O hegelianismo é uma corrente filosófica fundada por Georg Wilhelm Friedrich Hegel, filósofo alemão e um dos primeiros pensadores a se preocupar com a “modernidade” como base dos estudos sociológicos.
O pensamento filosófico de Hegel é um sistema complexo de unidades no qual a mesma estrutura processa-se em áreas diferentes do conhecimento. Hegel, como um grande filósofo sistemático, aplica as mesmas categorias aos mais variados problemas. Sua dialética tríade domina sua forma de apresentar e superar os mesmos.
Percebe-se influência de Heráclito com a idéia da mutabilidade. O processo de autoconsciência do espírito também é triádico: o em si (a essência do espírito), para-si (o conhecimento que o espírito tem de si) e o em si e para si (conhecimento absoluto ou autoconsciência).
“O Deus de Hegel não é o todo alheio, mas o todo dos todos, o universal que englobe toda a alteridade e toda a diferença.” Similarmente ao que se observa desde a Fenomenologia do Espírito, a totalidade hegeliana é a unidade imanente dos particulares.
Com a Lógica hegeliana propõe-se uma série de encadeamentos categoriais que expressam o próprio movimento do real. A filosofia nada mais seria senão a compreensão desse processo de auto-exposição, que significa também uma auto-apresentação do absoluto.
1. Somente os corajosos cometem erros. “Tenha a coragem de estar errado.” Provavelmente já lemos esta primeira frase de Hegel em várias ocasiões; estar errado, infelizmente, ainda é algo desaprovado pela sociedade de hoje.
Segundo Marx, Hegel é ciente da discrepância entre o que ocorre na sociedade civil e o que ocorre no Estado: “o mais profundo em Hegel é que ele percebe a separação da sociedade civil e da sociedade política como um a contradição. Mas o que há de falso é que ele se contenta com a aparência dessa solução”11.
O método hegeliano é apresentado como método do determinar, sendo que a CL, fundamentalmente e originariamente, não e outra coisa que uma teoria de determinações aprióricas do pensar, i. é, de categorias, regras e formas lógicas.
Para Hegel, o esforço da filosofia está em unir o que está à parte, ou seja, um esforço para unir opostos, e isso é melhor identificado em sua crítica ao dualismo kantiano e sua separação entre sujeito e objeto, e entre fenômeno e coisa em si.
Os jovens hegelianos acreditavam que ainda haveria mudanças dialéticas mais extensas para acontecer, e que a sociedade da Prússia da época estava longe da perfeição e ainda continha focos de pobreza, governo censura tinha lugar, e os não luteranos sofriam com a discriminação religiosa.
Georg Wilhelm Hegel pensava que a consciência deveria passar por uma série de desenvolvimentos para superar as contradições percebidas em conceitos que seriam aparentemente opostos; buscou uma interpretação racional da multiplicidade sensível, tentando enxergar no finito o que havia de absoluto.
Principal representante do idealismo alemão, Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770. Ele se empenhou em reconsiderar a relação do pensamento com o mundo externo, buscando uma forma de superar a dicotomia posta pela subjetividade moderna entre o sujeito e o objeto, entre o homem e o mundo.
Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração.
Segundo os estudiosos, Hegel criou a base lógica sobre a qual Karl Max trabalhou para criar o Marxismo. Hegel afirmava que as concepções filosóficas do passado eram sem vida, não históricas e tendenciosas, razão pela qual defendeu a forte ligação entre História e Filosofia.
A filosofia hegeliana tem como princípios fundamentais os conceitos de liberdade e razão. Para Hegel, é possível que a liberdade e a razão se realizem. Mas essa possibilidade só é efetiva a partir da perspectiva do pensamento especulativo.
Marx aponta que Hegel pressupõe a separação entre sociedade civil e Estado, sendo que o momento de reconciliação entre estas esferas antagônicas seria a monarquia constitucional. Demonstra que na argumentação de Hegel o Estado é colocado como fundador da sociedade civil e da família.
A teoria de Hegel é essencialmente jusnaturalista, mas de certo modo contesta o Direito Natural, pois defende a necessidade da lei e fomenta que as instituição devem garantir a liberdade do indivíduo sobre todas as coisas.
Resumo: Com a Lógica hegeliana propõe-se uma série de encadeamentos categoriais que expressam o próprio movimento do real. A filosofia nada mais seria senão a compreensão desse processo de auto-exposição, que significa também uma auto- apresentação do absoluto.
Os três momentos da dialética hegeliana são: Tese, antítese e síntese. C) Tese: afirmação de um conteúdo; antíte- se: negação da tese; síntese: negação da negação ou uma nova afirmação.
No pensamento ético de Hegel a moralidade representa a liberdade do sujeito a partir de sua subjetividade, visto que é nela que o indivíduo se autodetermina como sujeito livre e consciente de seus atos.
O natural é a exterioridade da ideia lógica, e a filosofia da natureza é a essência que permeia o natural enquanto modo do lógico. Assim, a filosofia da natureza demonstra a união entre ser (natureza) e o conhecer (conceito da natureza ou discurso especulativo).