Na década de 1970, o pai, Astrogildo, foi condenado por falsidade ideológica por usar uma carteira falsa da Ordem dos Advogados do Brasil. Mais tarde ele cursou Direito, mas nunca advogou. Aposentou-se como escrivão de cartório. Os vizinhos nunca ouviram brigas e discussões na casa dos Cravinhos.
Suzane foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado, mesma pena aplicada a Daniel Cravinhos. Cristian Cravinhos pegou 38 anos e seis meses de reclusão. Em razão da condenação pelo crime de parricídio (homicídio praticado contra o pai ou os pais), a filha perdeu o direito à herança da família.
O Tribunal de Justiça de São Paulo sinalizou que deve manter a decisão que obrigou a Editora Globo a pagar R$ 35 mil de indenização por danos morais para Astrogildo Cravinhos, pai de Daniel e Christian Cravinhos, condenados por matar Marisia e Mandred Von Richthofen.
Marísia e Manfred Richthofen, pais de Suzane, foram mortos por Daniel e Cristian, os irmãos Cravinhos em 2002, a mando de Suzane. "Por isso que ele [Daniel] é quem mata o Manfred, com ciúmes dele ter abusado da namorada. Foi um jogo de manipulação em que ela [Suzane] saiu ganhando", disse Ulisses.
Irmãos Cravinhos, como estão hoje? (2024) Tudo sobre o caso.
É verdade que o pai da Suzane abusou dela?
O advogado da garota, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, negou o estupro. "Ela está revoltada com essa mentira torpe", afirmou. Segundo ele, Suzane está profundamente arrependida do crime. "Ainda que a alegação de ter sido vítima de abuso sexual melhorasse sua situação jurídica, ela não admitiria a mentira", disse.
Quatro anos após ficar órfão, Andreas ganhou o direito de herdar todo o espólio dos pais, avaliado na época em quase R$ 10 milhões. Na lista, haviam carros, terrenos, seis imóveis, entre eles a mansão onde o casal foi assassinado – vendida por R$ 1,6 milhão, além de dinheiro em contas correntes e aplicações.
Na década de 1970, o pai, Astrogildo, foi condenado por falsidade ideológica por usar uma carteira falsa da Ordem dos Advogados do Brasil. Mais tarde ele cursou Direito, mas nunca advogou. Aposentou-se como escrivão de cartório. Os vizinhos nunca ouviram brigas e discussões na casa dos Cravinhos.
Irmão de Daniel, Cristian Cravinhos cumpre pena em regime semiaberto desde março do ano passado. O ex-cunhado de Suzane chegou a progredir para o aberto em 2017, mas voltou a cumprir pena na P2 de Tremembé no ano seguinte, após tentativa de suborno de policiais militares.
Cristian Cravinhos teve um relacionamento com um homem chamado Duda enquanto estava preso em Tremembé; O relacionamento era romântico e intenso, mas terminou de forma dramática com uma troca de flores; Cristian era casado na época e rejeitou tanto Duda quanto sua ex-esposa quando deixou a prisão.
Atualmente, quase 22 anos após a tragédia, o patrimônio segue abandonado. Andreas enfrenta 24 ações na Justiça de São Paulo por dívidas relacionadas a condomínios e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), que somam quase R$500 mil.
Daniel morava com os pais em uma vila de oito sobrados, de classe média, na rua Brás de Arzão, no Campo Belo (zona sul). Já Cristian vivia com a avó em um apartamento de três dormitórios na rua Graúna, na Vila Olímpia.
Ele se refere à Suzuki GSX R, de alta cilindrada, que Cristian Cravinhos, então desempregado, comprou um dia após os assassinatos de Manfred e Marísia.
Segundo o autor da biografia “Suzane: Assassina e Manipuladora”, Ulisses Campbell, a paulista Suzane von Richthofen está esperando sua primeira filha, que se chamará Isabela. A criança, segundo ele, é fruto do relacionamento de Suzane com o médico Felipe Zecchini Muniz, de 40 anos.
O casal e o irmão de Daniel, Cristian Cravinhos, foram condenados. Daniel passou para o regime aberto em 2018. Em carta publicada pelo colunista Ullisses Campbell, do jornal O Globo, Daniel diz que Andreas é a maior vítima do crime que chocou o país em 2002.
Cravinhos chegou a progredir para o regime aberto em 2017, quando se cumpre a pena fora da prisão, mas perdeu o benefício depois de ser detido em uma confusão em que tentou subornar policiais.
O que aconteceu com o dinheiro de Suzane von Richthofen?
Devido ao parricídio (assassinato dos pais) cometido por Suzane Louise von Richthofen em 2002, a herança da família ficou sob os cuidados do irmão Andreas von Richthofen. O valor dos bens, à época do crime estimado em quase R$ 10 milhões, tornou-se agora uma bola de dívidas.
O terceiro filme que conta como foram as investigações sobre o assassinato de Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen lançado nesta sexta-feira (27). “As pessoas retratadas no filme nunca receberam nem irão receber nenhum valor ou pagamento. Eles não possuem nenhum direito sobre a obra”, escreveu Montes.