As neoplasias das células plasmáticas são doenças nas quais o corpo produz muitas células plasmáticas. Esse tipo de partícula se desenvolve a partir de linfócitos B (células B), um tipo de glóbulo branco produzido na medula óssea e produz anticorpos para combater bactérias e vírus, combatendo infecções e doenças.
O mieloma é uma forma de câncer que afeta as células plasmáticas ou plasmócitos, parte do sistema imunológico localizada na medula óssea e responsável por produzir os anticorpos. O tumor maligno é causado a partir de um defeito na formação dos plasmócitos, resultando em um acúmulo de células defeituosas na medula.
Nas doenças plasmocitárias, a proliferação desproporcional de um clone na medula óssea resulta em um aumento correspondente no nível sérico de seu produto, a proteína da imunoglobulina monoclonal (proteína M). M-proteínas podem consistir tanto em cadeias pesadas como leves ou apenas em um tipo de cadeia.
Se o mieloma enfraquecer os ossos da coluna vertebral, eles podem fraturar e pressionar os nervos espinhais. Essa condição denominada compressão da medula espinhal pode causar dor súbita intensa, dormência ou fraqueza muscular. É considerada uma emergência médica e um médico deve ser imediatamente contatado.
Quantos anos vive uma pessoa que tem mieloma múltiplo?
A sobrevida dos pacientes pode variar de alguns meses até mais de uma década. Em 2005, foi proposta uma classificação internacional de estadiamento do mieloma múltiplo, baseado em dosagens de beta-2-microglobulina sérica e albumina sérica,4 como mostra a Tabela 1.
Mieloma múltiplo: Quais os impactos após o reaparecimento da doença? | Vânia Hungria
Como o mieloma múltiplo mata?
A doença pode prejudicar os rins, ocasionando até mesmo uma falha desses órgãos. Segundo o biólogo Fabiano de Abreu, isso ocorre porque as células cancerígenas se multiplicam de forma desordenada e geram impactos prejudiciais ao funcionamento de diversas partes do organismo.
Essa é a resposta para a pergunta feita por 99,99% dos pacientes. Agora, calma, isso não é ruim! O fato de o mieloma múltiplo não ter cura significa, apenas, que esta é uma doença crônica, que precisa de cuidados por toda a vida.
A expansão do mieloma múltiplo provoca descalcificação e também lesões nos ossos, levando a ocorrência de dor e, eventualmente, até mesmo de fraturas nos casos mais avançados. Também podem se manifestar insuficiência renal e infecções recorrentes em consequência da doença.
A causa do mieloma múltiplo é desconhecida, mas a condição é decorrente de alterações genéticas que afetam o funcionamento das células da medula óssea.
Sua administração é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação. O uso de cateteres é necessário.
Mieloma múltiplo e Plasmocitomas, inimigos dos ossos
O paciente começa a ter fortes dores ósseas, em especial na coluna (dor nas costas) e na bacia (do no osso do quadril). Mas é possível que ossos como fêmur, úmero e costela sejam afetados.
O mieloma múltiplo é o câncer de um tipo de célula da medula óssea chamada de plasmócito, responsável pela produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias. No mieloma múltiplo, os plasmócitos são anormais e se multiplicam rapidamente, comprometendo a produção das outras células do sangue.
Nas pessoas com mieloma múltiplo, as amostras de medula óssea revelam um grande número de plasmócitos anormalmente dispostos em camadas e aglomerados. Células individuais também podem parecer anormais. Além disso, outros exames de sangue são úteis na determinação do estado do mieloma múltiplo avançado (classificação).
Os principais exames solicitados são hemograma, mielograma, eletroforese de proteínas, imunofixação e testes bioquímicos. A presença de lesões ósseas, imunoglobulina monoclonal sérica ou urinária e excesso de plasmócitos na medula óssea são suficientes para o diagnóstico do mieloma.
A doença faz com que essas células se multipliquem de forma desordenada, comprometendo a produção de outras células sanguíneas e, como resultado, o paciente apresenta lesões ósseas, anemia, infecções, altos níveis de cálcio no sangue, lesões nos rins, cansaço e dores.
O que acontece quando o câncer atinge a medula óssea?
Quadro Clínico. A tríade clássica deste câncer de medula óssea é astenia, febre e hemorragia (gengivorragia, petéquias e hematomas). Pode haver leucoestase, gerando cefaleias, dispneia e CIVD (Coagulação Intravascular Disseminada). Além disso, pode-se evidenciar hepatoesplenomegalia, linfadenopatia e dor óssea.
O mieloma múltiplo, ou apenas mieloma, tem início na medula óssea, quando ocorre um defeito celular. No momento em que os linfócitos B se diferenciam e se tornam plasmócitos, ocorre então uma mutação, ou seja, um erro em um ou mais de seus genes, que devido a esse erro, passam a produzir plasmócitos anormais.
Houve uma verdadeira revolução no tratamento do mieloma múltiplo. Aliás, na hematologia, nos últimos 10 anos, houve um grande avanço no tratamento de doenças como linfoma, leucemia e mieloma. A sobrevida dos pacientes com mieloma era de 3 anos. Hoje, passa de 10 anos e com uma excelente qualidade de vida.
As lesões cutâneas específicas relacionadas ao mieloma múltiplo são os plasmocitomas secundários, que podem ocorrer por extensão direta para a pele, a partir de lesões ósseas subjacentes, ou por disseminação hematogênica (a distância do tumor ósseo); as lesões do primeiro tipo são mais comuns, sendo muitas vezes ...
Qual doença pode ser confundida com mieloma múltiplo?
O problema é que os sinais desse tipo de câncer são confundidos com outras doenças ósseas, por vezes reumatológicas, como a osteoporose ou, até mesmo, o envelhecimento.
A maioria dos pacientes com mieloma experimentará períodos de resposta sustentada ou remissão seguidos de recaídas ao longo do curso da doença. Para pacientes com doença de risco padrão, o primeiro período de resposta pode durar 2–3 anos ou até mais.
Os medicamentos para mieloma múltiplo se enquadram em várias classes de medicamentos, incluindo inibidores de proteassoma (IPs), imunomoduladores (IMiDs®), agentes alquilantes, corticosteróides, inibidores de histona deacetilase (HDACs), bifosfonatos e anticorpos monoclonais (MAbs).
Algo que ajuda muito o paciente com mieloma múltiplo a enfrentar a doença é o apoio e a força que ele recebe. Independente de como, o importante é que você encontre em algo ou em alguém essa ajuda, seja nos familiares, nos amigos, em ex-pacientes, em sites sobre a doença ou até em sua própria fé.