O extravasamento plasmático é um dos principais eventos fisiopatológicos na dengue e está relacionado à maior gravidade da doença. Clinicamente, a presença de vômitos persistentes, dor abdominal, hipotensão postural, entre outros sinais clínicos, são considerados sinais de alarme que traduzem o referido evento.
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido através do extravasamento, o que geralmente ocorre entre os dias quatro ou cinco (com intervalo entre três a sete dias) de doença, geralmente precedido por sinais de alarme.
Raimundo explica que, nos casos graves de dengue, ocorre o chamado extravasamento plasmático, ocasionado pela perda da função de barreira do endotélio. O quadro pode ocasionar a queda de pressão arterial e, consequentemente, o choque hipovolêmico, que pode ser seguido de morte.
Popularmente conhecido como dengue hemorrágica, o agravamento da dengue se caracteriza por uma queda acentuada de plaquetas – fragmentos celulares produzidos pela medula óssea que circulam na corrente sanguínea e ajudam o sangue a coagular – e que geralmente leva ao extravasamento grave de plasma.
O extravasamento é definido como a infusão de medicamentos vesicantes para fora do vaso sanguíneo, acometendo tecidos circunvizinhos, podendo danificar o tecido mole, nervos, tendões, causando bolhas e necrose e uma intensa reação inflamatória.
Conforme análise multivariada os fatores de risco para a ocorrência de extravasamento foram: histórico de dificuldade de punção venosa periférica, uso prévio de terapia intravenosa, ocorrência de complicações, impossibilidade de visualizar e palpar a veia.
Assim que um extravasamento for detectado, a infusão de contraste deve ser interrompida imediatamente, o cateter removido e o radiologista notificado. A extremidade afetada deve ser elevada acima do coração e compressas frias aplicadas topicamente.
De acordo com as estatísticas, a chance de morte no caso da primeira manifestação da dengue clássica é zero. Na dengue hemorrágica, a taxa é de aproximadamente 3%.
Ao surgirem sinais de alarme ou aumento do hematócrito na vigência de hidratação adequada, é indicada a internação hospitalar. Pacientes com plaquetopenia <20.000/mm3, sem repercussão clínica, devem ser internados e reavaliados clínica e laboratorialmente a cada 12 horas.
Quanto tempo as plaquetas voltam ao normal depois da dengue?
No caso da coordenadora de projetos Beatriz Lavandoscki, as plaquetas chegaram a 115 mil durante o período em que esteve com a doença, mas os valores voltaram à normalidade após uma semana em tratamento.
Até 50 mil/mm³: aumenta o risco para sangramentos e, por isso, grandes cirurgias devem ser evitadas, podendo ser realizados apenas procedimentos mais simples; Inferior a 20 mil/mm³: risco alto para sangramentos espontâneos, com risco à vida, sendo necessária a transfusão de sangue para aumentar o número de plaquetas.
Dentre os casos mais comuns de internação de UTI estão:
Choque causado pela dengue, que ocorre quando a pressão arterial cai a níveis “perigosamente baixos”; quando há insuficiência respiratória; complicações hemorrágicas graves; insuficiência de órgãos e complicações neurológicas graves.
O extravasamento plasmático é um dos principais eventos fisiopatológicos na dengue e está relacionado à maior gravidade da doença. Clinicamente, a presença de vômitos persistentes, dor abdominal, hipotensão postural, entre outros sinais clínicos, são considerados sinais de alarme que traduzem o referido evento.
A dengue, quando não tratada corretamente, pode causar hepatite e/ou insuficiência hepática aguda, que são doenças que afetam o fígado, levando a alterações no funcionamento do órgão. Nos casos mais graves, estas doenças podem levar a danos irreversíveis fígado, podendo ser necessário um transplante.
De acordo com a nutricionista da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Kelly Marques da Silva, é importante também consumir juntamente com esses alimentos fontes de vitamina C, como sucos de limão, acerola e laranja, a fim de aumentar a absorção de ferro, melhorando assim os seus níveis no organismo.
A dengue grave (antiga dengue hemorrágica) pode causar hipovolemia, que é a queda brusca da pressão arterial ou hemorragia. Essas duas complicações podem levar o paciente à morte em pouco tempo, por isso é importante procurar um serviço de saúde assim que começarem os sintomas.
Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dia de doença, precedido por um ou mais sinais de alerta. O choque é decorrente do aumento da permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração e falência circulatória.
Geralmente, demora de 3 a 15 dias para os sintomas aparecerem. O quadro pode ser agravado, chegando a óbito rapidamente, de 12 a 24 horas, como também pode ser atenuado rapidamente, com terapia anti-choque adequada.
“As manifestações hemorrágicas como sangramento nasal e da gengiva, pintas vermelhas pelo corpo, sangramento uterino e do trato digestivo alto, que faz a pessoa vomitar sangue, e a quantidade baixa de plaquetas – responsáveis pela coagulação – podem ser observadas em todas as fases da dengue”, esclarece o ...
População acima de 65 anos representa 55% das mortes. Número de casos ultrapassou 1 milhão no sábado (11) no estado. Os idosos e as mulheres são as principais vítimas da dengue no estado de São Paulo.
Primeiro, é preciso que o mosquito esteja contaminado com o vírus. A dengue pode ser contraída mais de uma vez? Ao contrair dengue, a pessoa fica imunizada permanentemente para aquele sorotipo do vírus, mas não para os outros. Dessa forma, uma mesma pessoa pode ter dengue até quatro vezes.
Os principais sinais e sintomas de extravasamento citados na literatura são: dor, eritema, edema local, diminuição ou ausência de retorno venoso, além de redução da velocidade de infusão ou mesmo sua interrupção3,7-9.
Quais poderiam ser as consequências do extravasamento?
Quando ocorre o extravasamento, as mitocôndrias diminuem a produção de ATP, iniciando o estresse oxidativo, inibindo o processo inflamatório fisiológico e estabilizando a lesão, não ocorrendo o reparo.
Extravasamento é definido como o escape acidental de drogas do vaso sanguíneo para os tecidos adjacentes, e é considerado uma complicação grave da administração de quimioterapia.