Kuhn entende a ciência normal como uma atividade de resolução de “quebra-cabeças” (puzzles), já que, como eles, ela se desenvolve segundo regras relativamente bem definidas. Só que na ciência os quebra-cabeças nos são apresentados pela Natureza.
Para Kuhn, a ciência é um tipo de atividade altamente determinada que consiste em resolver problemas (como um quebra-cabeça) dentro de uma unidade metodológica chamada paradigma. Este, apesar de sua suficiente abertura, delimita os problemas a serem resolvidos em determinado campo científico.
1) Adoção de um paradigma e o amadurecimento de uma ciência. 2) O período de ciência normal. 3) O período de crise – ciência extraordinária. 4) Período revolucionário – criação de um novo paradigma.
Kuhn defende que grande parte do conhecimento do cientista normal é, na expressão de Polanyi, tácito, i.e., adquirido pela inspeção e imitação de problemas-soluções exemplares, e não através de regras e proposições explicitáveis (Seções 4 e 5).
A epistemologia de Kuhn comporta três conceitos fundamentais: o de paradigma, o de ciência normal e o de ciência extraordinária. O paradigma representa um conjunto de teorias, de regras, de métodos, de formulações que são comummente aceites pela comunidade de cientistas.
Thomas Kuhn | O que é Ciência? A Estrutura das Revoluções Científicas
Quais são as principais teorias de Thomas Kuhn?
Thomas Kuhn estabelece três classificações possíveis para a constituição da ciência normal: determinação do fato significativo (constructos teóricos e práticos a respeito de leis da natureza), harmonização dos fatos com a teoria e articulação da teoria (resolução de ambiguidades e problemas).
Qual é a visão de Thomas Kuhn sobre a mudança de paradigmas na ciência?
Em uma definição simples, para Kuhn, a ciência desenvolver-se-ia pela criação e abandono de paradigmas, modelos consensuais adotados pela comunidade científica de uma época.
Qual conceito de desenvolvimento da ciência foi proposto por Thomas Kuhn?
Diferentemente dos filósofos da ciência de sua época, que viam o desenvolvimento científico como um largo processo de acumulação, Kuhn propôs que o desenvolvimento científico está marcado por processos de ruptura denominados revoluções científicas .
Já na introdução, Kuhn apresenta a seguinte definição: “Considero “paradigmas” as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência”. (p.
O primeiro paradigma da ciência é marcado por um período ca- racterizado pelos mitos, cujas explicações dos fenômenos naturais eram atribuídos ao divino, aos deuses, e a verdade era uma revela- ção divina incontestável.
No entendimento de Kuhn, o progresso científico se assemelha à evolução das espécies porque ambos não são teleológicos no sentido tradicional, isto é, não se dirigem para um fim estabelecido de forma atemporal.
uma anomalia parece ser algo mais do que um novo quebra-cabeça da ciência normal, é sinal de que se iniciou a transição para a crise e para a ciência extraordinária.”
É composto por etapas que envolvem a observação de um fenômeno, a formulação de perguntas e hipóteses, a experimentação, o teste das hipóteses e a conclusão.
Qual é o papel das crises na ciência segundo Kuhn?
Uma crise divide a pesquisa científica em dois grupos, os cientistas que tratam a anomalia como um problema de Ciência Normal tentando resolvê-la a luz do paradigma vigente, para isso eles “[…] conceberão numerosas articulações e modificações ad hoc de sua teoria [...]” (KUHN, 2011, p.
Quais as principais características da revolução científica segundo Kuhn?
Kuhn (1998) defende que a ciência normal não é capaz de corrigir um paradigma, mas apenas reconhecer anomalias e crises. Apenas “vendas que caem dos olhos”, ou seja, um movimento abrupto e não-estruturado são capazes de provocarem soluções para tais problemas.
Kuhn entende a ciência normal como uma atividade de resolução de “quebra-cabeças” (puzzles), já que, como eles, ela se desenvolve segundo regras relativamente bem definidas. Só que na ciência os quebra-cabeças nos são apresentados pela Natureza.
Em que obra Thomas Kuhn introduziu o conceito de paradigma científico?
A publicação de A Estrutura das Revoluções Científicas(1962) é considerada um ponto de in- flexão na história da filosofia da ciência anglófona. Com essa obra, original e sugestiva, Tho- mas Kuhn (1922-1996) tornou-se um dos mais influentes filósofos da ciência do final do sécu- lo XX.
Paradigma é algo que serve como modelo, como exemplo, como padrão e ele estabelece limites. Imagine que o paradigma é uma lente de óculos, por meio da qual você enxerga o mundo de um determinado modo. Sem a lente apropriada, a imagem ficaria distorcida.
Já na introdução, Kuhn apresenta a seguinte definição: “Considero “paradigmas” as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência”.
O que é uma revolução científica nos termos compreendidos por Thomas Kuhn?
A mudança descontínua constituí uma revolução científica. O novo paradigma, cheio de promessas e aparentemente não assediado por dificuldades supostamente insuperáveis, orienta agora a nova atividade científica normal até que também encontre problemas sérios e o resultado seja outra revolução.
Qual a perspectiva de revolução científica em Thomas Kuhn?
Assim, a revolução científica na perspectiva de Kuhn não se trata de um processo cumulativo e linear, onde o paradigma vigente é o resultado do melhoramento de determinado conhecimento ao longo dos anos do paradigma antigo, nos quais as teorias e as hipóteses foram sendo modificadas.
O paradigma representa um padrão a ser seguido no âmbito científico ou social. Na comunidade científica, inclui crenças, valores, técnicas e teorias partilhadas, sendo influenciado pelos fatores culturais, políticos, econômicos e sociais vigentes.
Paradigma (do latim tardio paradigma, do grego παράδειγμα, derivado de παραδείκνυμι «mostrar, apresentar, confrontar») é um conceito das ciências e da epistemologia (a teoria do conhecimento) que define um exemplo típico ou modelo de algo. É a representação de um padrão a ser seguido.
Uma mudança de paradigma é uma expressão utilizada por Thomas Kuhn no seu livro Estrutura das Revoluções Científicas (1962) para descrever uma mudança nas concepções básicas, ou paradigmas, dentro da teoria científica dominante. É uma ideia em contraste com a de ciência normal.