NECROPSIA BRANCA: Após uma necropsia, podem os peritos não chegar à conclusão da causa mortis, o que se chama de necropsia branca, que é admitida em 1/200 casos. Seja por razões da limitação da ciência, seja pelos fenômenos transformativos do cadáver, seja por condições pessoais ou estruturais na prática do exame.
Existem a necropsia clínica, eletiva, realizada nos casos de morte natural, e a necropsia médico-legal, ou forense, obrigatória por lei, nos casos de mortes por suicídio, homicídio, acidental, ou nos casos suspeitos de mortes não naturais.
A necropsia consiste do exame externo e interno do corpo, anotações e observações sobre quaisquer aspectos que possam ser encontrados fora do normal. Durante o procedimento são coletados fragmentos de tecidos (partes de órgãos) para análise microscópica posterior, caso seja necessário.
A mais conhecida das funções do IML é a necropsia, vulgarmente chamada de autópsia - exame do indivíduo após a morte. No entanto, associar o IML exclusivamente às necropsias é errado, pois este tipo de exame constitui-se em apenas 30% do movimento do instituto.
Para a sua realização são feitas a coleta de amostras biológicas do cadáver, como sangue, urina, vísceras, ou fragmentos de órgãos, dependendo do tipo do exame. O primeiro exame consiste na investigação de possível envenenamento ou intoxicação por substâncias químicas.
“O exame necroscópico não serve apenas para constatar a causa da morte. Trata-se de um procedimento minucioso, que, por meio da medicina legal, busca trazer a verdade dos fatos, sendo de extrema importância dentro da persecução penal.
Principalmente sangue e vísceras são retiradas do corpo após o corte, e acautelados pelo policial do Setor de Evidências Criminais. Tais exames são realizados nos laboratórios localizados no próprio IML. Nesses laboratórios, os técnicos e peritos, também policiais, também trabalham com os cadáveres.
É preciso abrir crânio, tórax e abdome. A primeira incisão é no crânio, com uma serra no couro cabeludo. A próxima, para acesso a tórax e abdome, vai da altura do pescoço ao púbis, em forma de Y (os cortes em T e I são menos usados, pois deixam marcas no pescoço).
O salário médio de um Auxiliar de necropsia no Brasil é de R$ 3.059,54. As especialidades com os melhores salários são Embalsamador e Taxidermista. Essas informações são baseadas nas 82 contratações que aconteceram no último ano, em todo o Brasil.
A profissão de nível superior mais conhecida (e mais bem remunerada) na área é, sem dúvida, a de médico legista. Ele é o profissional responsável pelos procedimentos de necropsia e investigação envolvendo restos mortais.
Morte súbita, inesperada e inexplicável, em indivíduo previamente hígido, em que se faz necessário afastar suspeita fundamentada de violência, devendo a suspeita estar claramente consignada na solicitação.
Obs.: Tanto “autópsia” como “biópsia” têm acento gráfico na vogal “O”. “Necropsia” não tem esse acento, nem na vogal “I”, ´porque não se acentuam as paroxítonas terminadas em “A”.
A forma mais simples de determinar a hora do óbito é a temperatura do cadáver. O nosso corpo é mantido por mecanismos bioquímicos a uma temperatura constante de cerca de 37 graus Celsius.
É feito em pessoas vivas que buscam identificar algum problema em si mesmas. Quando uma mulher faz o exame de mama em casa, ela está realizando uma autópsia. Já necrópsia refere-se ao estudo do necro, que vem do grego “nekros”, significando morte. Ou seja, é o exame do morto.
Quando a morte resultar de acidentes, homicídios, suicídios ou qualquer outra causa que a autoridade policial julgar necessária (morte suspeita). Cadáveres desconhecidos também são examinados pelo Instituto Médico Legal para tentativa de identificação.
A consciência pode diminuir. Os membros começam a esfriar e ganham uma coloração azulada ou com manchas. A respiração pode ficar irregular. Confusão e sonolência podem ocorrer nas últimas horas.
Dentre os sinais abióticos estão o esfriamento e a rigidez do cadáver (algor e rigor mortis), manchas de hipóstase, desidratação com opacificação das córneas, parada da circulação e a coagulação do sangue. Todos esses sinais são pistas valiosas que ajudam na investigação das possíveis causas de morte.
Fase 1: Autólise. A primeira das fases da decomposição do cadáver é autólise. Ela começa aproximadamente na primeira hora após a morte e dura entre 9 e 12 horas. Nessa etapa, o sangue do corpo para de circular.
Na investigação médico-legal a autopsia forense se concentra em determinar a causa, tempo e circunstâncias da morte de causa não natural. Nesses casos a autopsia será complementada com dados do local onde o corpo foi encontrado.