o meio de persuasão disponível.
Aristóteles associa a retórica e a lógica à composição da linguagem. Aristóteles foi o responsável pela sistematização do conhecimento filosófico, até então composto por um conjunto de conhecimentos de todas as ordens e todas as áreas.
Ora, a antiguidade clássica é permeada pela retórica e esse tema é comum em grandes autores e filósofos tais como Aristóteles, Cícero e Quintiliano; e é de Platão que se extrai a pura influência do pensamento desses grandes filósofos clássicos.
É possível conceber a retórica para Aristóteles em seu uso?
A importância da retórica na interpretação de Aristóteles consiste na capacidade de persuadir o ouvinte, fazendo com que ele formule um juízo sobre a situação que a ele se apresenta. Neste sentido, a retórica esteve e estará sempre ligada a política e a ética, tendo as suas bases fincadas na psicologia e na lógica.
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das idéias é através da observação de objetos para após a formulação da idéia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligivel.
Sócrates critica a retórica ao sinalizar para duas condições necessárias (a aquisição da verdade para falar e a retórica como necessária à arte de persuadir), embora nenhuma delas seja suficiente.
Desse modo, no entendimento platônico, a retórica filosófica é aquela que usa da capacidade de pensar e argumentar do orador para atingir a alma dos ouvintes a fim de convence-los para o interesse de todos.
Arte, nesse sentido, é entendida como técnica e é sinônimo do modo de operar, modo de fazer, ou como fazer. Portanto, a retórica é o estudo e o ensinamento de um modo de falar bem, com eloquência, articulando as palavras de modo a convencer o interlocutor.
Aristóteles, na obra Retórica, lançou as bases para sistematizar o seu estudo, identificando-a como um dos elementos chave da filosofia, junto com a lógica e a dialética. A retórica foi uma das três artes liberais ensinadas nas universidades da Idade Média, constituindo o trivium, junto com a lógica e a gramática.
Como Aristóteles diferencia os três tipos de retórica?
As provas da persuasão são próprias da arte retórica, fornecidas pelo discurso que poderá ser de três espécies: de caráter moral do orador; no modo como se dispõe o ouvinte; e no próprio discurso.
No Brasil, a retórica é frequentemente utilizada pelos políticos, principalmente em períodos eleitorais. Segundo Hannah Arendt, o discurso político tem por finalidade a persuasão do outro, quer para que a sua opinião se imponha, quer para que os outros o admirem.
Parte fundamental de qualquer texto, ela consiste, basicamente, em persuadir seu interlocutor a fazer algo que você gostaria que ele fizesse. Quando elaboramos um artigo cujo objetivo é converter um lead, por exemplo, aplicamos a retórica para convencê-lo a seguir adiante em sua jornada de compra.
A crítica retórica à metafísica procura mostrar que, para além do restrito campo de uma racionalidade entendida como demonstrativa, há uma racionalidade retórica ou argumentativa9 que favorece muito mais o diálogo e a troca de perspectivas e não suscita o enclausuramento das diferentes filosofias porque não parte da ...
Sendo a retórica sofista um instrumento vazio de conteúdos que possui como finalidade apenas a valorização do discurso (seja ele de caráter verdadeiro ou não) e da persuasão para o alcance de interesses.
Quais são os segundo Aristóteles os elementos essenciais da retórica?
Em Aristóteles, a retórica, assim como a dialética, é arte (techne) da linguagem que lida com as opiniões geralmente aceitas (endoxa), verdadeira techne da argumentação devido a três elementos que a constituem: logos, ethos e pathos.
O logos é como se houvesse um “espírito de razão” nos seus textos. Para Aristóteles, o seu discurso não será convincente se você não puder provar logicamente o que está sendo dito.
Um dos segredos da boa retórica é a capacidade do orador de adaptar a linguagem conforme o público. Uma oratória pode ser apresentada para diferentes perfis de pessoas, mas a fala, as figuras de linguagem, os gestos do apresentador devem respeitar o perfil da audiência.
Por que Sócrates e Platão não concordavam com os sofistas?
Os sofistas foram criticados por Platão, que os considerava manipuladores de raciocínios. Nesse contexto histórico da Grécia, surge Sócrates, considerado o patrono da Filosofia. Ele discordava dos antigos poetas (mitologia), dos antigos filósofos (cosmologia) e dos sofistas (oradores).
Diz ele no início do tratado: A retórica é a contrapartida da dialética; pois ambas dizem respeito a questões que, de certo modo, fazem parte do conhecimento de todos os homens, não estando confinadas a nenhuma ciência em particular.
Com efeito, enquanto uma busca pela verdade última, a filosofia será uma tentativa de ultrapassar a retórica e dizer a verdade, mas enquanto ela diz a verdade ela estará necessariamente ligada à linguagem, e daí a retórica se torna sua mais antiga inimiga e sua mais antiga aliada.