O "estágio do espelho" de Lacan é uma metáfora psicanalítica que descreve um estágio específico no desenvolvimento humano quando uma criança começa a reconhecer-se como um ser separado do mundo ao redor.
A teoria dos espelhos, de Jacques Lacan, médico, psiquiatra e psicanalista francês, acredita que só conseguimos enxergar características em outras pessoas que também existam, ou já existiram algum dia, dentro de nós. Ele acredita que nosso papel, como humanos, é aprender sobre nós mesmos, através das nossas relações.
No Seminário 18, Lacan formaliza que o discurso é um semblante, sendo ele uma maneira de organizar o gozo. O semblante é um efeito, quer no plano da imagem, quer no plano do significante, que busca dar conta do lado insuportável da disjunção entre homens e mulheres.
A presença do papel de espelho permite que o si-mesmo seja reconhecido e comece a constituir-se. O si-mesmo pode, então, tornar-se uma realidade viva, com espontaneidade, e a pessoa pode construir uma forma de viver que seja verdadeiramente sua, sem a artificialidade característica da submissão.
Para melhor entender tal conceito, Lacan expõe o texto O estádio do espelho no Congresso de Marienbad em 1936, Congresso da Associação Psicanalítica Internacional.
O estádio do espelho é elencado em três momentos. O primeiro momento é caracterizado pelo estranhamento da própria imagem; o segundo é caracterizado pela fase de transitoriedade; o terceiro é marcado pelo reconhecimento do próprio reflexo, este produzido pelo espelho ou pelos semelhantes humanos.
Qual período consiste o estágio ou fase do espelho proposto por Lacan?
O estágio do espelho é uma fase no desenvolvimento humano que ocorre entre os 6 e 18 meses de idade, quando a criança reconhece a sua imagem no espelho como 'eu' pela primeira vez. Este é um momento crucial na formação da identidade, sinalizando a emergência do eu, ou ego, como uma entidade separada do outro.
O Método do Espelho ajuda a desenvolver o autoconhecimento e a autoconsciência. Ao olharmos para nós mesmos, ganhamos uma oportunidade de entender melhor nossos próprios sentimentos, pensamentos e ações diante de situações vividas.
A Lei do Espelho determina que nosso inconsciente, impulsionado pela projeção psicológica que realizamos durante esse momento, nos faz pensar que o defeito ou desagrado que percebemos nos outros existe somente “lá fora”, não em nós mesmos. Essa projeção é um mecanismo de defesa.
é sobre os quatro conceitos considerados por Lacan como fundamentais que este trabalho trata, a saber: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão.
A reflexão de Jacques Lacan provém da psicogênese da loucura. A loucura não é sem razão: “Não é louco quem quer”. Para elaborar essa clínica da psicose, Jacques Lacan se apoia sobre a lição dada para Sigmund Freud na qual “o que é foracluído do simbólico retorna no real”.
Vamos nos aprofundar em alguns dos seus principais pilares. 1. Linguagem e Inconsciente: A revolucionária afirmação de Lacan de que "o inconsciente é estruturado como uma linguagem" rompeu com muitas convenções anteriores da psicanálise.
O fantasma é uma articulação entre um gozo esvaziado e um gozo reencontrado como resíduo. Lacan (1960/1998b) adverte que o que o neurótico mais teme é a castração.
O espelho é um símbolo da pureza, da verdade e de sinceridade. Traduz o verdadeiro conteúdo dos corações dos homens e também o da sua consciência. O espelho é também um sinal de sabedoria, conhecimento e iluminação nas tradições orientais.
O Efeito Espelho os ridiculariza e humilha, fazendo com que reajam exagerada mente. Colocando um espelho diante das suas psiques, você os seduz com a ilusão de que compartilha os seus valores; ao espelhar as suas ações, você lhes dá uma lição. Raros são os que resistem ao poder do Efeito Espelho.
No inconsciente, a lei do espelho atua em conjunto com a projeção psicológica, um mecanismo de defesa do qual é atribuído a outros indivíduos defeitos, sentimentos, pensamentos e crenças. Ela atua durante experiências que remetem conflito emocional ou ameaça, tanto em experiências positivas quanto negativas.
O espelho tem o poder de transformar e repaginar um ambiente. Ele é capaz de deixar os espaços mais sofisticados, além de dar a sensação de amplitude. São usados também para valorizar objetos e iluminar aqueles cantinhos escuros da casa.
Algumas culturas acreditavam que os espelhos refletiam uma "natureza interior", ou a alma da pessoa. Esta crença antiga está na origem da lenda segundo a qual vampiros e outros demônios não têm reflexo no espelho - o que aconteceria pelo fato desses seres, mortos-vivos, não terem uma alma.
O reflexo no espelho é utilizado para demonstrar como as pessoas são constituídas na relação social. A opinião dos outros interferiu irreversivelmente na imagem que o jovem Jacobina fazia de si mesmo; assim, ele não foi capaz de se reinventar sozinho.
A terapia espelho visa aumentar a função motora por meio de atividades funcionais e promover a reorganização cortical através do feedback visual. Objetivo: Investigar a eficácia da terapia espelho na melhora da função motora de pacientes com acidente vascular encefálico.
Espelhos planos são superfícies planas, polidas e sem curvatura, capazes de promover a reflexão regular da luz. Quando os raios de luz são refletidos por espelhos planos, o ângulo dos raios refletidos é igual ao ângulo dos raios incidentes, além disso, os raios incidentes e refletidos encontram-se no mesmo plano.
O que é uma mãe suficientemente boa para Winnicott?
Winnicott vai destacar que a “mãe suficientemente boa” efetua uma adaptação ativa que exige uma preocupação fácil e sem ressentimentos. O que nos remete, de novo, à história das mulheres, quando submetidas a uma realidade que lhes dificultou ou impediu a descoberta criativa do mundo.
Como conceito psicanalítico, o desamparo corresponde a uma condição fundamental da vida humana que indica a impotência do indivíduo em duas dimensões. A mais ampla diz respeito a uma condição de desamparo estruturante e fundante do psiquismo, obrigatória para a construção da subjetividade humana e para a vida social.