Em Vigiar e Punir, Michel Foucault analisa a evolução da punição no Ocidente, desde a Idade Média até o século XIX. Ele argumenta que a pena, ao longo do tempo, deixou de ser um espetáculo público de violência para se tornar uma forma de controle e disciplina.
Quais são as principais ideias da obra Vigiar e Punir?
“Vigiar e Punir aborda o problema da institucionalização do poder de forma muito nova, o que deixou marcas profundas nas pesquisas históricas e sociológicas que se seguiram a ele.
Em francês, Surveiller et Punir: Naissance de la prison, Vigiar e Punir, publicado originalmente em 1975, é um estudo cien:fico no qual Foucault narra a história da legislaçAo penal e os métodos puniivos com que o poder, há séculos, regulamentou e implementou o sistema de re- pressAo à delinquência: do suplício dos ...
Isto quer dizer que se é menos induzido a transgredir leis ou regras quando se acredita observado, mesmo quando na realidade a vigilância não é (momentaneamente) praticada. Portanto, a prisão, especialmente se veste o paradigma do pan-óptico, oferece a forma ideal de punição moderna.
Foucault conclui que a sociedade punitiva moderna é baseada na vigilância generalizada. Ela se estende a setores e instâncias de vigilância. Uma vigilância preventiva do ato delituoso que tem como conseqüência a necessidade da punição do delinqüente, inimigo da sociedade.
A crítica será, em relação ao governo, uma atitude, uma estudada desenvoltura, uma forma cultural geral, atitude moral e política e também uma vontade decisória de não ser governado de tal ou qual maneira, por tais ou quais mecanismos. Foucault encerra as aulas de Segurança, território, população em abril de 1978.
O poder em Foucault reprime, mas também produz efeitos de saber e verdade. Foucault acreditava que os acontecimentos deveriam ser considerados em seu tempo, história e espaço. De acordo com Veiga-Neto (2003:43), sua obra pode ser dividida em três fases cronometodológicas: arqueológica, genealógica e ética.
Em Vigiar e Punir, Michel Foucault analisa a evolução da punição no Ocidente, desde a Idade Média até o século XIX. Ele argumenta que a pena, ao longo do tempo, deixou de ser um espetáculo público de violência para se tornar uma forma de controle e disciplina.
Qual é o resumo da sociedade punitiva de Foucault?
A sociedades punitivas, optam pelo sistema prisional como forma geral de punição e abolição dos suplícios. O corpo, então, não precisa mais ser marcado. Além disso o poder político se relaciona de outras formas com os corpos. Seu controle passa a dar-se de outras formas, mais sutis e mais eficientes.
Sua ideia é questionar as verdades que se dizem universais e mostrar como todo pensamento está submetido ao seu tempo e espaço. Foucault trabalha para mostrar como a universalidade do homem é falsa, e criada através de mecanismos de poder que se afirmam cotidianamente em nossos corpos.
Em seu livro “Vigiar e Punir”, Foucault caracteriza o panoptismo como um poder na forma de vigilância individual e contínua, com intuito de controle, castigo e recompensa, e também como forma de correção.
Foucault rompe com as concepções clássicas deste termo e define o poder como uma rede de relações onde todos os indivíduos estão envolvidos, como geradores ou receptores, dando vida e movimento a essas relações. Para ele, o poder não pode ser localizado e observado numa instituição determinada ou no Estado.
Em “Vigiar e Punir”, Foucault aborda o assunto do poder. O autor nos demonstra que o poder costumava ser representado como uma vontade transcendente, vinda de Deus. A legitimação deste poder, pelos monarcas, se deu através de algo metafísico, impossível de se palpar.
Um compilado de analises gerais do grande filósofo Michel Foucault, Microfísica do poder reúne a partir de diversas peças cientificas análises e contextos essenciais para entender as dinâmicas de poder na sociedade e todas as suas nuances.
O que Jesus quer nos dizer com esse convite que encerra a passagem do Evangelho de Marcos 13, 33-37. Vigiar constante, orar constantemente, dar graças constantemente é algo que devemos fazer permanentemente. Vigiar significa dizer “sim” a Deus. Portanto, escutar a vontade de Deus e responder sim a Deus em toda ocasião.
Vigiar significa estar atento às realidades espirituais e temporais, cuidando para que os sentidos e o coração não sejam corrompidos pelo pecado. Jesus Cristo nos alerta no Evangelho: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41).
O Vigidesastres tem por objetivo propor ações para minimizar a exposição aos riscos de desastres naturais relacionados a enchentes, secas, deslizamentos, e reduzir doenças decorrentes de desastre antropogênico, como os acidentes com produtos perigosos e desastres industriais.
Esta é uma das obras mais famosas do filósofo francês e trata profundamente da questão da disciplina e do poder no mundo moderno. Também se debruça com cuidado sobre a importante mudança de estratégia que abandonou a punição em troca da vigilância constante e reguladora.
Michel Foucault foi filósofo, professor, psicólogo e escritor francês. Dono de um estilo literário único, Foucault revolucionou as estruturas filosóficas do século XX ao analisá-las por meio de uma nova ótica.
De acordo com Foucault (2007), as prisões constituem-se como uma nova configuração social pautada na “disciplina”, construída a partir das relações de poder que agem sobre os corpos dos sujeitos. Esse sistema instaura uma ideologia de submissão, baseada na correção dos indivíduos através da vigilância e da punição.
A filosofia de Foucault pode ser caracterizada por três fases: arqueológica, genealógica e ética. A fase arqueológica do saber inaugura sua ruptura com a tradição filosófica, uma tradição de dualidade entre linguagem e discurso. O saber representado pelas ciências do homem, e o poder pelas relações históricas.
A aposta de Foucault é na desestabilização contínua das relações de poder. Por isso, ele aponta para os limites das análises ligadas ao marxismo tradicional, principalmente no que diz respeito às concepções de ideologia, dialética e ciência.