Entidade criadora de tudo, na cultura Yanomami. Apesar da cosmologia ter a possibilidade de variar de xapono para xapono (comunidades yanomami), a figura de Omama aparece sempre como o demiurgo (deus criador), na cultura yanomami.
A Omama é atribuída a origem das regras da sociedade e da cultura yanomami atual, bem como a criação dos espíritos auxiliares dos pajés: os ''xapiripë ''(ou ''hekurapë''). O filho de Omama foi o primeiro xamã. O irmão ciumento e malvado de Omama, Yoasi, é a origem da morte e dos males do mundo.
Omama era o único a conhecer os xapiri e os deu ao filho porque, se morresse sem ter ensinado suas palavras, jamais teria havido xamãs na floresta. Não queria que os humanos ficassem sem nada e causassem dó. Por isso, fez de seu filho o primeiro xamã. Deixou-lhe o caminho dos xapiri antes de desaparecer.
Essa expressão se opõe às categorias “yaro” (animais de caça) e “yai” (seres invisíveis ou sem nome), mas também a “napë” (inimigo, estrangeiro, “branco”).
Para isso, eles cheiram o Paricá, um pó alucinógeno feito da casca de uma árvore e que é soprado direto no nariz de cada um deles. Em minutos, os índios se transformam. Eles estão abrindo o caminho do além para um companheiro que morreu.
Os Yanomami, Yanoama, Yanomani ou Ianomami, são uma etnia de aproximadamente 35.000 indígenas que vivem em cerca de 200 a 250 aldeias na floresta amazônica, entre Venezuela e Brasil.
Refrão do samba do Salgueiro, a expressão significa “Eu ainda estou vivo” e refere-se também ao estado de boa saúde, física, mental e emocional. Um dos pedidos de Davi Kopenawa aos criadores do enredo foi que não retratassem seu povo apenas como vítimas – mas como resistência.
Hutukara, expressão que dá nome à canção, significa a terra-floresta, o mundo como conhecemos hoje, que na mitologia Yanomami surgiu após a queda do primeiro céu nos tempos ancestrais. A terra-floresta foi criada por Omama, o demiurgo (que possui poderes divinos), que é o Deus da criação para o povo Yanomami.
Na maior Terra Indígena no Brasil, a Terra Indígena Yanomami, localizada nos estados do Amazonas e Roraima, vive um dos grupos mais importantes para o patrimônio linguístico nacional: os Yanomami. Lá são faladas seis línguas: yanomamɨ, sanöma, ninam, yanomam, ỹaroamë, yãnoma.
Em geral, os Yanomami plantam mandioca brava e bananas, que eles comem normalmente verde. Eles assam a banana verde e comem, fica parecendo uma batata, super gostoso. Comem muita pupunha também.
Outro termo muito comum para chamar os brancos é caraíba, karaíba ou kajaíba. Na região do Xingu, no Mato Grosso, diversos povos diferentes, como os Mehinako, os Kuikuro, os Kalapalo e os Kawaiwete, usam variações dessa palavra.
A religião praticada pelos Yanomami apresenta aspectos tradicionais de muitos povos originários sul-americanos, baseando-se no animismo e no xamanismo. A floresta ou terra-floresta (urihi) se apresenta como um organismo vivo, e seus elementos, como plantas, animais, montanhas e rios, são dotados de espírito.
Xapiri: guardiões invisíveis das florestas, espíritos nos quais os ancestrais animais dos yanomamis se transformaram. Ya Temi Xoá: “ainda estou vivo”, na linguagem yanomami.
Uma delas é Omama, o criador da floresta, dos seres humanos e dos animais; outra são os xapiri, seres espirituais que Omama criou para cuidar de seus filhos, protegendo-os das doenças e da morte.
“Ya temi xoa, aê, êa! Ya temi xoa, aê, êa!” – na quadra ou na rua, os salgueirenses cantam com força o refrão de seu samba enredo para o Carnaval 2024. “Ya temi xoa” significa “eu ainda estou vivo”, em Yanomae, uma das seis línguas da família Yanomami.
Os xapiri são guardiões invisíveis das florestas, espíritos nos quais os ancestrais animais dos povos Yanomami se transformaram. Eles são evocados nos rituais xamânicos para refrescar a terra, curar o corpo e afastar as epidemias. Sua aparição é cintilante e, seus cantos, ensurdecedores.
Se a pessoa inicia sozinha, ela será chamada de dofono(homem) ou dofona(mulher), caso seja mais de uma pessoa, chamamos de barco, e a ordem do barco, está associada ao Orixá que a pessoa será inciada, ordem essa, que vem da ordem do xirê, assunto esse para outra postagem!
No trecho, Bessen é Dangbé na cultura Jeje-Maí, sendo representado por uma serpente arco-íris, que "corta o amanhecer"; enquanto Gume-Kujo é o pátio onde são realizados alguns rituais sagrados.
Iyaegbé / Babaegbé: É a segunda pessoa do Axé. Conselheira, responsável pela manutenção da ordem, tradição e hierarquia. 3. Iyalaxé: Mãe do Axé, a que distribui o Axé.
De acordo com o Instituto, o etnônimo (nome que designa um grupo étnico) yanomami foi criado por antropólogos depois dos primeiros contatos desse povo com pessoas não indígenas. O termo surge da palavra yanõmami que, na expressão da língua local yanõmami thëpë, significa "seres humanos".
Durante sua iniciação recebeu, de entidades espirituais chamadas xapiripë, o nome Kopenawa, em referência a espíritos-vespa conhecidos por sua bravura. Em 1987, o território Yanomami foi invadido por cerca de 40 mil garimpeiros, um contingente duas vezes maior que a população Yanomami em território brasileiro.