É assumir o seu passado, mas ter força suficiente para aproveitar e cuidar do seu presente. Na Psicologia do perdão, é trabalhada a ideia de não haver obrigação de compreender os pensamentos de quem nos machucou. O ato de perdoar não significa necessariamente ser clemente ou achar justificativas ao que passamos.
Perdoar é muito importante porque nos livra da raiva, rancor, tristeza e outros sentimentos desagradáveis. Ao realizar o ato de perdoar, tem-se uma oportunidade de se libertar das amarras que trazem peso negativo para nossas vidas. É um símbolo de inteligência emocional e, em muitos momentos, de amadurecimento pessoal.
Freud faz pensar que o mito cristão do pecado original seja um crime de morte contra o Pai primevo. O sacrifício é, então, a interdição marcada pelo sim- bólico, que vem se apoiar na falta suscitada pelo pecado.
Segundo o filósofo, o perdão deveria permanecer sempre excepcional, colocando à prova o impossível, como se interrompesse o curso ordinário da temporalidade humana (Derrida, 2000, p. 107).
O perdão é um sinal de maturidade? - Luiz Felipe Pondé
O que a ciência diz sobre a falta de perdão?
A falta de perdão pode prejudicar a saúde cardiovascular. Esta é a conclusão de um estudo apresentado no 40º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Dentre as 130 pessoas analisadas na pesquisa, os enfartados eram os que apresentavam a maior dificuldade de perdoar alguém.
Freud, o homem, poderia não acreditar por causa de suas próprias experiências, cultura e circunstâncias científicas. Ele foi convencido de que a religião era essencialmente uma defesa baseada na projeção da figura paterna dentro de uma proteção e providência de Deus.
Resumos. Apesar de ser um ateu convicto e de sempre ter professado seu ateísmo, Freud, paradoxalmente, manifestou grande interesse pelo estudo do fenômeno religioso e empenhou-se seriamente em empregar elementos-chave da teoria psicanalítica para interpretar as origens e a natureza da religião.
O perdão de Deus baseia-se exclusivamente no seu amor e na sua graça incondicional. Nós não o merecemos. A palavra grega para pecado, em Mateus 6:12, significa literalmente “dívida”. Porque quebramos a lei de Deus, temos dívidas com Ele que jamais poderemos ressarcir.
Perdoar é uma união de arrependimento e sacrifício. Só há perdão se uma das partes estiver de fato arrependida e a outra verdadeiramente disposta a sentir a compaixão. Perdoar requer assumir os erros que cometemos e, acima de tudo, nos perdoarmos a nós mesmos.
O perdão é uma oportunidade para se libertar de amarras negativas do passado e seguir adiante. Sendo assim, perdoar é uma ação libertadora que simboliza a inteligência e permite o amadurecimento de uma pessoa. Não perdoar impede a chance de viver novas possibilidades e ter mais satisfação na vida pessoal.
Dada sua característica interpessoal, o perdão tem como objetivo final a disposição em ver o ofensor com certa compaixão e, a partir daí, conseguir oferecer a ele o perdão. Consiste, essencialmente, em que aquele que perdoa tenha sentimentos e pensamentos positivos em relação ao ofensor.
Perdoar não é esquecer, perdoar é aceitar que todo mundo em algum momento pode fazer escolhas ruins, que sofremos as consequências dessas escolhas, que sangramos, mas que não somos obrigados a continuar sangrando, que não somos reféns desses momentos doloroso, e que podemos sim aprender com esses erros e dores.
Freud revela que o mal-estar sentido como culpa é engendrado pela própria tentativa de erradicação da violência, ou seja, de superação do mal-estar. Essa análise vem questionar o modo como tradicionalmente se constitui o projeto ético – como tentativa de superação do mal-estar por meio da erradicação da violência.
Exalta a imagem transformando-a em divindade e torna-a contemporânea e real" (Freud, 1933/1996, p. 172). A crença em Deus é sustentada pela força afetiva da imagem mnésica do pai e pela sua necessidade de proteção. Essa crença é tida como ilusão, uma vez que consiste na realização de impulsos plenos de desejo.
“O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver.” “Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste.” “Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida.” “Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.”
A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud. Freud acreditava que as pessoas poderiam ser curadas tornando conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes, obtendo assim "insight". O objetivo da terapia psicanalítica é liberar emoções e experiências reprimidas, ou seja, tornar o inconsciente consciente.
Hans Zirker - Segundo sua própria compreensão, Freud certamente era ateu, porque, como homem se mantém fiel a Deus, Freud o vê sujeito à imaturidade, à consciência ilusória e à neurose coletiva.
A psicanálise identifica que muitos de nossos comportamentos e motivações são obscurecidos pelo véu do inconsciente. Da mesma forma, as Escrituras destacam a batalha interna entre a carne e o espírito. Em Romanos 7:19, Paulo confessa: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço.”
A religião para Freud tem uma influência considerável na sociedade com o intuito de conceder consolo diante do desamparo da vida. Por isso, pode ser tida como uma ilusão que possui a finalidade de conferir ao homem um propósito de vida.
O perdão é o ato de se desprender do ressentimento. Vem do coração, é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes, tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.
Qual é o Limite do Perdão? Perdoar é um ato complexo que envolve diversas nuances e considerações. O limite do perdão é alcançado quando não compromete seu bem-estar emocional e mental. Isso significa que você não deve se prejudicar ou se submeter a situações que possam causar mais danos à sua saúde mental e emocional.