Kuhn, em sua obra principal intitulada Estrutura das Revoluções Científicas2 (1962), procura dar ênfase ao caráter total das revoluções científicas que produzem mudanças a nível metodológico, ontológico e semântico, gerando, desta forma, uma incomensurabilidade global entre tradições paradigmáticas.
A Revolução Científica foi um período de intensa transformação intelectual e metodológica ocorrido entre os séculos XVI e XVIII, na Europa Ocidental. Suas causas incluíam o desejo de entender a natureza de forma mais precisa, a valorização do método científico e o questionamento das autoridades tradicionais.
Qual o conceito de ciência proposto por Thomas Kuhn?
Kuhn entende a ciência normal como uma atividade de resolução de “quebra-cabeças” (puzzles), já que, como eles, ela se desenvolve segundo regras relativamente bem definidas. Só que na ciência os quebra-cabeças nos são apresentados pela Natureza.
Qual é a visão de Thomas Kuhn sobre a ciência normal e as revoluções científicas e como isso afeta a compreensão do método científico?
Na verdade, segundo Kuhn, não há progresso por acumulo gradual de conhecimentos e/ou experimentos, mas por disrupturas na chamada ciência normal. Esse pensamento de certo modo justificava, por assim dizer, as grandes transformações nos modelos científicos que preencheram a ciência do fim do século XIX e do século XX.
Já na introdução, Kuhn apresenta a seguinte definição: “Considero “paradigmas” as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência”. (p.
Thomas Kuhn | O que é Ciência? A Estrutura das Revoluções Científicas
O que é a revolução científica segundo Thomas Kuhn?
Kuhn, em sua obra Estrutura, define as revoluções como “[…] aqueles episódios de desenvolvimento não cumulativo, nos quais um paradigma mais antigo é total ou parcialmente substituído por um novo incompatível com o anterior” (KUHN, 2011, p. 125).
Kuhn defende que grande parte do conhecimento do cientista normal é, na expressão de Polanyi, tácito, i.e., adquirido pela inspeção e imitação de problemas-soluções exemplares, e não através de regras e proposições explicitáveis (Seções 4 e 5).
A epistemologia de Kuhn comporta três conceitos fundamentais: o de paradigma, o de ciência normal e o de ciência extraordinária. O paradigma representa um conjunto de teorias, de regras, de métodos, de formulações que são comummente aceites pela comunidade de cientistas.
1) Adoção de um paradigma e o amadurecimento de uma ciência. 2) O período de ciência normal. 3) O período de crise – ciência extraordinária. 4) Período revolucionário – criação de um novo paradigma.
Qual é a visão de Thomas Kuhn sobre a mudança de paradigmas na ciência?
Em uma definição simples, para Kuhn, a ciência desenvolver-se-ia pela criação e abandono de paradigmas, modelos consensuais adotados pela comunidade científica de uma época.
Se este realmente se torna insuficiente para submeter as anomalias à teoria – já que vista de outro ângulo elas podem se tornar um problema – ocorre o que Kuhn denomina de Ciência Extraordinária ou Revolucionária, que nada mais é do que a adoção de um outro paradigma, isto é, de visão de mundo.
Como podemos interpretar a seguinte citação de Thomas Kuhn?
Como podemos interpretar a seguinte citação de Thomas Kuhn: “Talvez a ciência não se desenvolva pela acumulação de descobertas individuais”. Para realizar a história da ciência, é preciso entender que as teorias antigas não são menos científicas que as teorias que surgiram depois.
Qual conceito de desenvolvimento da ciência foi proposto por Thomas Kuhn?
Diferentemente dos filósofos da ciência de sua época, que viam o desenvolvimento científico como um largo processo de acumulação, Kuhn propôs que o desenvolvimento científico está marcado por processos de ruptura denominados revoluções científicas .
A Revolução Científica ocorreu entre os séculos XVI e XVII a partir das refutações das concepções aristotélicas. Dessa forma, as novas propostas questionavam os dogmas as visões essencialistas que propunham explicações a partir dos princípios da matemática.
O que Thomas Kuhn entende por revolução científica?
Assim, a revolução científica na perspectiva de Kuhn não se trata de um processo cumulativo e linear, onde o paradigma vigente é o resultado do melhoramento de determinado conhecimento ao longo dos anos do paradigma antigo, nos quais as teorias e as hipóteses foram sendo modificadas.
Thomas Kuhn estabelece três classificações possíveis para a constituição da ciência normal: determinação do fato significativo (constructos teóricos e práticos a respeito de leis da natureza), harmonização dos fatos com a teoria e articulação da teoria (resolução de ambiguidades e problemas).
No entendimento de Kuhn, o progresso científico se assemelha à evolução das espécies porque ambos não são teleológicos no sentido tradicional, isto é, não se dirigem para um fim estabelecido de forma atemporal.
Quais as principais características da revolução científica segundo Kuhn?
Kuhn (1998) defende que a ciência normal não é capaz de corrigir um paradigma, mas apenas reconhecer anomalias e crises. Apenas “vendas que caem dos olhos”, ou seja, um movimento abrupto e não-estruturado são capazes de provocarem soluções para tais problemas.
Quais são as características da revolução científica?
A Revolução Científica (1500-1700), que ocorreu inicialmente na Europa e depois se espalhou pelo mundo, testemunhou uma nova abordagem para a aquisição do conhecimento – o método científico – que utilizava novas tecnologias, como o telescópio, para observar, medir e testar coisas nunca vistas anteriormente.
Para Kuhn, o conhecimento científico é definido basicamente pela adoção de um paradigma, e um paradigma nada mais é do que uma estru- tura mental – composta por teorias, experiências, métodos e instrumentos – que serve para o pensamento organizar, de determinado modo, a realida- de e os seus eventos.
Anomalia, como já visto neste artigo, é um problema que de repente não se amolda ao figurino convencionalmente apresentado como modelo ou paradigma por um determinado campo do saber, mas que, no final das contas, acaba por ser solucionado pela ciência normal.
O primeiro paradigma da ciência é marcado por um período ca- racterizado pelos mitos, cujas explicações dos fenômenos naturais eram atribuídos ao divino, aos deuses, e a verdade era uma revela- ção divina incontestável.
Uma paradigma científico, também conhecido como paradigma científico, é um conjunto de crenças e valores que orientam os cientistas em suas investigações e na forma como eles interpretam e explicam os fenômenos naturais. É uma maneira de enxergar o mundo e de abordar o conhecimento científico.