Para Freud, o sonho constitui "uma realização (disfarçada) de um desejo (reprimido)". Possui um conteúdo manifesto, que é a experiência consciente durante o sono, e ainda um conteúdo latente, considerado inconsciente.
“O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”. Essa frase foi escrita pelo psicanalista Sigmund Freud em seu livro "A Interpretação dos Sonhos", publicado em 1900, obra que consolidou os principais fundamentos da sua teoria psicanalítica.
Para Freud, o sonho é um exemplo privilegiado de um processo primário, pois é acompanhado de uma diminuição das necessidades físicas e por um desligamento daquilo que possa vir a ser externo.
Freud (1900/1976) vê a interpretação dos sonhos como a via régia para conhecer as leis do inconsciente. O sonho não é equivalente ao inconsciente, contudo sua interpretação possibilita o advir de uma lógica que lhe é própria e que pode ser atribuída a todo falante.
O que Freud quis dizer ao afirmar que os sonhos são a realização de um desejo reprimido?
A tese freudiana passa a ser então de que o sonho é uma realização disfarçada de um desejo recalcado e esse desejo é sempre originário, ou parte sempre do inconsciente. O sonho se apresenta de dois modos; um, o conteúdo manifesto, é o sonho que pode ser lembrado e relatado.
A interpretação dos Sonhos - Freud (1900) - O sonho é uma realização de um desejo.
Por que sonhos são importantes na psicanálise?
Para os psicanalistas, os sonhos são considerados como uma janela para o inconsciente e uma fonte valiosa de informação sobre o paciente. Eles acreditam que os sonhos podem revelar desejos reprimidos, conflitos emocionais e traumas não resolvidos que não podem ser acessados durante o estado de vigília.
Freud nominou esse fenômeno de “distorção do sonho”. Dentre diversas situações analisadas no âmbito mais profundo dos sonhos, Freud considerou que a razão principal para esquecermos tão facilmente nossos sonhos era devido ao fato de o eu consciente querer reduzir o impacto causado pelo inconsciente.
Para esses estudiosos e profissionais, os sonhos são uma maneira de acessarmos aspectos inconscientes da psique — ou seja, questões às quais não temos acesso direto enquanto estamos acordados. Segundo a psicanálise, os sonhos são capazes de expressar, por exemplo, nossos medos e desejos mais profundos e ocultos.
Quatro são os mecanismos fundamentais do trabalho do sonho: condensação, deslocamento, figu- rabilidade e elaboração secundária, esta corresponde mais especificamente a um segundo momento da elaboração onírica (Freud, 1900/2013; Garcia-Roza, 1984/2009).
Para grande parte dos neurocientistas, os sonhos não têm qualquer função: são apenas um efeito colateral de processos de consolidação da memória dependentes do sono, a manifestação consciente destes27. Diversos dados indicam que o sono é fundamental para a memória e a aprendizagem.
Em outras palavras, o sonho é a realização de um desejo que se dá através do inconsciente que tem acesso as estruturas de linguagem através de alucinações, porém sem motilidade. Para se chegar ao sonho existem dois caminhos: um se daria através de deslocamentos e o outro por intermédio de condensação.
O pesadelo ou sonho de angústia revela ser um sonho interrompido, um sonho que não se deixa sonhar, um sonho que se quebra por uma angústia aterrorizadora, angústia que promove o despertar, e a mente, desse modo, fica livre de prosseguir em sua função de informar a respeito dos desejos inconscientes.
Freud, em “A interpretação dos sonhos”, no capítulo sobre o esquecimento dos sonhos, atribui esses fenômenos à censura psíquica e afirma que “o principal responsável por esse esquecimento é a resistência anímica ao sonho, resistência essa que já fez o que pôde contra ele durante a noite”1.
Suas teorias trouxeram mecanismos da mente inconsciente, como a interpretação dos sonhos. Ele desenvolveu a teoria da sexualidade infantil e dividiu a psique humana em três partes: ego, id e superego. Enfim, Freud foi protagonista no desenvolvimento do estudo da mente e suas patologias.
Para Jung, o sonho não esconde, ele revela. Por mais estranha que pareça aquela manifestação onírica, ela possui um significado e acrescentará algo de fundamental à consciência do paciente. O foco da interpretação dos sonhos, portanto, deve ser ajudar o paciente a sair do estado de estagnação.
Em "A Interpretação dos Sonhos", Freud3 argumenta que mesmo os pesadelos não contradizem a formulação de que os sonhos são realizações de desejos. Segundo ele, nesse caso, apesar da censura onírica, o conteúdo latente consegue chegar à consciência pouco deformado e é reconhecido pelo ego.
Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, escreveu extensivamente sobre as teorias dos sonhos e suas interpretações no início de 1900. Freud explicou os sonhos como sendo manifestações dos desejos e ansiedades mais profundos, muitas vezes relacionados a memórias ou obsessões reprimidas da infância.
Sonhos premonitórios são aqueles que são concretizados na vida real. Você já sonhou com alguma situação e depois ela realmente aconteceu? Então, se você já passou por isso é porque você teve a experiência de um sonho premonitório, que também podem ser chamado de precognitivo.
“O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver.” “Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste.” “Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida.” “Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.”
A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud. Freud acreditava que as pessoas poderiam ser curadas tornando conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes, obtendo assim "insight". O objetivo da terapia psicanalítica é liberar emoções e experiências reprimidas, ou seja, tornar o inconsciente consciente.
Embora Lacan também tenha formulado conceitos como Real, Simbólico e Imaginário, objeto a, gozo, entre outros, ele considera como os quatro conceitos fundamentais da teoria psicanalítica os já propostos e demarcados por Freud: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão.
A partir desse avanço, surgiram mais hipóteses para a função dos sonhos. A mais difundida é que eles servem para a consolidação de memórias. “No sono, revivemos o que aconteceu no dia, associando com experiências passadas”, diz Gabriel Pires, médico e pesquisador do Instituto do Sono.
Durante o sono REM, o corpo está paralizado mas a atividade cerebral é bem próxima àquela de quando estamos acordados. Devido a essa atividade intensa, o sonho pode nos assustar a ponto de nos acordar. Em outras palavras: a emoção é tão grande, que acaba despertando o seu corpo.
Como os sonhos ocorrem principalmente durante a fase REM do sono, quando o MCH é ativado, as reações químicas em nossas células podem impedir que o conteúdo do sonho seja armazenado no hipocampo. Ou seja, esquecemos rapidamente o que sonhamos.