O real foi criado no governo Itamar Franco, em 1994, para resolver uma das maiores crises inflacionárias do mundo. Na época das maquininhas de remarcar, os preços chegavam a subir três mil por cento ao ano no Brasil. O Plano conseguiu reduzir a inflação a níveis aceitáveis.
A distribuição do novo numerário para a rede bancária começou a ser feita em abril de 1994 para acelerar a substituição integral do meio circulante. Até 30 de junho daquele ano, mais de 940 milhões cédulas e mais de 688 milhões moedas já tinham sido distribuídas em todo o país.
Uma aposta arriscada que envolveu uma espécie de engenharia social para desindexar a inflação após sucessivos planos econômicos fracassados. Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV).
O Real completou 30 anos nesta segunda-feira (1º). Criado por uma medida provisória editada em 30 de junho de 1994, pelo então presidente Itamar Franco, o plano tinha como objetivo principal controlar a inflação, que corroía o salário dos trabalhadores.
Isso porque, de lá para cá, houve um acúmulo de inflação e a moeda se desvalorizou. Ou seja, para arcar com a compra de R$ 1 em 1994, você precisaria de R$ 8,08 do dinheiro de hoje.
À época, com uma nota de R$ 1, que hoje até já saiu de circulação, era possível comprar, por exemplo, 10 pãezinhos (que custava cerca de R$ 0,10 cada) ou encher o tanque do carro desembolsando apenas R$ 0,55 pelo litro da gasolina (veja abaixo a lista com o que era possível comprar com R$ 1).
Ou seja, ao longo da sua existência, o real perdeu 87,23% do seu valor, segundo dados da Economatica. Ao olhar com a perspectiva do poder de compra, cerca de R$ 100 de 1994 hoje vale aproximadamente R$ 12,47.
O Plano conseguiu reduzir a inflação a níveis aceitáveis. Mas a estabilização não foi suficiente para fazer deslanchar o crescimento econômico, que continua sendo um problema da economia brasileira até hoje. Os governos Sarney e Collor tentaram, sem sucesso, acabar com a inflação herdada dos militares.
O Plano Real foi um grande plano de estabilização da economia brasileira lançado durante o governo de Itamar Franco. No primeiro semestre de 1994, foram implantadas as medidas que conseguiram estabilizar a economia brasileira e colocar fim à crise de hiperinflação que atingia o país desde a década de 1980.
O Plano Real foi desenvolvido por meio de três grandes fases: Reformas fiscais e monetárias. Criação da Unidade Real de Valor (URV) como índice para estabilizar preços. Introdução do real como nova moeda em circulação, com uma âncora cambial.
O fracasso dos planos se deu na escolha inadequada dos instrumentos utilizados para estabilização, conforme ele. Foram adotadas diferentes estratégias: congelamento de preços, mudanças de moeda, indexador financeiro e embargo de poupanças. José Sarney (PMDB) implementou 4 dos 6 projetos.
A idealização do projeto, a elaboração das medidas do governo e a execução das reformas econômica e monetária contaram com a contribuição de vários economistas, reunidos pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.
Afinal, num país que trocou tantas vezes de moeda como o Brasil, com réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, cruzeiro real e várias outras variações e cortes de zero, é difícil lembrar de tantos detalhes. Antes do real entrar em vigor, foram cinco moedas em menos de 10 anos.
Bacha voltaria a trabalhar para o governo no início dos anos 1990, na equipe econômica de Itamar Franco que elaborava o Plano Real. Anos depois, durante o primeiro mandato de FHC, foi presidente do BNDES, em 1995.
Sendo assim, o Plano Real estruturou-se de forma que houvesse três fases: o ajuste fiscal emergencial, a criação da Unidade de Referência de Valor (URV) e, por fim, a instituição da nova moeda (o Real).
Nesse caso, a rigidez do salário real proporcionada pelas baixas taxas de inflação pode obrigar o empregador a promover ajustes através do emprego ao invés do salário, resultando em um aumento da taxa de desemprego.
Criado pela equipe econômica chefiada pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e implementado por medida provisória editada em 30 de junho de 1994 pelo então presidente Itamar Franco, o plano tinha como objetivo principal estabilizar a moeda para controlar a inflação, que corroía o salário dos ...
Seu objetivo principal era combater a hiperinflação no país. Foi o 13º plano econômico executado desde 1979, quando se iniciou a crise que levou à hiperinflação.
Para se ter uma ideia, uma nota de R$ 100 reais hoje compra o mesmo que R$ 13,91 compravam em julho de 1994. A inflação acumulada nesses 28 anos (de julho de 1994 a julho de 2022) foi de 653%.
Cinco anos após o Plano Real, o Banco Central consolidou a política de metas para a inflação brasileira, e, posteriormente, a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede o governo de gastar mais do que arrecada.
Pérsio Arida e André Lara Resende desenvolveram a ideia da moeda fictícia para eliminar os efeitos da superinflação e que deu origem à Unidade Real de Valor (URV), prevista em medida provisória de 1994, e que tinha o mesmo valor do dólar norte-americano.
3 dias depois da implementação, em 4º de julho de 1994, uma 2ª feira, a nova moeda que valia US$ 1 foi a US$ 0,94; na 6ª feira (28. jun. 2024) bateu R$ 5,54 às 10h.
Em 1994, um apartamento de 211 metros quadrados, três dormitórios, varanda com churrasqueira e duas vagas na garagem no bairro do Morumbi, em São Paulo, custava R$ 94.340. Hoje, um imóvel com essas mesmas características custam entre R$ 600 mil e R$ 800 mil.
Em 1º. de julho de 1994, uma URV foi convertida em R$1 e deixou de existir, isto é, CR$2.750 passaram a valer R$1 e todos os preços da economia passaram a ser denominados exclusivamente em reais.