Kant fundou uma nova teoria do conhecimento, chamada idealismo transcendental, e a sua filosofia, como um todo, fundou o criticismo, corrente crítica do saber filosófico que visava, como queria Kant, a delimitar os limites do conhecimento humano.
Kant - teoria do conhecimento - A síntese entre racionalismo e empirismo. O filósofo alemão Immanuel Kant responde à questão de como é possível o conhecimento afirmando o papel constitutivo de mundo pelo sujeito transcendental, isto é, o sujeito que possui as condições de possibilidade da experiência.
No campo da filosofia política Kant apresenta a ideia de Paz Perpétua, como sendo o resultado da história e garantida através da cooperação internacional. Kant defende a existência de Estados organizados pela lei e com a existência de governos republicanos.
Para Kant, existe um dever universal baseado em leis morais e esse dever está submetido ao estrito cumprimento das leis morais em qualquer situação racional. O ser humano ou qualquer outro ser racional deve cumprir aquilo que é estabelecido pela lei moral.
A prática moral é expressa por meio do imperativo categórico: “age só, segundo uma máxima tal, que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal.” Desse imperativo, decorrem três máximas morais, que podem ser resumidas em “Vontade, liberdade e autonomia e dever”.
A filosofia teórica de Kant conclui pela impossibilidade de o intelecto produzir conhecimento por si mesmo. A experiência é a origem do conhecimento e o entendimento possui o papel de organizador das informações da sensibilidade.
Immanuel Kant (alemão: [ɪˈmaːnu̯eːl ˈkant]; Königsberg, 22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804) ou Emanuel Kant, foi um filósofo alemão (nativo do Reino da Prússia) e um dos principais pensadores do Iluminismo.
Resposta: Na Crítica da Razão Pura, Kant tinha dois objetivos: mostrar os limites do conhecimento humano sobre o mundo – nossa capacidade de apreensão – e também agir como “árbitro” das especulações metafísicas a partir do seu sistema.
A crítica kantiana deriva do seguinte fato: o filósofo alemão colocou a própria razão e as possibilidades reais de conhecimento em questão. Isto é, em vez de questionar como eu conheço os objetos, perguntou se o próprio conhecimento é possível.
Segundo seu conceito na escola, Kant afirma que a Filosofia é uma "doutrina da habilidade" e que o filósofo, assim preparado, é um "técnico da razão", capaz de construir regras para empregá-las em fins quaisquer (AK 9:24).
A problemática desenvolvida por Kant em torno do conhecimento tem como ponto essencial a relação entre o sujeito e objeto, (problema refletido e explanado em sua obra 'Crítica da Razão Pura'. Para Kant, o conhecimento é o produto de uma faculdade complexa, resultante da síntese entre sensibilidade e entendimento.
Em linhas gerais, Kant define a felicidade enquanto a satisfação de todas as inclinações e necessidades naturais (tais como poder, riqueza, saúde, honra, bem estar, etc.) 2, e a moralidade enquanto um dado ou fato da razão prática pelo qual o sujeito se torna consciente da sua liberdade.
Kant não atribuiu a si mesmo o papel de um pioneiro filosófico defensor do protestantismo; sua inclinação pela Igreja territorial protestante, à qual pertencia exteriormente, não era grande; em geral ele não considerava sua posição histórica desde o ponto de vista da vida eclesial.
A Religião dentro dos limites da mera razão (1793): Immanuel Kant aborda a religião em um sentido moral e subordina a fé à razão. Distingue entre fé histórica e fé racional, e seria esta última seria o caminho para pensar o suprassensível. Considerando o ser humano como propenso ao mal moral.
Kant valoriza o esforço do sujeito humano para sair da menoridade. Nesse contexto, o esclarecimento propõe ao homem a libertação de vários estados de coisas, alerta que a princípio ele deve libertar-se do jugo que impôs a si mesmo.
Kant deixou um belo legado para a filosofia dos direitos humanos e para nossa vida prática: "O ser humano, por ser dotado de razão, é ao mesmo tempo um fim em si mesmo".
A Teoria do Conhecimento de Kant ou Idealismo Transcendental tem como objeto justificar a possibilidade do conhecimento, partindo da hipótese que nem somente o Empirismo, nem somente o Racionalismo explicam a ciência.
“A história da natureza começa, portanto, com o bem, pois é obra de Deus. A história da liberdade começa com o mal, pois é obra do ser humano” (KANT, 2012, p. 54). Neste sentido, o ser humano se torna uma espécie moral.
Em outras palavras, o iluminismo está implicado com o debate sobre a ação humana. Kant busca discutir sobre o desenvolvimento da consciência moral e política, o que não pode ser sugerido como um dever imposto por um ordenamento divino, transcendente, mas somente sobre o conceito de uma razão prática.
Ao mesmo passo, a idéia de Deus encerra uma função reguladora. É, pois, mister frisar que Kant jamais negou a existência de Deus. Ele apenas afirmou que a razão pura não consegue dar uma res- posta positiva nem negativa, fundada cientificamente, a respeito da existência de Deus.
„„A representação de um princípio objetivo, enquanto obrigante para uma vontade, chama-se um mandamento (da razão), e a fórmula do mandamento chama-se Imperativo. ‟‟ (FMC, 218). O imperativo diz-me, pois que a ação das que me são possíveis seria boa, e representa a regra prática em relação com uma vontade (FMC, 219).
Segundo Kant, a liberdade é a condição da lei moral e na sociedade o direito é tão ético quanto a moral, já que a moral garante a autonomia da razão. É a liberdade que ao realizar-se na moralidade e na legalidade é o alicerce do conceito de direito kantiano.