Em sua teoria política, Maquiavel destacou a importância de se manter o poder, ou seja, do governante manter-se no governo, para que o Estado e a ordem social sejam preservados.
A intenção da obra é ensinar aos príncipes como chegar ao poder e não perdê-lo, não perder seus territórios. Maquiavel enfatizou a necessidade de se ter boas armas e boas leis, além de comandar e defender os principados mais fracos que estiverem em torno do território principal.
Em sua obra O Príncipe, defendeu a centralização do poder político e não propriamente o absolutismo. Suas considerações e recomendações aos governantes sobre a melhor maneira de administrar o governo caracterizam a obra como uma teoria do Estado moderno. Ele é, de fato, considerado o "pai da moderna teoria política".
As principais idéias de Maquiavel: -A suprema obrigação do governante é manter o poder e a segurança do país que governa, ainda que para isso ele tenha que derramar sangue. (Os fins justificam os meios). -A conduta do príncipe ( governante) deve ser de acordo com a situação.
Os fins justificam os meios: Maquiavel não disse essa frase, mas ela foi atribuída à sua obra por estar alinhada com o seu pensamento. Um bom governante, para manter o governo e a ordem social, precisa tomar medias impopulares e até cruéis às vezes.
Conselhos Maquiavélicos | Maquiavel: O Príncipe | Filosofia
Qual a conclusão de Maquiavel?
Evoluindo seu pensamento, Maquiavel atribui as armas ao povo. Cria um exército cidadão, onde quem seria apto para portar as armas seria o próprio povo de um país ou cidade-Estado. O povo armado então é que seria um dos pilares de sustentação da república e que garantiria essas de ameaças internas e externas.
A obra mais conhecida de Nicolau Maquiavel é certamente O príncipe, que começa a ser escrito em meados de 1512. Nele as ideias são expostas de forma clara, e seu pensamento político entende a política como um fim em si mesma.
Resumo: Definido como fundador do pensamento político moderno, Nicolau Maquiavel é um dos autores centrais da história ocidental, ou mesmo mundial. Suas reflexões sobre o Estado colocaram-no como clássico das ciências humanas e autor indispensável para se entender a dinâmica política ainda hoje.
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser: A munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.
Na filosofia política de Maquiavel, a moral é vista como flexível e adaptável às necessidades do Estado, em vez de uma série de regras rígidas e universais. O príncipe deve ser capaz de agir de acordo com as circunstâncias e as necessidades do momento.
Maquiavel é claro: religião é timore di Dio. O fundamento da religião para Maquiavel é, pois, o medo de um Deus que, ainda que seja apresentado como algo que tem certa feição humana, considerado em si mesmo não constitui razão de obrigação política e de vínculo social.
O legado filosófico-político de Maquiavel é caudatário do pensamento que busca seus fundamentos na realidade fática, seja no aspecto histórico, em que resgata a trajetória do Império Romano, seja no contexto político em que ele vivia, o Renascimento italiano.
Ele defende a ideia de que o fim justifica os meios, ou seja, os governantes devem usar qualquer meio necessário para alcançar seus objetivos políticos e manter seu poder, mesmo que isso envolva ações imorais ou antiéticas. Maquiavel também enfatiza a importância da astúcia, da manipulação e do realismo na política.
Outro pensamento trabalhado pelo autor no livro O Príncipe é de que o Estado deve ser laico, ou seja, a Igreja não deve influenciar as ações do governo. Isso foi frisado por Maquiavel, pois durante a Idade Média a Igreja detinha muito poder e influência nas decisões políticas.
O termo “maquiavélico” sempre esteve associado à astúcia, falsidade e má-fé. Foi empregado, por exemplo, para caracterizar governos despóticos e políticos corruptos. Os dicionários apontam esse termo como “astuto”, “ardiloso”. De fato, o nome de Maquiavel foi considerado uma ameaça às bases morais da vida política.
Nicolau Maquiavel se dedicou ao estudo da filosofia política, mas de forma diferente dos filósofos anteriores a ele, buscou investigar a política pela política, ou seja, sem utilizar em sua análise conceitos morais, éticos e religiosos que pudessem direcionar seus estudos.
De um modo geral, Christie e Geis (1970) consideram que os indivíduos maquiavélicos tendem a ter uma relativa ausência de afeto nas relações interpessoais, não apresentam preocupação com a moral convencional, embora não sejam necessariamente imorais e demonstram baixo comprometimento ideológico.
FRASES MARCANTES DE MAQUIAVEL: “Melhor ser temido do que ser amado”. “Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz, está fadado a sofrer, entre tantos que não são bons.” “O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta”.
O que Maquiavel diz é que o príncipe deve agir de modo bruto quando for necessário. Para ele, se o rei se utiliza da brutalidade sem um motivo razoável, ele não só não está cumprindo seu papel, como também o está pondo em perigo e diminuindo sua autoridade perante o povo.
O pensamento de Maquiavel tem uma importância ímpar nos estudos políticos pelo fato de ele estabelecer uma nítida separação entre a política e a ética, bem como por deixar de lado a antiga concepção de política herdada da Grécia antiga, que visava compreender a política como ela deve ser.