A causa do alcoolismo não é totalmente conhecida, porém existem fortes evidências da influência genética para o desenvolvimento desta patologia. Outros fatores como traços de personalidade e fatores psicossociais e ambientais juntam-se à predisposição genética para o desenvolvimento da dependência de álcool.
Uma das portas de entrada também pode ser a vontade de socializar, fazer amigos e ser aceito num grupo, já que alguns dos efeitos do álcool são a euforia e a desinibição, fazendo cada vez maiores os motivos para beber. Além dos fatores externos, sabe-se que a genética tem muita influência na herança dos vícios.
Estudos científicos têm revelado como o consumo excessivo de álcool afeta o cérebro, alterando os circuitos neurais e a química cerebral. Isso resulta em mudanças perceptíveis no comportamento, cognição e controle dos impulsos de um alcoólatra.
Ainda não é entendida toda a fisiopatologia do desenvolvimento do alcoolismo, mas já é estabelecida a influência de diversos fatores para desencadear essa doença. Entre eles, destacamos: fatores genéticos, influências ambientais, traços específicos de personalidade e funcionamento cognitivo.
COMO LIDAR COM UM PARCEIRO ALCOÓLATRA | Cris Monteiro - Terapia de casal
Qual é o perfil de um alcoólatra?
Um comportamento muito comum é o aumento da frequência em que consome a bebida e com doses maiores. O viciado passa a ter oscilações de humor mais frequentemente, irritação e agressividade, assim como isolamento social podem fazer parte desse perfil.
Podemos pontuar como exemplo o ambiente familiar onde a pessoa cresceu, sua forma de lidar com as emoções, eventos ruins que ocorreram ao longo da vida somam-se às vulnerabilidade genéticas, resultando no consumo excessivo de bebida alcoólica que, com o tempo, torna-se o alcoolismo.
Quais são as características de uma pessoa alcoólatra?
O alcoolismo é caracterizado pela vontade incontrolável de beber, falta de controle ao tentar parar a ingestão, tolerância ao álcool (doses cada vez maiores para sentir os efeitos da bebida) e dependência física, que se manifesta com sintomas físicos e psíquicos nas situações de abstinência alcoólica.
Além da cirrose, o álcool pode causar doenças no sistema nervoso, demência, problemas de coração como cardiopatia cirrótica, prejuízo no pâncreas, pancreatite, câncer de pâncreas, alterações no intestino, perda de musculatura, diminuição no apetite e desnutrição.
Alcoolismo é a dependência do indivíduo ao álcool, considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a conseqüências irreversíveis.
Pelo menos 1 vez por semana, consumo de mais de 3 drinks em um único dia para mulheres ou mais de 4 drinks em um único dia para homens. Um episódio de embriaguez por semana. Consumo de mais de 20 dias seguidos de bebidas alcoólicas em qualquer quantidade.
O alcoolismo é uma doença e requer acompanhamento e aconselhamento médico. Parar abruptamente de consumir álcool pode trazer os sintomas da abstinência alcoólica e é recomendado que o paciente passe a tratar de seu vício com o auxílio de especialistas, como psicólogos e psiquiatras.
O alcoolismo frequentemente está associado a sentimentos de culpa devido ao impacto negativo que o consumo de álcool tem nas relações e na vida de uma pessoa. Além disso, o álcool pode desinibir comportamentos agressivos e hostis, levando a conflitos nas relações pessoais.
“Basicamente, os neurônios dos dependentes de álcool são diferentes. No cérebro deles, a recepção de opioides e, consequentemente, a liberação da endorfina, ocorre de maneira mais intensa. É essa sensação em seu sistema de recompensa que os fazem querer beber mais”, diz Fields (leia entrevista).
O etilista — ou alcoólatra — é o indivíduo que possui essa relação de necessidade do álcool e falta de controle com a bebida. Consequentemente, consome grandes quantidades de bebidas alcoólicas em um curto espaço de tempo. Ele poderá ser considerado um etilista social ou crônico, a depender dos seus sintomas.
O que leva ao vício no álcool? As causas e fatores de risco incluem pressão dos colegas, beber desde a tenra idade e depressão. A dependência pode levar poucos anos a várias décadas para se desenvolver. Para pessoas particularmente vulneráveis, pode acontecer em alguns meses.
glamourização do consumo de bebidas alcoólicas; histórico familiar de abuso do álcool; contato precoce com a bebida; problemas de saúde mental não resolvidos.
o ABUSO caracteriza-se pelo consumo contínuo, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes, causados ou aumentados pelos efeitos da bebida; uso recorrente em situações nas quais isto representa um perigo físico; uso recorrente que resulta em negligência de obrigações no trabalho, escola ou ...
Indivíduos com instabilidade emocional, psíquica ou transtornos de personalidade também se tornam mais vulneráveis ao alcoolismo. Nesse sentido, ainda que pequena, a influência genética pode ser potencializada por esses fatores de risco e facilitar o desenvolvimento da dependência alcoólica.
Entre os principais órgãos afetados pelo uso crônico de álcool, estão o fígado, coração, pâncreas, trato gastrointestinal e os ossos. Para cada um deles, existe um conjunto de evidências apontando se abster-se do álcool é capaz de promover a recuperação das suas funções e danos causados pelo uso crônico da substância.
São muitos os sintomas da abstinência alcoólica, mas os mais comuns são ansiedade, agitação, suor excessivo, alterações de humor, dores fortes de cabeça, alteração na pressão arterial, náusea, vômito, diarreia, taquicardia, confusão mental, alucinações, insônia, fraqueza, ataques de pânico.
Quais são os transtornos mentais causados pelo álcool?
Existem vários transtornos mentais causados ou acentuados pelo álcool como, por exemplo, a esquizofrenia transtornos do humor, transtorno bipolar, transtorno do sono, ansiedade e depressão. O alcoolismo e a depressão são as duas doenças psiquiátricas, isoladamente, mais comuns encontradas na população.