Segundo os estudiosos, Hegel criou a base lógica sobre a qual Karl Max trabalhou para criar o Marxismo. Hegel afirmava que as concepções filosóficas do passado eram sem vida, não históricas e tendenciosas, razão pela qual defendeu a forte ligação entre História e Filosofia.
O pensamento filosófico de Hegel é um sistema complexo de unidades no qual a mesma estrutura processa-se em áreas diferentes do conhecimento. Hegel, como um grande filósofo sistemático, aplica as mesmas categorias aos mais variados problemas. Sua dialética tríade domina sua forma de apresentar e superar os mesmos.
Principal representante do idealismo alemão, Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770. Ele se empenhou em reconsiderar a relação do pensamento com o mundo externo, buscando uma forma de superar a dicotomia posta pela subjetividade moderna entre o sujeito e o objeto, entre o homem e o mundo.
A tese tem como resultado conclusivo a coextensividade entre Sistema e História, esta como efetividade da razão e aquele como articulação da razão a partir do olhar do conceito.
“O Deus de Hegel não é o todo alheio, mas o todo dos todos, o universal que englobe toda a alteridade e toda a diferença.” Similarmente ao que se observa desde a Fenomenologia do Espírito, a totalidade hegeliana é a unidade imanente dos particulares.
Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração.
Portanto, Hegel influenciou Karl Marx no aspecto metódico (formal), porém se distinguiram quanto ao conteúdo, ou seja, ambos se utilizaram da dialética, porém, com finalidades distintas. O primeiro com um foco transcendental – a manifestação do espírito- e o segundo com uma perspectiva imanente – a realidade social.
Para Hegel, o esforço da filosofia está em unir o que está à parte, ou seja, um esforço para unir opostos, e isso é melhor identificado em sua crítica ao dualismo kantiano e sua separação entre sujeito e objeto, e entre fenômeno e coisa em si.
Se a razão – como diz Hegel – “é a certeza consciente de ser toda a realidade” e a verdade reside apenas no todo, as partes se tornam racionais à medida que participam do todo de forma consciente.
1. Somente os corajosos cometem erros. “Tenha a coragem de estar errado.” Provavelmente já lemos esta primeira frase de Hegel em várias ocasiões; estar errado, infelizmente, ainda é algo desaprovado pela sociedade de hoje.
Georg Wilhelm Hegel pensava que a consciência deveria passar por uma série de desenvolvimentos para superar as contradições percebidas em conceitos que seriam aparentemente opostos; buscou uma interpretação racional da multiplicidade sensível, tentando enxergar no finito o que havia de absoluto.
Resumo: Com a Lógica hegeliana propõe-se uma série de encadeamentos categoriais que expressam o próprio movimento do real. A filosofia nada mais seria senão a compreensão desse processo de auto-exposição, que significa também uma auto- apresentação do absoluto.
Ele entende que o conhecimento de uma coisa se dá pelas relações e inter-relações que permitem conhecer a coisa em si. A coisa ou o sujeito são conhecidos em sua verdade na medida em que entram no movimento dialético das relações em si e para si. Hegel amplia esta dialética para todo o seu sistema lógico e ontológico.
Hegel pode ser incluído naquilo que se chamou de Idealismo Alemão, uma espécie de movimento filosófico marcado por intensas discussões filosóficas entre pensadores de cultura alemã do final do século XVIII e início do XIX. Essas discussões tiveram por base a publicação da Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant.
Isso porque Hegel, grosso modo, era idealista, isto é, via a Razão como determinante da realidade objetiva, enquanto Marx era materialista e pensava justamente o contrário: que era o mundo material que condicionava a ideia que fazíamos dele.
A filosofia hegeliana tem como princípios fundamentais os conceitos de liberdade e razão. Para Hegel, é possível que a liberdade e a razão se realizem. Mas essa possibilidade só é efetiva a partir da perspectiva do pensamento especulativo.
Para Hegel, a liberdade está na política, no Estado, sociedade política consubstanciada como a síntese da dialética, visto que o Estado se configura como a melhor manifestação do Espírito absoluto, entidade essencialmente ontológica.
O Estado é a idéia que comanda a famí- lia e a sociedade, algo como fenômeno. O Estado político emerge, dessa forma, como a vida concreta dos indivíduos. Ele não é apenas a sua unidade mas a própria razão de ser. A unidade é assim integrada por aqueles conscientes da sua vontade e da vontade geral.
O pensamento idealista tem sua gênese na Grécia Antiga, com Platão, mas essas teorias vão se desenvolver posteriormente com os idealistas alemãs, durante o século XVIII. A idealização nos relacionamentos também é comum. A partir de uma fantasia, se cria uma ideia do que o outro é, completamente diferente da realidade.
Para Kant, existe um dever universal baseado em leis morais e esse dever está submetido ao estrito cumprimento das leis morais em qualquer situação racional. O ser humano ou qualquer outro ser racional deve cumprir aquilo que é estabelecido pela lei moral.