Ao todo, a pesquisa estima em surpreendentes quatro milhões as mortes relacionadas com as temperaturas nesses 15 anos (cerca de 270.000 óbitos por ano). Atualmente, o calor e o frio não têm a mesma incidência na mortandade: as baixas temperaturas estão relacionadas com até 10 vezes mais mortes do que o calor.
Um estudo publicado em 2015, na revista The Lancet, mostrou que o tempo frio mata 20 vezes mais pessoas do que o clima quente em todo o mundo. De acordo com os pesquisadores, as mortes causadas pelo frio extremo superam as provocadas pelo calor extremo.
Muita gente não sabe, mas o calor pode matar mais que o frio. E como o estado de Minas Gerais tem enfrentado temperaturas muito elevadas, a comunidade médica está se mobilizando no reforço da divulgação de várias dicas de saúde muito importantes.
Os dados analisados mostraram que, apesar de algumas regiões registrarem picos de mortalidade durante os dias mais quentes, as consequências das baixas temperaturas demoram dois dias para aparecerem e seguem por mais dez, enquanto no calor os efeitos são imediatos e duram até quatro dias.
"Uma pesquisa mostra que em temperaturas extremas, o risco relativo de morte aumenta 5,7% para cada 1°C mais quente, e 3,4% para cada 1°C mais frio", diz Tavares. No ambiente privado, as pessoas devem se manter hidratadas, com roupas frescas e, se possível, em locais cobertos e com temperatura controlada ou amena.
FRIO ou CALOR: qual pode te matar primeiro? | Minuto da Terra
O que é mais perigoso frio ou calor?
Em 2015, outro estudo na revista The Lancet concluiu que o frio matava 14 vezes mais que o calor com base em 74 milhões de óbitos registrados em 13 países. Por ano, indicou o estudo, 140 mil pessoas morrem de calor, mas dois milhões morrem por consequências do frio.
Ao todo, a pesquisa estima em surpreendentes quatro milhões as mortes relacionadas com as temperaturas nesses 15 anos (cerca de 270.000 óbitos por ano). Atualmente, o calor e o frio não têm a mesma incidência na mortandade: as baixas temperaturas estão relacionadas com até 10 vezes mais mortes do que o calor.
Os pesquisadores explicam que a hipótese aceita até a descoberta do programa genético é de que a maior longevidade em locais frios se dá por um processo termodinâmico passivo, no qual as temperaturas baixas reduzem a taxa de reações químicas e, consequentemente, a velocidade do envelhecimento.
Em laranja, em 10 minutos. O mais extremo, vermelho, indica que o risco de congelamento é inferior a 2 minutos. Este é o limite que o ser humano pode suportar em baixas temperaturas.
Testes mais recentes e menos perigosos foram capazes de descobrir a exata temperatura máxima que podemos aguentar: 127ºC, por 20 minutos. Na verdade, o suor é o grande responsável por suportarmos altas temperaturas.
Nosso corpo leva sua temperatura quase ao limite porque as proteínas com as quais realizamos funções metabólicas críticas funcionam melhor com o calor. Em altas temperaturas, as proteínas se tornam mais flexíveis e podem interagir melhor com outras moléculas.
Qual é a temperatura ideal para os seres vivos no planeta Terra? Segundo diversos estudos recentes por equipes de pesquisadores de vários países, a resposta seria 20 ºC, que, não à toa, é bastante confortável aos humanos.
Infelizmente, não existe uma resposta exata para isso. A partir de 40°C o corpo já passa a sofrer os efeitos das altas temperaturas. Contudo, muitos especialistas indicam que o risco maior, em pessoas jovens e saudáveis, passa a ocorrer quando os termômetros chegam aos 42°C.
Resultado: entre 2000 e 2018, 48.075 mortes podem ser atribuídas aos efeitos das ondas de calor. Doenças circulatórias, respiratórias e o agravamento de condições crônicas prévias diante do calor extremo foram as causas mais frequentes dos óbitos.
Entretanto, com a exposição prolongada, os tremores vão diminuindo e o sistema termorregulador do corpo vai entrando em colapso. As funções vitais vão se alterando e, na hipotermia grave, batimentos cardíacos e a frequência respiratória ficam quase imperceptíveis. A morte é inevitável caso nenhuma medida seja tomada.
Ashcroft afirma que em um local sem ventos, uma pessoa adequadamente vestida consegue sobreviver a uma temperatura de até -29ºC. Agora, se o vento for de 16km/h, a sensação térmica cai para -44º e a pele congelaria em um ou dois minutos.
Qual foi a temperatura mais baixa já registrada no mundo?
E a Antártida continua sendo o continente mais frio da Terra, mesmo no hemisfério sul. O recorde mundial de menor temperatura registrada na Terra é de -89,2º Celsius, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.
Qual é o país mais frio do mundo hoje? O título de país mais frio do mundo na atualidade pertence à Rússia. Considerando a temperatura média anual, chega aproximadamente a -3,64 ºC.
E a musculatura é um grande gerador de calor. Quando contraímos a musculatura, geramos calor. Sendo assim, essas alterações favorecem uma sensibilidade maior do idoso ao frio.” E por que perdemos massa muscular ao envelhecer?
A explicação está relacionada à melatonina, hormônio produzido a partir da noite por uma glândula localizada no cérebro. "Essa sensação acontece porque os dias no inverno são mais curtos e as noites mais longas, então ficamos expostos por mais tempo à melatonina, responsável pela indução do sono", explica a Dra.
uma parte do nosso corpo que seja fria, o sangue chega lá frio. O segundo fator é que os nossos pés. têm uma menor quantidade de massa muscular, principalmente quando você compara. com outras partes do corpo, como as pernas, como tronco, por exemplo.
O calor tem um efeito benéfico no alívio de dores, na flexibilidade dos músculos ou na recuperação de zonas doridas. Se o frio ajuda em casos agudos, como tratamento inicial, o calor é mais útil a médio e longo prazo, através de uma aplicação continuada.
Uma média de 200 quilocalorias a mais são perdidas do que em períodos quentes. A temperatura baixa é uma boa época para quem quer perder as indesejadas gordurinhas, mas o frio sozinho não muda nada.
O calor é melhor para o idoso do que o frio”, diz Moacir Padovese, voluntário da pesquisa. Segundo os pesquisadores, o frio incomoda mais os idosos porque é associado a doenças e traz desconfortos como dores musculares e nas articulações. O idoso se preocupa menos com o calor.