A Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco é uma instituição de ensino superior localizada na cidade do Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco.
Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro.
O ato de aprender envolve a construção e a reconstrução constante do objeto de conhecimento, num movimento que considera a experiência, a autonomia, a reflexão, o diálogo, a construção coletiva, a criatividade e a abertura ao novo.
Paulo Freire defendia publicamente em suas obras e palestras que a tarefa central da educação é formar revolucionários. Para Gabriel de Arruda Castro, mestre em Política pelo Hillsdale College, é possível depreender das obras de Freire que a educação é um papel quase que exclusivamente do Estado.
Paulo Freire expressa que a escola deve ser um lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem. Um lugar em que a convivência permita estar continuamente se superando, porque a escola é o espaço privilegiado para pensar.
A proposta de Paulo Freire da educação da libertação (ou educação problematizadora) se baseia na indissociabilidade dos contextos e das histórias de vida na formação de sujeitos, que ocorre por meio do diálogo e da relação entre alunos e professores.
Um dos principais conceitos da teoria de Paulo Freire fala sobre uma educação orientada para a cidadania. Para o pedagogo, um processo de aprendizagem bem conduzido leva em conta a realidade dos estudantes e da comunidade escolar, estabelecendo uma conexão entre cultura, conhecimento e sociedade.
A pedagogia freiriana defende uma educação que desperta no educando a consciência crítica das situações política, econômica e social em que está inserido, como sendo verdadeiramente uma Educação como Prática da Liberdade (CORTELLA, 2011).
Educação é o ato de educar, de instruir, é polidez, disciplinamento. No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte.
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." "O educador se eterniza em cada ser que educa." "A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem.
Em Educação como Prática da Liberdade, apontou que a palavra podia deixar de ser o veículo das ideologias alienantes para tornar-se o instrumento de uma transformação do homem e da sociedade. Para ele, este era o papel da escola: o de ensinar o aluno a ler o mundo e nele intervir positivamente.
Na perspectiva freiriana, é papel do educador possibilitar uma educação que não reproduza cegamente a ideologia dominante. Ciente dos limites da prática educativa, Freire defende que o educador pode não ser capaz de transformar a realidade do país, mas pode demonstrar as possibilidades de mudança (Freire, 2021).
A fenomenologia de Paulo Freire articula-se com o existencialismo. "É também sob marcante influência do existencialismo que se pode compreender a filosofia da educação de Paulo Freire, para quem a educação é prática da liberdade e a pedagogia, processo de conscientização" (Severino, 2000, p. 303).
Que concepção da educação podemos afirmar que Paulo Freire defendia?
A educação, segundo Freire, deveria passar necessariamente pelo reconhecimento da identidade cultural do aluno, sendo o diálogo a base de seu método. O conteúdo deveria estar de acordo com a realidade cultural do educando e com a qualidade da educação, medida pelo potencial de transformação do mundo.
2.1) Libertadora – Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa tendência vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Onde, para esse, o saber mais importante é a de que ele é oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em que vive.
12 – “A educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática”. — Pedagogia da Autonomia, 1996. 13 – “A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.
Freire acreditava que, por trabalhar com a alfabetização de adultos pobres, esses conceitos auxiliariam no objetivo de tornar a educação libertadora e que, dessa forma, despertaria a consciência dos alunos para as relações de opressão nos ambientes de trabalho e para as injustiças sociais existentes na sociedade.
O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.
Paulo Freire defendia a tese de que a educação deve valorizar a cultura do aluno, reconhecendo que, estando alfabetizado ou não, o aluno leva à escola uma cultura própria, que não é pior nem melhor que a do professor e, portanto, há um aprendizado mútuo.
Para o método Paulo Freire, o professor está em igualdade com o aluno, ambos são agentes na construção do conhecimento. Dessa forma, não há uma hierarquia e o professor não é uma autoridade, ou seja, não é o detentor de todo o conhecimento. Isso permite ao aluno um papel de protagonista do conhecimento.
Freire defende uma formação permanente para os educadores, tendo em vista que o ser humano é um ser inconcluso, inacabado, necessitando compreender e acompanhar as mudanças que ocorrem na vida, no sistema educacional e nas relações que se estabelecem entre os homens e entre educação e sociedade.
Ele propõe uma educação para a liberdade, para um homem sujeito que implica numa sociedade também sujeito. Para isto, é necessário que haja uma ampla conscientização das massas brasileiras através de uma educação de auto-reflexão e de reflexão sobre o seu tempo e seu espaço.
O pensamento educacional freireano nos mobiliza a refletir sobre educação dialógica, saberes docentes e metodologias de ensino problematizadoras, que nos inspiram a pensar, a sentir e a agir em busca da humanização, da vida e da libertação de homens e mulheres.