“Exu é personagem controversa, talvez a mais controversa de todas as divindades do panteão iorubá. Alguns o consideram exclusivamente mau, outros o consideram capaz de atos benéficos e maléficos e outros, ainda, enfatizam seus traços de benevolência.
“Em suma, Exu, quando abre os caminhos dos homens, é associado aos santos católicos e é tido como 'do bem'. Entretanto, quando fecha os caminhos dos homens, é visto como 'do mal' e comparado com as legiões de demônios que impedem o acesso dos homens aos bens do céu”, escreve o professor.
Exu é a divindade responsável pela comunicação entre o mundo terreno e o espiritual. Segundo a tradição iorubá, ele é o senhor dos caminhos, o guardião do culto, e nada se faz sem a sua presença.
Até mesmo na Umbanda, em alguns casos, ele também é visto como o diabo, pois chegou a ser escravizado pelos próprios orixás. “Sabemos, por exemplo, que existe na Umbanda o Exu de Iemanjá”, cita a pesquisadora.
Exu é uma divindade africana, um orixá, que chega ao Brasil por meio do Candomblé. "É uma divindade absolutamente primordial. Exu é sempre cultuado antes de todas as outras divindades, porque a presença dele é solicitada para que a ordem se mantenha no espaço sagrado.
O Exu é um Orixá trabalhor, defensor e conhecido como o mensageiro e o Guardião dos terreiros, das aldeias, das cidades, das casas, do axé e do comportamento humano. Além disso, ele representa a comunicação, a paciência, a ordem e a disciplina. Conheça melhor a história deste Orixá!
Isso significa que, ao contrá- rio daqueles, exus e pombas-giras são vistos como perigosos e maus ou ao menos potencialmente capazes de atuar maleficamente. Constituem a categoria mítica mais controversa para os umbandistas e a mais instigante para os pesquisadores.
Exu é um guardião da comunicação nas religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. Exu não é um ser demoníaco e, no Brasil, é uma das figuras mais conhecidas das religiões de matriz africana.
Em outras palavras, Exu é “inimigo” de nossas fraquezas, atua no nosso lado sombra, trazendo à superfície psíquica, numa espécie de catarse, emoções, sentimentos e atitudes que bloqueiam nosso crescimento interno e a vida no plano físico.
Há vários Exus para diversas funções/interesses. Sua atuação se refere às esferas da saúde, financeira, afetiva (motivos pelos quais mais são procurados) e sexual.
Manifesta-se como um sopro que conduz a fala e o gesto. É animado por um dinamismo que o movimenta e o faz circular. Quando representado por Exu, é o akotô, o caracol espiralar, símbolo autoexpansivo de crescimento.
Segundo ele, “Lúcifer é um título que significa 'o Portador da Luz' e que esteve associado a diversas divindades antigas, especialmente nos mitos gregos e romanos relacionados às estrelas matutinas e vespertinas, como em Héspero e Eósforo”.
Exu: é um Orixá que aceita tudo que a boca come, inclusive as frutas, mas ele tem predileção pelo caju, maçã e até pela cana de açúcar, que apesar de não ser uma fruta, ela é usada no culto a Exu, no intuito de amenizar situações adversas.
"Exu não é diabo. A maioria das pessoas não sabe o que realmente é o Exu, não estudou o Exu", explica o zelador espiritual Danilo de Oxóssi. "É o orixá, é o guardião, é o primeiro que come na mesa dos orixás. O último é Oxalá, que é o rei de todos os orixás.
Por que a figura de Exu foi demonizada no Brasil? A demonização começa na África com a chegadas dos europeus. O Exu já na África sofre grande sincretismo. Como é o orixá mensageiro do panteão foi sincretizado com outra entidade Elegbara, o mensageiro do panteão dos povos fon, que deram origem ao Jeje brasileiro.
Os filhos de Exu são pessoas que possuem personalidade e caráter ambíguos, não obedecendo aos conceitos que a sociedade aceita como normais. São vistos como matreiros, brincalhões, moleques, animados, espertos e de pensamento ágil.
Por isso, para a Umbanda, uma religião genuinamente brasileira, Jesus é o equivalente a Oxalá, o criador. A figura de Jesus, em termos históricos, por mais que sua santidade seja dependente de cada fé que cada um tiver, possui uma relevância histórica muito grande.