Durkheim acredita que dentro dos grupos sociais o que prevalece é a consciência coletiva, ou seja, o conjunto de crenças e sentimentos de uma mesma sociedade que serve para orientar a conduta de cada um de nós. Portanto, os fenômenos individuais podem ser explicados a partir da coletividade.
Na obra Da divisão social do trabalho, de 1893, Durkheim afirma que a existência da coesão social, assim como a da própria sociedade, está baseada no consenso existente entre os indivíduos.
A idéia central de seu pensamento é a de que a humanidade avança para o aperfeiçoamento pela força do progresso. Princípio herdado da filosofia iluminista. Durkheim desenvolveu um método de investigação dos acontecimentos sociais e estabeleceu um objeto de estudo: os fatos sociais.
Durkheim parte da idéia fundamental de Comte de que a sociedade deve ser vista como um organismo vivo. Também concordava com o pressuposto de que as sociedades apenas se mantém coesas quando de alguma forma compartilham sentimentos e crenças comuns.
Durkheim pregava a objetividade na análise dos fatos sociais. Para ele, ao analisar uma sociedade, o pesquisador deve manter certa distância de seu objeto, ocorrendo com isso a neutralidade científica.
Para Durkheim, a sociologia era a ciência das instituições, com o objetivo principal de descobrir leis estruturais inerentes à sociedade. Ele via a sociedade como um organismo, onde cada parte desempenha um papel específico para manter o equilíbrio e a ordem.
Para Durkheim, os fatos sociais são considerados objetos únicos de estudo da sociologia. Na perspectiva durkheimiana, as ideias e valores individuais (ou seja, a ideologia) são irrelevantes porque os fatos sociais são manifestações externas, isto é, estão fora e acima das mentes de cada sujeito que integra a sociedade.
O sociólogo deve buscar entender os fatos comuns da sociedade, os fatos sociais, como “coisas” objetivas. Uma das tarefas do sociólogo é, então, compreender esses fatos que organizam a sociedade de determinado local e determinada época, como a educação.
Dentro da perspectiva sociológica durkheiminiana, a existência de uma sociedade só é possível a partir de um determinado grau de consenso entre seus membros constituintes: os indivíduos. Esse consenso se assenta, basicamente no processo de adequação da consciência individual à consciência coletiva.
Em Durkheim, a religião é algo real, enquanto fenômeno das sociedades, uma coisa eminentemente social. Por isso, as representações religiosas são representações coletivas que evidenciam realidades coletivas (DURKHEIM, 1989, p. 38).
O método sociológico de Durkheim é caracterizado pelo uso do método comparativo: uma vez que experimentos isolados em laboratório não são possíveis nas ciências sociais, a comparação dos fenômenos sociais, metodicamente conduzida, seria a forma de atingir resultados equivalentes aos de um experimento clássico.
Émile Durkheim foi um psicólogo e sociólogo francês, considerado o fundador da sociologia, pelo fato de ter sido o primeiro a criar um método sociológico que distinguiu a sociologia das demais ciências humanas. O pensador também ocupa, junto a Karl Marx e Max Weber, a tríade da sociologia clássica.
A tese central é a de tudo aquilo que ele afirma como dever ser corresponde a um ideal criado coletivamente, portanto, sua fundamentação é a própria coletividade.
Émile Durkheim entende a sociedade como superior ao indivíduo e existe independente deste. Para ele, o indivíduo é apenas receptor de regras e modo de viver da sociedade da qual faz parte. As regras foram chamadas, pelo sociólogo, de fatos sociais.
Para tanto, Durkheim define o fato social como uma “coisa”, algo com existência própria, não derivado do indivíduo. Não somente o fato social “existe”, como possui um poder coercitivo, isto é, o fato social se impõe ao indivíduo.
Durkheim criticou a perspectiva comteana pela sua generalização do termo “sociedade”, proposto como objeto de estudo para as ciências sociais, que deveriam utilizar como método a observação dos fatos sociais.
Durkheim entendia a sociedade como um corpo, que para funcionar é necessário que todos os órgãos estejam plena adequação. Esses órgãos são os indivíduos e quando todos estão em harmonia se forma uma coesão social, que acaba por gerar uma solidariedade social entre os membros de um mesmo grupo.
Como afirma Durkheim, as sociedades não são meramente a soma de indivíduos, mas um sistema formado pela associação entre indivíduos. Dessa forma, há uma organização, com instituições formais e informais, uma estrutura social que pode ser hierárquica ou não, e papéis sociais designados aos seus componentes.
Qual a diferença entre o pensamento de Durkheim e Weber?
Em suma, Durkheim e Weber diferem em suas perspectivas sobre a relação entre indivíduo e sociedade, com Durkheim enfatizando a influência da sociedade sobre o indivíduo e Weber enfatizando a importância do indivíduo na formação da sociedade.
Para o sociólogo francês Émile Durkheim, podemos elencar dois tipos de sociedade divididos pelo grau de coesão e solidariedade contidos no interior de cada um: sociedade de solidariedade mecânica e sociedade de solidariedade orgânica.
Uma das principais ideias de Émile Durkheim tem como base a metodologia da indução (ou dedução), o que quer dizer que a visão sociológica precisa vir do indivíduo ao coletivo. Basicamente, para Durkheim, seria necessário observar todas as atitudes de uma pessoa para entender a sociedade.
David Émile Durkheim (1858-1917) foi um sociólogo francês cujo legado liga-se tanto à consolidação da sociologia como disciplina científica quanto à formação de uma escola de pensamento fundada nos conceitos de fato social, de representações coletivas, de função, integração, regulação e anomia, entre outros.