O brincar é uma atividade que auxilia na formação, socialização, desenvolvendo habilidades psicomotoras, sociais, físicas, afetivas, cognitivas e emocionais. Ao brincar as crianças expõem seus sentimentos, aprendem, constroem, exploram, pensam, sentem, reinventam e se movimentam.
As brincadeiras têm papel fundamental no processo de aprendizagem na educação infantil. É por meio delas que a criança desenvolve sua criatividade, autonomia e capacidade de reflexão. Elas contribuem para uma formação completa, englobando os âmbitos sociais, afetivos, culturais, cognitivos, emocionais e físicos.
Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
A proposta da BNCC da Educação Infantil trata o brincar como um dos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento que pautam os Campos de Experiências.
Vygotsky (1998) afirma que não é possível ignorar que a criança satisfaz algumas necessidades por meio da atividade do brincar. As pequenas tendem a satisfazer seus desejos imediatamente, e o intervalo entre desejar e realizar, de fato, é bem curto.
A importância do BRINCAR no desenvolvimento infantil | #Comunica
O que diz Paulo Freire sobre o brincar?
Paulo Freire (1921-1997) foi alfabetizado pelos pais em casa. Em uma relação de aprender a ler o mundo e as palavras ao mesmo tempo, o nome dos pássaros e das árvores do quintal ditavam o conteúdo das aulas.
Para Jean Piaget (1) brincar é desenvolvimento e aprendizagem. É a partir da ação que a criança desenvolve sobre o meio físico e social, e que se constroem as estruturas de pensamento.
Art. 3º É dever do Estado, da família e da sociedade proteger, preservar e garantir o direito ao brincar a todas as crianças. Parágrafo único. Considera-se criança, para os fins desta Lei, a pessoa com até 12 (doze) anos de idade incompletos.
O brincar é da natureza própria da infância, as crianças já nascem gostando de brincar, porque a brincadeira é a forma dela expressar sua linguagem, seu comportamento, sua representação de mundo. O brincar é uma forma dela imitar o mundo adulto.
Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (BRASIL, 1998, p.
Partindo desse conceito, salientamos que a tarefa do professor é “proporcionar situações de brincar livre e dirigido que tentem atender às necessidades de aprendizagem das crianças e, neste papel, o professor poderia ser chamado de um iniciador ou mediador da aprendizagem” (MOYLES, 2002, p. 37).
Brincar de recriar o antes e o depois no cotidiano é a oportunidade para compreender o significado do tempo. O mundo social surge quando a criança interage com outras pessoas para aprender e expressar suas brincadeiras. Pular amarelinha, rodar um pião, jogar peteca: primeiro se aprende e depois se brinca.
A brincadeira pode ser vista como lazer, claro, mas ela não é só isso. Através dos jogos, por exemplo, os pequenos aprendem sobre regras, desenvolvem habilidades físicas e motoras e compreendem o processo de ganhar e perder. Quando as atividades são realizadas em grupo, também há vários benefícios.
A brincadeira é definida como uma atividade livre, que não pode ser delimitada e que, ao gerar prazer, possui um fim em si mesma. Um elenco de autores como Bomtempo e cols (1986), Friedmann (1996), Negrine (1994), Kishimoto (1999), Alves (2001), e Dohme (2002) confirmam e reforçam a afirmativa anterior.
A brincadeira é uma fonte inesgotável de comunicação; através da ação de brincar, a criança reproduz e dá sentido a tudo que a rodeia cotidianamente, uma vez que tal ato desenvolve o processo de aprendizagem da criança, já que possibilita a estruturação da reflexão, criatividade, imaginação e autonomia, estreitando o ...
O que Paulo Freire fala sobre brincar na educação infantil?
A brincadeira não pode ser entendida como um espaço/tempo único, exclusivo, no conjunto das atividades da criança e sim, deve permear todos os momentos de aprendizagem.
Como Vygotsky entende o ato de brincar e o brinquedo?
Para Vygotsky (2007) o que torna a atividade de brinquedo um meio de suprir a necessidade da criança, é que dentro desta atividade a criança pode realizar desejos que não são realizáveis em seu mundo imediato. É uma das formas que a criança tem de se relacionar com os inúmeros fatores que lhe são novos e curiosos.
Comunicação, autonomia e saber-fazer de bebês em um contexto de vida coletiva", Paulo Fochi adota a abordagem da documentação pedagógica para mostrar a aprendizagem em diferentes contextos da vida coletiva de um bebê. O livro também aponta caminhos metodológicos de pesquisa, práticas pedagógicas e formação docente.
Os dois exemplos, mais do que uma falta de oportunidade, são uma violação de um direito garantido a todas as crianças, o de brincar. O Artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, diz que a criança e o adolescente têm direito de "brincar, praticar esportes e divertir-se".
17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Brincar é o trabalho da criança. A frase é de Maria Montessori e continua tão verdadeira hoje quanto era quando ela escreveu. O objetivo da criança é a construção de si mesma. A brincadeira livre, em que as crianças escolhem o que fazer, quando fazer e onde, é um dos principais aspectos de suas vidas.
Segundo Henry Wallon (2007), toda atividade da criança é lúdica, desde que não seja imposta. Para ele, é imprescindível que a criança tenha oportunidade de brincar, porque é através do corpo que ela estabelece a primeira comunicação com o meio.
Piaget (1971, p. 67) diz que "Quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois a sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui”.