Nos diálogos socráticos de Platão, Sócrates examina as principais virtudes: sabedoria, piedade, coragem, temperança e justiça. Examinar as virtudes significa, para Sócrates, procurar conhecer a natureza ou essência (τί ἐστιν) de cada uma e a relação que mantêm entre si.
Assim, esse argumento, aparentemente, mostra que, para Sócrates, a virtude nada é senão um meio para se obter as coisas boas (prazerosas) e, consequente- mente, a felicidade.
O que Sócrates quis dizer com virtude e conhecimento?
Para Sócrates, o conhecimento é considerado virtude. Segundo o filósofo grego, a busca pelo conhecimento, a reflexão sobre nossas próprias crenças e a busca pela verdade são essenciais para o desenvolvimento moral e ético do ser humano.
Sim, Sócrates defendia a busca pelo conhecimento através do método de questionamento e reflexão, conhecido como maiêutica. Ele acreditava que a verdade deveria ser descoberta por meio do diálogo e da investigação racional, em vez de simplesmente aceitar as crenças tradicionais ou populares.
Sócrates acreditava que a melhor forma de transmitir conhecimento era através da troca direta de ideias através de perguntas e respostas entre duas pessoas. Por isso, não deixou nenhuma obra escrita. Todo o conhecimento a respeito da obra desse grande filósofo é resultado do trabalho de Platão, seu discípulo.
Ou seja, o que Sócrates pregava era que nós devemos nos ocupar menos com as coisas (riqueza, fama, poder) e passarmos a nos ocupar com nós mesmos. Poderia objetar-se: com que propósito deveria ocupar-me comigo mesmo? Porque é o caminho que me permite ter acesso à verdade.
Segundo o autor, a virtude é entendida por Aristóteles como uma prática e não como sendo mero conhecimento ou algo natural de cada ser humano possui, sendo essa a razão pela qual se faz necessária a sua prática constante como um hábito.
Platão, ao contrário, pensava em termos de uma busca continuada da virtude, da justiça e da verdade. Para Platão, toda virtude é conhecimento. Ao homem virtuoso, segundo ele, é dado conhecer o bem e o belo.
Qual a diferença do significado de virtude para Sócrates e para os sofistas?
A filosofia de Sócrates buscava a verdade absoluta por meio do questionamento e da reflexão, enfatizando a ética e a busca pela virtude. Ele acreditava no conhecimento objetivo e universal. Já os sofistas defendiam o relativismo, valorizando a retórica persuasiva e o sucesso social e político.
Sócrates acreditava na imortalidade da alma e que teria recebido, em um certo momento de sua vida, uma missão especial do deus Apolo Apologia, a defesa do logos apolíneo "conhece-te a ti mesmo". Sócrates também duvidava da ideia sofista de que a arete (virtude) podia ser ensinada para as pessoas.
Sócrates ensinava filosofia voluntariamente e passava horas discutindo com os cidadãos de Atenas. Ele nunca cobrou por aulas. Ensinava em lugares públicos e argumentava com qualquer pessoa que o escutasse ou que se submetesse a suas perguntas.
O pensador afirmava, no entanto, que só o conhecimento (ou seja, o saber, e não simples informações isoladas) conduz à prática da virtude em si mesma, que tem caráter uno e indivisível. Segundo Sócrates, só age erradamente quem desconhece a verdade e, por extensão, o bem.
Como Sócrates enxergava a questão das virtudes de um ser humano?
Para Sócrates a virtude está enraizada no conhecimento. Que o máximo que uma pessoa poderia almejar como objetivo de vida seria se tornar uma pessoa virtuosa. A virtude segue três etapas, a saber: ser bom em alguma coisa, posteriormente a excelência na ação e chegando a bondade moral.
Para Sócrates, a ética está relacionada à busca pela verdade e pela sabedoria. Sócrates entendia que a ética era um conjunto de valores e princípios que orientavam o comportamento humano. Ele acreditava que a virtude era a chave para a felicidade e que o conhecimento era essencial para alcançá-la.
Assim, a felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa. Para Sócrates, sofrer uma injustiça era melhor do que praticá-la e, por isso, certo de estar sendo justo, não se intimidou nem diante da condenação à morte por um tribunal ateniense.
Virtudes, segundo o Aurélio, são disposições constantes do espírito, as quais, por um esforço da vontade, inclinam à prática do bem. Aristóteles afirmava que há duas espécies de virtudes: a intelectual e a moral.
As virtudes cardeais são aquelas que abrem a porta para todas as outras virtudes, elas são denominadas principais por serem as geradoras das outras virtudes. São classificadas cardeais a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança.
A Virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimento do seu governo, das questões do principado. O governante com grande Virtù constrói uma estratégia eficaz de governo capaz de sobrestar as dificuldades impostas pela imprevisibilidade da história.
Mas o que seria um homem virtuoso para Aristóteles? Segundo o Estagirita, o homem bom e virtuoso é aquele que alia inteligência e força, que utiliza adequadamente sua riqueza para aperfeiçoar seu intelecto. A virtude, ou a excelência moral, resulta do hábito, de sua prática.
Para Aristóteles, a ética, enquanto ciência prática, não investiga a virtude em si, mas sim a virtude enquanto fonte criadora da eudaimonia. Na Ética a Nicômaco, o Estagirita empreende então um estudo das virtudes, dividindo-as da seguinte forma: virtudes éticas (morais) e virtudes dianoéticas (intelectuais).
Desse modo, Sócrates defende que a virtude não é outra coisa senão um saber, mas não um saber qualquer, posto que se tratada de algo simultaneamente teórico e prático, ou seja, consiste em um pensamento e em uma ação coerentes entre si.
A sabedoria socrática refere-se à compreensão de Sócrates dos limites de seu conhecimento, na medida em que ele sabe apenas aquilo que sabe e não assume que sabe algo mais ou menos.
Um deus que se manifesta ao homem sob a representação do equilíbrio e ordem do mundo como finalidade e determinação de todas as coisas e da vida manifesta na natureza. Sócrates fundamenta assim, o cumprimento de sua missão sagrada, destino determinado pelo deus, seu “magistério” e condição de vida.