Uma crise divide a pesquisa científica em dois grupos, os cientistas que tratam a anomalia como um problema de Ciência Normal tentando resolvê-la a luz do paradigma vigente, para isso eles “[…] conceberão numerosas articulações e modificações ad hoc de sua teoria [...]” (KUHN, 2011, p.
Ele estabelece as diferenças paradigmáticas relacionando a teoria platônica (clássica) com a teoria de Kuhn (contemporânea). Segundo Marcondes, uma crise de paradigmas acontece como uma mudança de modelos ou de padrões que anteriormente serviam como explicação ou visão de mundo.
Quais são os conceitos de ciência normal e crise na visão de Kuhn?
Kuhn entende a ciência normal como uma atividade de resolução de “quebra-cabeças” (puzzles), já que, como eles, ela se desenvolve segundo regras relativamente bem definidas. Só que na ciência os quebra-cabeças nos são apresentados pela Natureza.
Representa uma crise de verdades e de compreensão da realidade, que gera um descontentamento quanto às concepções e aos métodos existentes de observar o mundo e de fazer sentido nele, processo que dá origem a outras ideias e perspectivas.
A epistemologia de Kuhn comporta três conceitos fundamentais: o de paradigma, o de ciência normal e o de ciência extraordinária. O paradigma representa um conjunto de teorias, de regras, de métodos, de formulações que são comummente aceites pela comunidade de cientistas.
Thomas Kuhn - Paradigma Científico - Revoluções Científicas
O que causa uma crise de paradigma para Thomas Kuhn?
Todos os paradigmas serão inadequados, em alguma medida, no que se refere à sua correspondência com a natureza. Quando esta falta de correspondência se torna séria, isto é, quando aparece crise, a medida revolucionária de substituir todo um paradigma por outro torna-se essencial para o efetivo progresso da ciência.
Kuhn defende que grande parte do conhecimento do cientista normal é, na expressão de Polanyi, tácito, i.e., adquirido pela inspeção e imitação de problemas-soluções exemplares, e não através de regras e proposições explicitáveis (Seções 4 e 5).
A crise do paradigma dominante é o resultado interactivo de uma pluralidade de condições. Distingo entre condições sociais e condições teóricas. Darei mais atenção às condições teóricas e por elas começo.
Já na introdução, Kuhn apresenta a seguinte definição: “Considero “paradigmas” as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência”. (p.
Em que consiste a crise de paradigmas enfrentada pela sociedade contemporânea?
3 A CRISE DE PARADIGMAS NAS CIÊNCIAS HUMANAS
Disto resulta na limitação da racionalidade dominante que, por meio da ciência, e da tecnologia, produz erros, ignorâncias e perigos. Tais mudanças subvertem a ontologia, a epistemologia e a lógica, re- definido os lugares do sujeito e do objeto na relação de conhecimento.
1) Adoção de um paradigma e o amadurecimento de uma ciência. 2) O período de ciência normal. 3) O período de crise – ciência extraordinária. 4) Período revolucionário – criação de um novo paradigma.
(KUHN, 2011a, p. 92). A anomalia, se configura assim, como um alerta de que a natureza violou os parâmetros da pesquisa científica, e por isso estes podem vir a ser alterados através de uma revolução científica.
Qual conceito de desenvolvimento da ciência foi proposto por Thomas Kuhn?
Diferentemente dos filósofos da ciência de sua época, que viam o desenvolvimento científico como um largo processo de acumulação, Kuhn propôs que o desenvolvimento científico está marcado por processos de ruptura denominados revoluções científicas .
Para Kuhn, a ciência é um tipo de atividade altamente determinada que consiste em resolver problemas (como um quebra-cabeça) dentro de uma unidade metodológica chamada paradigma. Este, apesar de sua suficiente abertura, delimita os problemas a serem resolvidos em determinado campo científico.
O que é a revolução científica segundo Thomas Kuhn?
Kuhn, em sua obra Estrutura, define as revoluções como “[…] aqueles episódios de desenvolvimento não cumulativo, nos quais um paradigma mais antigo é total ou parcialmente substituído por um novo incompatível com o anterior” (KUHN, 2011, p. 125).
Qual é o papel das crises na ciência segundo Kuhn?
Kuhn (1998) defende que a ciência normal não é capaz de corrigir um paradigma, mas apenas reconhecer anomalias e crises. Apenas “vendas que caem dos olhos”, ou seja, um movimento abrupto e não-estruturado são capazes de provocarem soluções para tais problemas.
Qual é a diferença entre o conceito de paradigma em Kuhn e o de discurso em Foucault?
Diferentemente do que Foucault postula, Kuhn não procura as condições de possibilidade na oposição dos discursos dentro de uma comunidade científica, mas tão-somente busca analisar as invariâncias da estrutura de um paradigma vigente que orienta a ciência normal; supõe-se, assim, que um paradigma seja dominante, exceto ...
Em se tratando de um paradigma, Morin (1992) aborda que um paradigma é um conjunto de relações fundamentais de associação e/ou oposição entre um número restrito de noções entre as relações que comandam, bem como, controlam todos os pensamentos, discursos e até mesmo teorias.
Segundo Thomas Kuhn, quando ocorre uma crise de um paradigma, há uma mudança de paradigmas que possibilita uma revolução científica e o surgimento de um novo paradigma.
O paradigma dominante se propõe a valorizar a racionalidade e o rigor na ciência, ocorrendo a crise neste paradigma, dada a pluralidade na construção do conhecimento, em meio às condições sociais e teóricas.
O QUE SIGNIFICA QUEBRAR PARADIGMAS? Paradigmas são modos de conduta enraizados com o passar do tempo. A quebra de paradigmas, inclusive, nas empresas, é um desafio: significa romper um modo de pensamento ou ação já praticado e substitui-lo pela novidade.
uma anomalia parece ser algo mais do que um novo quebra-cabeça da ciência normal, é sinal de que se iniciou a transição para a crise e para a ciência extraordinária.”
Em que obra Thomas Kuhn introduziu o conceito de paradigma científico?
A publicação de A Estrutura das Revoluções Científicas(1962) é considerada um ponto de in- flexão na história da filosofia da ciência anglófona. Com essa obra, original e sugestiva, Tho- mas Kuhn (1922-1996) tornou-se um dos mais influentes filósofos da ciência do final do sécu- lo XX.
Kuhn nos instrui: “Considero “paradigmas” as realizações científicas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência” (KUHN, 2011, p. 13).