Lutero tentou remover Hebreus, Tiago, Judas e o Apocalipse do cânone bíblico, mas não conseguiu. Porém, estes livros ainda hoje aparecem no final da Bíblia de Lutero alemã até hoje. Aparentemente a razão é que estes livros atestariam contra doutrinas protestantes como a "sola gratia" e a "sola fide".
Lutero chegou até mesmo a duvidar da canonicidade das epístolas aos Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse, que na sua tradução da Bíblia para o alemão deixou-os num apêndice sem numeração de páginas e considerados como apócrifos.
Sem se lembrar da língua-mãe, os hebreus exilados teriam escrito esses livros em grego. E foi por não estarem na língua oficial dos hebreus, os novos livros foram rejeitados pelos estudiosos. Eles não poderiam ser aceitos por não serem inspirados pelo próprio Deus, que conduzia seu povo e dava instruções aos hebreus.
Os protestantes rejeitam livros do Antigo Testamento por considerarem apócrifos, ou seja, de autoria duvidosa. São eles: Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico e Baruc. Essa diferença se dá apenas no Antigo Testamento, sendo que há consenso no Novo Testamento.
“A Igreja Católica sustentava que apenas o clero poderia interpretar adequadamente a Bíblia. Mas Lutero mostrou que não era preciso de intermediários entre Deus e os homens e permitiu que o povo pudesse ter acesso à bíblia. Ele mostrou que todos podiam receber sua fé diretamente de Deus”, explicou.
POR QUE LUTERO RETIROU 7 LIVROS DA BÍBLIA? Lutero e a Reforma Protestante
Quem retirou 7 livros da Bíblia?
Além disso, Lutero também retirou alguns trechos dos livros de Ester e Daniel, que também estavam na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento usada pelos primeiros cristãos.
Os livros apócrifos foram retirados do Cânon Cristão por mostrarem um Cristo diferenciado dos Evangelhos e teologias escolhidos, mostrando-o exclusivamente como Deus sem as limitações e sentimentos humanos, o que tornaria a passagem pela morte algo fácil, diminuindo assim, o tamanho do Sacrifício realizado pelo ...
A leitura da Bíblia levou Lutero a realizar novas interpretações da fé cristã e isso o levou a concluir que a salvação de cada pessoa era obtida pela fé, pois, de acordo com o texto bíblico, “o justo viverá pela fé”.
Lutero afirma que o fiel deve orar para Maria de forma que Deus possa conceder e realizar, através da vontade dela, o que pedimos. Mas, afirma ele, a graça é obra unicamente de Deus. Alguns interpretam sua obra sobre o Magnificat como uma súplica pessoal a Maria, mas não como um pedido de mediação na forma de oração.
Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Basicamente, ele questionava esse comércio de graças e o poder absoluto da Igreja na fé popular — e afirmava que a Bíblia era o texto primordial que deveria ser considerado, acima de qualquer autoridade papal.
Na verdade, nenhuma pessoa específica ou grupo definiu isso, a seleção foi revista e alterada várias vezes ao longo da história e não apenas em algumas reuniões. Ao longo dos primeiros quatro séculos depois de Cristo, autoridades e estudiosos da igreja discutiram se os textos deveriam ou não entrar no cânon.
A Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego. O Antigo Testamento tem a maior parte escrita em hebraico. Os maiores trechos escritos em aramaico, são os de Esdras 4.8-6.18 , Esdras 7.12-26 e Daniel 2.4-7.28 .
Neste, estão ausentes os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (Sirácida ou Sirac), I Macabeus e II Macabeus. Além disso, faltam alguns fragmentos dos livros de Ester e de Daniel. Por que faltam estes trechos sagrados na Bíblia dos protestantes?
A Bíblia Católica inclui 46 livros, enquanto a Bíblia Evangélica contém apenas 39. Essa diferença é atribuída à presença dos chamados “livros deuterocanônicos” na Bíblia Católica, que estão ausentes na versão evangélica.
“Numa frase infeliz, Martinho Lutero chamou a carta de Tiago de “carta de palha” porque não servia para ilustrar sua exaltação da fé e da graça contra as obras da Lei, que supostamente mereceriam a salvação. Isso fez com que, na exegese sobretudo da Reforma, Tiago ficou na sombra.
Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg 95 teses em que ele questionava as práticas mundanas do clero católico, a avareza e o paganismo que, na visão dele, existiam dentro da Igreja. As teses chamavam para uma disputa eclesiástica sobre elas.
Portanto, nós luteranos e luteranas não invocamos os santos como intercessores junto a Deus. Mas nós os respeitamos como pessoas que viveram e ensinaram coisas importantes sobre a fé. Por isso, nossa tarefa é conhecer e aprender com a vida e os ensinamentos das pessoas que a igreja católica chama de santos.
É, portanto, um profundo desejo de meu coração poder ajudar agora a que, da nossa parte, cristãos evangélicos, Maria seja novamente amada, venerada e respeitada como a Mãe do Nosso Senhor. E isso corresponde ao testemunho da Sagrada Escritura e também ao que o nosso reformador Lutero indicou.
Quais os livros que Martinho Lutero retirou da Bíblia?
Lutero tentou remover Hebreus, Tiago, Judas e o Apocalipse do cânone bíblico, mas não conseguiu. Porém, estes livros ainda hoje aparecem no final da Bíblia de Lutero alemã até hoje. Aparentemente a razão é que estes livros atestariam contra doutrinas protestantes como a "sola gratia" e a "sola fide".
O contexto provável é sugerido em um sermão de 1536 (WA 41, 647) no qual Lutero declarou que Cristo foi reprovado pelo mundo como glutão, beberrão e até mesmo um adúltero".
Ele respondeu enfaticamente: “Sim!”. As últimas palavras de Lutero foram: “Nós somos mendigos. Esta é a verdade”. Ele morreu em Eisleben em 18 de fevereiro de 1546, à vista da fonte onde ele foi batizado quando bebê.
Porque os evangélicos não aceitam os livros apócrifos?
O problema dos apócrifos é que eles não foram considerados autênticos pelas comunidades que no início do cristianismo deram seu aval à veracidade do que era contado.
Inicialmente, o Livro de Enoque era aceito na Igreja Cristã, mas posteriormente foi excluído do cânone bíblico. Sua sobrevivência se deve ao fascínio de grupos cristãos marginais e heréticos, como os maniqueus, que cultivavam uma mistura sincrética de elementos iranianos, gregos, caldeus e egípcios.