Os filósofos associam a felicidade com o prazer, com os sentimentos e emoções. Segundo Aristóteles, a felicidade seria o equilíbrio e harmonia, e a prática do bem. Para Epicuro, a felicidade ocorre através da satisfação dos desejos. Para Pirro de Élia, a felicidade acontecia através da tranquilidade.
Alguns filósofos acreditam que a felicidade pode ser entendida como um objetivo moral de vida ou ainda um mero aspecto benéfico, fruto do acaso, sendo que na maioria das línguas europeias o termo "felicidade" é sinônimo de sorte.
Segundo o autor, a felicidade consiste em uma atividade da alma conforme a virtude. É o bem supremo, que tem um fim em si mesmo, sendo almejado por todos. O que constitui a felicidade são as ações virtuosas, e as atividades viciosas conduzem o contrário.
Assim, a felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa. Para Sócrates, sofrer uma injustiça era melhor do que praticá-la e, por isso, certo de estar sendo justo, não se intimidou nem diante da condenação à morte por um tribunal ateniense.
Assim, a felicidade, em Freud, é uma meta inatingível na vida do homem devido não só aos limites impostos pela cultura (os quais não discutimos neste artigo), mas, sobretudo, por àqueles estabelecidos por nossa própria constituição psíquica. FREUD, Sigmund.
Psiquiatra explica a Ciência para ser FELIZ - Ana Beatriz Barbosa
O que é a felicidade para Nietzsche?
Para Friedrich Nietzsche a felicidade é frágil e volátil. E complementava, a melhor maneira de começar o dia é, ao acordar, imaginar se nesse dia não podemos dar alegria a pelo menos uma pessoa.
Em linhas gerais, Kant define a felicidade enquanto a satisfação de todas as inclinações e necessidades naturais (tais como poder, riqueza, saúde, honra, bem estar, etc.) 2, e a moralidade enquanto um dado ou fato da razão prática pelo qual o sujeito se torna consciente da sua liberdade.
Nesse sentido, para Platão, a felicidade é o resultado final de uma vida dedicada a um conhecimento progressivo até se atingir a ideia do bem, o que poderia ser sintetizado na seguinte fórmula: conhecimento = bondade/justiça = felicidade.
Na estrutura da doutrina epicurista, a felicidade, tem suas origens na satisfação dos prazeres, os quais são as realizações dos desejos. Essas sentenças, fizeram com que Epicuro, fosse referenciado como um filosofo hedonista, apesar de distinguir-se em determinados aspectos do hedonismo.
Se como nos diz Sartre (1980), “A existência precede a essência”, é o próprio homem quem constrói os sentidos da vida, e, por conseguinte da própria felicidade. Assim, não podemos ignorar o sofrimento humano, a angústia interior, a exploração social.
O que é a felicidade no ponto de vista filosófico?
A felicidade é entendida como algo subjetivo e pessoal, que varia de acordo com as crenças, valores, desejos e expectativas de cada indivíduo. A filosofia enfatiza que a felicidade não é algo aparente ou claro, mas sim algo que requer uma busca constante e reflexão profunda.
O que é felicidade para Sócrates, Platão e Aristóteles?
A felicidade é o estado de espírito a que aspira o homem e para isso é necessário tanto bens materiais como espirituais. Aristóteles herda o conceito de virtude ou excelência de seus antecessores, Sócrates e Platão, para os quais um homem deve ser senhor de si, isto é, ter autocontrole (autarquia).
Para Aristóteles, a felicidade é o objetivo final e mais alto da vida humana. Ele acredita que a felicidade não é um estado passageiro de prazer ou alegria, mas sim um estado duradouro e completo de realização e satisfação em todas as áreas da vida.
RESUMO: Schopenhauer define a felicidade como a “satisfação sucessiva de todo o nosso querer”, e afirma que a tendência a ela (i) “coincide completamente com a nossa existência” – cuja essência é a Vontade de viver – mas (ii) é revelada pelo conhecimento como o nosso maior erro e ilusão.
Para Aristóteles, a felicidade não provém de um entretenimento, mas de uma ação, do trabalho e do esforço. A felicidade é assim uma busca e um progresso. Dessa maneira, a felicidade deveria estar ligada à finalidade das ações e condutas humanas.
Resumo: para Sêneca, é feliz o homem que entrega à razão o direcionamento de toda a sua vida. Assim, aquele que não usa a sua razão age como os demais animais, por impulso, e é incapaz de chegar à consciência da felicidade.
Para isso, eles destacam quatro qualidades: sabedoria, justiça, coragem e disciplina. Todas elas são sempre peneiradas pela razão, que nos levaria a buscar sabedoria, agir com justiça, utilizar a coragem e cultivar a disciplina.
Ser feliz é valorizar o que se tem e não desistir de buscar o que não se tem. Ser feliz é não trocar a felicidade por momentos de alegria e enxergar o futuro ao invés de somente o presente. Ser feliz é valorizar a si mesmo e saber que exigir muito de si mesmo só nos torna infelizes.
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das idéias é através da observação de objetos para após a formulação da idéia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligivel.
Pessoas felizes se motivam pelo propósito a que se submetem. Ser feliz é tudo que uma pessoa precisa. Ninguém merece ter uma vida medíocre, uma vida que não deveria ser vivida. Ter propósito é uma motivação permanente e é ele que mantém você em pé em todas as circunstâncias.
Resumo. Em O mal-estar na cultura, Freud dedica um espaço privilegiado de reflexão para o tema da felicidade. Para o autor, a felicidade, tal como é comumente concebida pelos homens, significa obtenção de prazer.
Para Hegel, só é feliz aquele que se resigna a uma vida furtiva e se conforma a viver de uma forma simples e sem acontecimentos grandiosos. Existem outras filosofias para as quais existe a negação a priori da possibilidade de felicidade.
Por isso, para esse filósofo, o caminho da felicidade é o do abandono das ilusões dos sentidos em direção ao mundo das ideias, até alcançar o conhecimento supremo da realidade, correspondente a ideia do bem.