De um lado, Jung defendia a existência de um inconsciente coletivo, que afeta as emoções e os comportamentos do consciente com o peso das origens e dos valores sociais da humanidade. Já Freud preconizava a presença do inconsciente pessoal, impulsionador do desejo sexual, dentro de uma ideia de busca de prazer.
Jung defendia a ideia de inconsciente coletivo enquanto Freud defendia o inconsciente individual. Em determinado momento, as discordâncias entre os dois culminou no rompimento da parceria de anos. Desde então, Jung se distanciou da Psicanálise para fundar a Psicologia Analítica.
Para Jung, o que definia a personalidade introvertida e extrovertida eram atitudes em relação aos fenômenos subjetivos, frutos da imaginação e do próprio pensamento, e aos objetos externos a si mesmo, o que acontece à nossa volta.
Nesse trecho, Jung afirma que a individuação é o processo que ocorre a partir da aceitação, por parte do ego, das orientações de uma dimensão da personalidade que denomina “si-mesmo”, que, por sua vez, traz informações simbólicas acerca do caminho da realização plena da personalidade.
Jung acreditava que o inconsciente se comunica por meio de símbolos, sonhos e imagens arquetípicas. No processo de individuação, a pessoa trabalha ativamente com esses elementos para compreender e integrar aspectos profundamente enraizados de sua psique.
JUNG (1) – INCONSCIENTE COLETIVO | SÉRIE PSICOLOGIA ANALÍTICA
O que é Deus para Jung?
A noção de Deus, em Jung, como será explanado, é abordada como conteúdos psíquicos referentes à experiência religiosa, ou seja, à experiência do sagrado.
Jung dedicou-se ao estudo do Inconsciente e “curvou-se” perante as teorias de Freud, sobretudo acerca da libido como energia psíquica e sexual. No início, Jung se submeteu ao entendimento e aceitação total das teorias de Freud, sem as questionar.
A Psicologia Analítica ou Junguiana, baseia-se nas ideias do Dr. Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço. Jung observava o inconsciente como um complemento que se comunica com a consciência, e não apenas como um simples depósito de experiências reprimidas.
A terapia junguiana não é rígida, ou seja, ela não possui um caminho concreto. O tratamento é realizado de acordo com o surgimento de novas necessidades do paciente. Ele não é linear, sendo que assuntos abordados em sessões anteriores podem ser retomados a qualquer momento para análise sob um ângulo diferente.
Jung tratava a sombra como eixo do processo de individuação de cada ser humano. Quando possíveis defeitos escondidos por meio dela fossem integrados a consciência e entendidos, ele dizia que aquele a alcançar esse feito estaria um pouco mais próximo de se tornar um alguém por inteiro.
A dialética, Jung nomeadamente chama seu método clínico de “método dialético”, compreender do que se trata e de como Jung se utiliza em termos práticos é fundamental para evitar ser atropelado pelo psicologismo e pela mistura espúria com a psicanálise ou qualquer outra teoria da moda.
Na visão de Jung, o Tipo Psicológico de um indivíduo é determinado pela introversão ou extroversão, e por quatro funções conscientes que o ego habitualmente emprega, as funções psíquicas. Para explicar as diferenças dos Tipos Psicológicos, Jung lançou mão do conceito de Função Psíquica ou Função Psicológica.
Jung desenvolveu uma abordagem única para compreender a mente humana, enfatizando a importância do inconsciente coletivo e dos arquétipos. Sua busca teoria não apenas entende os processos mentais dos indivíduos, mas também considera a interconexão entre o indivíduo e a sociedade.
Ele identificou quatro funções psicológicas fundamentais: a sensação, pensamento, sentimento e intuição. Cada uma delas pode operar tanto através do indivíduo introvertido como do extrovertido. Normalmente, apenas uma dessas características é mais dominante — a chamada “função superior”.
Na visão junguiana, existem quatros funções psicológicas básicas (sentir, pensar, perceber e intuir) e dois tipos de caráter (introvertido e extrovertido). Cada indivíduo desperta em si uma função básica e um tipo de caráter, originando assim a sua personalidade.
De um lado, Jung defendia a existência de um inconsciente coletivo, que afeta as emoções e os comportamentos do consciente com o peso das origens e dos valores sociais da humanidade. Já Freud preconizava a presença do inconsciente pessoal, impulsionador do desejo sexual, dentro de uma ideia de busca de prazer.
Jung acreditava que os arquétipos são herdados de nossos ancestrais e representam padrões de comportamento que foram desenvolvidos ao longo do tempo através da evolução humana. Eles são universais e aparecem em mitos, religiões, sonhos e histórias ao redor do mundo.
Em 27 de fevereiro de 1907, na rua Berggasse número 19, em Viena, Sigmund Freud se apaixonou. O objeto de seu afeto era Carl Gustav Jung. O jovem psiquiatra, 19 anos mais novo do que Freud, já era diretor clínico do prestigioso hospital Burghölzli e professor da Universidade de Zurique.
» Lacan – Reformulou as bases da teoria freudiana, com a interação da filosofia e psicanálise. » Jung – Não se prende ao passado, nem trabalha com as transferências em relação ao outro.
Jung propõe que o objetivo final do inconsciente coletivo e da autorrealização é nos levar à experiência mais elevada. Isso, é claro, é espiritual. Se uma pessoa não procede ao autoconhecimento, podem surgir sintomas neuróticos. Os sintomas são amplamente definidos, incluindo, por exemplo, fobias, psicose e depressão.
Jung lembra que "a crença de que Deus é o Summum Bonum é impossível para uma consciência reflexiva" (Jung, 1952/1989, p. 419), pelo fato de essa imagem não dar conta das contradições internas - não só da experiência psíquica como também da própria experiência religiosa.
Jung salienta que o protestantismo tendo se despojado de muitos rituais preservados pelo catolicismo, deixou o indivíduo se confrontar com seus aspectos sombrios, o que em muito beneficiou as modernas sociedades, pois as tornou mais analíticas.
Em sua obra "A Interpretação dos Sonhos", Freud afirmou que "os sonhos são a via régia para o conhecimento do inconsciente". Por outro lado, Jung propôs que o inconsciente é constituído por duas camadas distintas: o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.