Em 1870, poucos brasileiros eram contrários à escravidão, e ainda menos opunham-se publicamente a ela. Pedro II era um dos poucos que o faziam, considerando-a uma "vergonha nacional". O Imperador nunca possuiu escravos.
Sentia-se que a escravidão era uma injustiça, mancha que não se compadecia com o nobre espírito liberal que presidia a sociedade brasileira. Não se atinava, contudo, com o modo de extingüí-la sem provocar grandes males na economia. A escravidão foi mundial.
Ainda segundo o professor, “Dom Pedro II não assinou uma lei abolicionista porque ele não podia. A constituição era respeitada naquela época, então o Imperador não tentava criar leis. Ele só podia confirmar as leis feitas pelo Parlamento.
O crescimento econômico desse período é muito atribuído ao reflexo do fim do tráfico negreiro no país por meio da Lei Eusébio de Queirós, de 1850. Com essa lei, o tráfico negreiro foi proibido, e todos os recursos, que antes eram utilizados na aquisição de escravos, passaram a servir para outros investimentos.
Dom Pedro II perdeu o apoio dos cafeicultores, que tiveram de libertar os escravos após a assinatura da Lei Áurea e não receberam nenhuma indenização por parte do governo central.
Dom Pedro II poderia ter abolido a escravidão? Lilia Schwarcz responde
Porque os portugueses não queriam que Dom Pedro ficasse no Brasil?
Os portugueses, porem não gostaram da permanência de Dom Pedro no Brasil, pois queriam que o Brasil voltasse à posição de colônia. Os brasileiros elaboraram, então, um documento, assinado por milhares de pessoas, pedindo a sua permanência no Brasil.
Os escravos organizavam-se e preparavam fugas individuais ou em massa e, para isso, reuniam-se em quilombos que cresciam ao redor das grandes cidades. Outras vezes organizavam revoltas contra os seus senhores.
O intuito era banir a família imperial e herdeiros da monarquia do território brasileiro. Além disso, a lei visava “apagar” quaisquer vestígios imperiais no Brasil. Segundo o decreto nº 78-A, Dom Pedro II e os demais membros da monarquia foram impedidos de retornar ao país.
Após 132 anos da abolição da escravatura, população negra do Brasil ainda luta por direitos básicos. Em 13 de maio de 1888, após seis dias de debate no Congresso, foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, sendo o último país da América Latina a abolir a escravatura.
D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos. O Parlamento sempre negava o projeto de lei, pois muitos tinham influências diretas ou indiretas com os grandes cafeicultores escravocratas.
Luiz Gama (1830-1882) nasceu em Salvador. Filho de um descendente de portugueses com uma escrava liberta, acabou vendido aos dez anos como escravo pelo próprio pai, que precisava de dinheiro para pagar dívidas de jogo.
Ao longo de sua vida demonstrou grande interesse pelas línguas. Falava alemão, italiano, espanhol, francês, latim, hebraico e tupi-guarani. Lia grego, árabe, sânscrito e provençal. Fez traduções do grego, do hebrai- co, do árabe, do francês, do alemão, do italiano e do inglês.
Pedro II, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 2 de janeiro de 1825. Ele foi o único monarca a reinar sobre o Brasil que nasceu em solo brasileiro. Dom Pedro II foi imperador do Brasil de 1840 até 1889.
O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão. Essa data simboliza a conquista da liberdade para inúmeras pessoas que foram oprimidas por séculos. O fim da escravidão destaca a importância da busca contínua por igualdade e justiça social.
A Lei Áurea, ou Lei Imperial nº 3.353, foi o dispositivo que extinguiu a escravidão no Brasil. Seu projeto (cujo texto original pode ser visto na imagem de abertura deste texto) foi elaborado e apresentado ao Senado Imperial Brasileiro pelo senador Rodrigo Augusto da Silva, no dia 11 de maio de 1888.
O presidente americano Abraham Lincoln havia decretado a libertação dos escravos dois anos e meio antes, ao assinar em 1 de janeiro de 1863 a proclamação da emancipação. Mas o Texas, que como território do sul fazia parte da Confederação, foi o último estado a libertar os escravos.
A vasta maioria dos libertos permaneceu marginalizada e desprovida de acesso à saúde, à educação, à formação profissionalizante, ao exercício da cidadania. Muitos escravos acabaram abandonando as fazendas nas quais foram escravizados e mudaram-se para outras ou para outras cidades.
A lei foi sancionada pela princesa Isabel, herdeira do trono e princesa regente na ocasião, pois o imperador d. Pedro II havia viajado para a Europa para cuidar de sua saúde debilitada. Com essa lei, a escravidão foi abolida no Brasil em caráter imediato e os donos de escravos não tiveram direito à indenização.
A crise da monarquia teve relação com a insatisfação do Exército e com o surgimento de novas demandas políticas na sociedade. Os militares adotaram o positivismo como ideologia política, passando a defender a implantação de uma república autoritária no Brasil.
Governo Deodoro antecipou expulsão de d. Pedro 2º com medo de reações populares pró-imperador; banimento vigorou até 1920. Às 3h do dia 17 de novembro de 1889, um domingo, d. Pedro 2º e a família imperial deixaram o Rio de Janeiro de forma discreta, sem muitas testemunhas.
O Segundo Reinado foi um período marcado por intensas disputas políticas entre grupos que possuíam diferentes interesses. Uma dessas disputas aconteceu entre aqueles que defendiam o fim do trabalho escravo – os abolicionistas – e aqueles que defendiam sua manutenção – os escravistas.