O quimerismo acontece devido à fusão de dois zigotos (embriões no início do desenvolvimento humano) em um só. Por isso, ao nascer, a pessoa quimera irá apresentar dois conjuntos de células com dois tipos distintos de DNA. Como se fossem duas pessoas dividindo o mesmo corpo.
O quimerismo é uma condição genética rara, que determina que o indivíduo possua dois tipos distintos de DNA em seu corpo. Numa primeira perspectiva, a temática interessaria principalmente aos estudos sobre o DNA e o genoma humano, entretanto o que se verifica é que o fenômeno também tem repercussões jurídicas.
O quimerismo pode ser identificado por meio de características como áreas do corpo com pigmentações distintas, olhos com cores diferentes e alterações na formação dos órgãos sexuais. No entanto, uma pessoa com quimerismo nem sempre manifesta sintomas e a alteração pode passar a vida toda sem ser descoberta.
Quem acompanhou a reta final de Travessia, assistiu às cenas tensas em que Brisa (Lucy Alves) recebeu os resultados dos testes de DNA que fez para provar que era mãe de Tonho (Vicente Alvite). Ela ficou aflita diante dos três resultados negativos, mesmo sabendo que o menino era seu filho.
O exame de quimerismo consegue medir a % de DNA do doador e do DNA próprio que está circulando no sangue. Podendo desta forma avaliar a pega da enxertia, detectar recidiva da doença de base ou perda do transplante de medula.
Caso a pessoa com quimerismo gere um filho e os dois indivíduos realizem um teste de paternidade, o resultado pode dar negativo. Isso ocorre pois como o pai ou mãe possui diferentes sequências genéticas, a amostra de DNA coletada para análise pode não ser da mesma sequência que foi transmitida ao filho.
A metodologia usada no exame é PCR-STR. O DNA é extraído de sangue periférico, subpopulações celulares ou swab bucal de forma automatizada (QIASymphony).
A mocinha sofre de uma condição genética rara que faz com que a pessoa tenha dois tipos de DNA no corpo. Por isso, quando realizado o teste de filiação de Tonho, o resultado aponta que ela não tem compatibilidade com ele. A condição, chamada quimerismo, influenciou diretamente no resultado do exame.
Brisa tinha uma gêmea, o embrião da gêmea não se desenvolveu e se fundiu com ela. Localizou-se no útero. Assim, todos os filhos que Brisa vier a ter terão esse DNA.
"Os órgãos são desenvolvidos a partir de duas linhagens celulares." Sendo assim, Brisa deve ter fecundado dois embriões diferentes e o útero desenvolveria gêmeos. Na evolução da gravidez, os zigotos se fundiram e geraram somente um indivíduo, Tonho. Essa alteração genética é que provoca a incompatibilidade.
O diagnóstico é feito a partir da comparação do material genético da mesma pessoa. Os geneticistas comparam o DNA de células sanguíneas com células da saliva ou da pele, por exemplo. Caso as informações genéticas dos tecidos sejam distintas, a hipótese de quimerismo pode ser confirmada, segundo a pesquisadora.
Devem ser coletadas no mínimo duas amostras de swab oral, evitando-se a coleta de saliva e sangramentos. Deve ser usado preferencialmente o swab de rayon com o recipiente próprio para acondicionamento. Não utilizar nenhum meio de preservação.
Essa condição rara é chamada quimerismo genético. A médica veterinária especialista em felinos da clínica Comfy Pets, Cristiane Caporal, explica que o gato Quimera resulta de uma gestação gemelar e é composto de células de dois embriões diferentes, que se fundem nos estágios iniciais da gravidez.
Quimerismo é quando uma pessoa possui células originadas de duas fontes distintas, resultando em dois tipos diferentes de DNA no corpo humano. Com essa alteração nos genes, é possível que ocorra algumas complicações.
O quimerismo em humanos acontece quando dois óvulos fecundados se fundem antes do quarto dia de gestação, misturando as informações genéticas sem que o indivíduo sofra grandes mutações.
De maneira simplificada, quimera é uma pessoa que possui mais de um DNA no seu organismo, simultaneamente. Essa multiplicidade de material genético pode estar espalhada no corpo inteiro, ou apenas em um local pontual.
Quimerismo deixa sintomas? No folhetim, Brisa (Lucy Alves) só vai descobrir a condição após investigar a razão de seu DNA não ser compatível com o de seu filho biológico, Tonho (Vicente Alvite). Isso porque a dançarina nunca teve qualquer sinal do problema.
Na novela, Brisa vai descobrir que o motivo disso é o quimerismo, uma condição rara e genética que faz com que a pessoa tenha duas linhagens celulares diferentes, ou seja, dois DNA distintos.
De acordo com informações do Observatório da TV, Guerra é o pai biológico de Brisa, que mudará a sua vida ao descobrir que é herdeira de um grande império. Chiara quase cairá para trás com a novidade.
Travessia: Como Tonho pode não ser filho de Brisa? Em Travessia, lá no comecinho da trama, Brisa (Lucy Alves) e Ari (Chay Suede) eram um casal feliz e com um futuro pela frente. Os dois tiveram Tonho (Vicente Alvite), cujo parto aconteceu na casa em que moravam.
Travessia (Globo) está em sua reta final e finalmente, o parente de sangue misterioso de Brisa (Lucy Alves) será revelado. Bia (Clara Buarque) chegará a conclusão de que Brisa possui uma rara condição genética, chamada quimerismo [condição genética em que um indivíduo possui dois tipos distintos de DNA's em seu corpo].
Ao abrir o envelope do teste de DNA a que ela se submeteu, vai descobrir que Tonho (Vicente Alvite) não é seu filho biológico. Ari (Chay Suede) também se submete ao exame, mas não fica claro se ele é ou não o pai biológico do menino. As informações são da coluna da jornalista Patrícia Kogut, de O Globo.
Quanto tempo o DNA de uma pessoa fica no seu corpo?
Estudos recentes mostram que a meia-vida do DNA é de cerca de 521 anos. Isso significa que a cada 521 anos, metade das ligações do DNA são destruídas, deixando-o com buracos em sua sequência.
Mosaicismo: duas linhagens celulares distintas presentes em um mesmo zigoto decorrentes de processos de mutação. Quimerismo: duas linhagens genéticas diferentes derivadas da fusão de dois zigotos distintos em um mesmo embrião.
LEE et.al, 2019. Para condição de quimerismo misto, tem-se quando após o transplante de medula óssea, o receptor passa a apresentar células de seu doador, na qual farão a hematopoese do organismo, em conjunto as antigas células-tronco presentes na medula antes da transfusão.