Para Jean Piaget (1) brincar é desenvolvimento e aprendizagem. É a partir da ação que a criança desenvolve sobre o meio físico e social, e que se constroem as estruturas de pensamento.
Segundo Piaget (1975), a prática lúdica valoriza o desenvolvimento infantil, pois as atividades lúdicas proporcionam a imaginário, a aquisição de regras e a apropriação do conhecimento.
De acordo com Vygotsky (1998), um dos principais representantes dessa visão, o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e/ou adultos.
Segundo Henry Wallon (2007), toda atividade da criança é lúdica, desde que não seja imposta. Para ele, é imprescindível que a criança tenha oportunidade de brincar, porque é através do corpo que ela estabelece a primeira comunicação com o meio.
Segundo Piaget (1978) as manifestações lúdicas estão relacionadas ao desenvolvimento da inteligência, ou seja, estão relacionados aos estágios do desenvolvimento cognitivo. Cada etapa do desenvolvimento está relacionada a um tipo de atividade lúdica que se sucede da mesma maneira para todos os indivíduos.
O educador, diante do lúdico tem o papel de colaborar, orientar no processo-aprendizagem, lançando mão do jogo como recurso didático, associando o lúdico aos objetivos e conteúdos a serem desenvolvidos, não se esquecendo de que a brincadeira é sempre educativa.
Piaget via a brincadeira como uma forma de assimilação quase pura do real ao eu, não tendo nenhuma finalidade adaptativa. A criança pequena sente constantemente necessidade de adaptar-se ao mundo social dos adultos, cujos interesses e regras ainda lhe são estranhas.
Brincar de recriar o antes e o depois no cotidiano é a oportunidade para compreender o significado do tempo. O mundo social surge quando a criança interage com outras pessoas para aprender e expressar suas brincadeiras. Pular amarelinha, rodar um pião, jogar peteca: primeiro se aprende e depois se brinca.
Vygotsky fala que o maior autocontrole de que é capaz uma criança se produz no jogo, ao renunciar a uma atração imediata, por exem- plo: comer a um caramelo que as regras proí- bem, porque representa algo não comestível em determinado jogo. O autor associa esta renún- cia como forma de alcançar o máximo de pra- zer.
Paulo Freire (1921-1997) foi alfabetizado pelos pais em casa. Em uma relação de aprender a ler o mundo e as palavras ao mesmo tempo, o nome dos pássaros e das árvores do quintal ditavam o conteúdo das aulas.
A proposta da BNCC da Educação Infantil trata o brincar como um dos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento que pautam os Campos de Experiências.
O brincar é uma atividade que auxilia na formação, socialização, desenvolvendo habilidades psicomotoras, sociais, físicas, afetivas, cognitivas e emocionais. Ao brincar as crianças expõem seus sentimentos, aprendem, constroem, exploram, pensam, sentem, reinventam e se movimentam.
Brincar é o trabalho da criança. A frase é de Maria Montessori e continua tão verdadeira hoje quanto era quando ela escreveu. O objetivo da criança é a construção de si mesma. A brincadeira livre, em que as crianças escolhem o que fazer, quando fazer e onde, é um dos principais aspectos de suas vidas.
Piaget defende que o indivíduo se desenvolve a partir da ação sobre o meio em que está inserido, priorizando, a princípio, os fatores biológicos que podem influenciar seu desenvolvimento mental.
por Dallabona & Mendes, 2004) afirma que brincar durante a infância é crucial para o desenvolvimento humano. Vygotsky (1984) não defende só a importância do brincar para o desenvolvimento mas também para a construção do pensamento da própria criança, e por isso deve fazer parte integrante da infância.
Para Jean Piaget (1) brincar é desenvolvimento e aprendizagem. É a partir da ação que a criança desenvolve sobre o meio físico e social, e que se constroem as estruturas de pensamento.
Nas teorias psicogenéticas de Wallon (2007), Piaget (1978) e Vigotski (2007), o brincar assume lugar de destaque, estabelecendo uma estreita relação entre o desenvolvimento e a aprendizagem, e, consequentemente, com implicações no contexto educacional.
O que Vygotsky diz sobre o brincar na educação infantil?
Vygotsky (1998) considera que isto deveria ser invertido, uma vez que a imaginação, nas crianças em idade da educação infantil e nos adolescentes, é o brinquedo sem ação. Desta forma, fica claro que o prazer que estas vivenciam é controlado por motivações diferentes das experimentadas por um bebê ao chupar sua chupeta.
Principal representante da psicologia da aprendizagem, que centra suas investigações nas estruturas cognitivas, Jean Piaget defendia a ideia de que o conhecimento não existe: aquilo a que se dá este nome é um conjunto de capacidades intelectuais hierarquicamente classificadas que requerem uma visão científica mais ...
Enquanto Piaget enfatiza a interação com os objetos, Vygotsky enfatiza a interação social. A idade mental da criança é tradicionalmente definida pelas tare- fas que elas são capazes de desempenhar de forma independente. Vygotsky chama essa capacidade de zona de desenvolvimento real.
A perspectiva piagetiana defende que o conhecimento nem se transmite nem está pronto, esperando apenas que a maturação seja capaz de captá-lo; pelo contrário, o conhecimento se constroi por força da ação do sujeito sobre o objeto e pelo feedback que este mesmo sujeito obtém da sua ação sobre o meio.
Vygostky (1979, p. 45) afirma que “a criança aprende muito ao brincar. O que aparentemente ela faz apenas para distrair-se ou gastar energia é na realidade uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social, psicológico”. Tal afirmativa é deveras veraz no âmbito da Educação Infantil.
As ideias de Lev Vygostky possuem quatro conceitos elementares: interação, mediação, internalização e Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). O teórico defendia que, para melhorar o nível da aprendizagem, mais do que o indivíduo agir sobre o meio, ele precisava interagir com o meio.
Qual é o pensamento de Paulo Freire sobre o brincar?
Quando brinca, a criança está inteira na brincadeira. Ela brinca com todo o seu ser. Entretanto, o livre brincar está em declínio na sociedade contemporânea. Infelizmente a Educação Infantil está cada dia mais parecida com o Ensino Fundamental, por causa da ênfase na alfabetização.