Como dissemos, existem várias correntes que buscam explicar e entender a morte na filosofia, porém, quase todas podem ser agrupadas em dois grupos importantes: os niilistas: que acreditam que a morte é o fim completo do homem; os não niilistas: que acreditam que a morte não é o fim completo do homem.
O niilismo que é a nova linguagem do mundo e da existência. Está será a consequência decisiva da morte de Deus. “Fim do fim”, de “toda verdade” ede “toda unidade”. se encontrará jamais: o absoluto tornou-se inacessível.
50 Daí a morte surgir como uma fatalidade que deve ser temida. Por fim, a raiva da morte surge na esteira da raiva do tempo. O espírito de vingança, ao condenar o tempo que impede o homem de ser inteiramente aquilo que se é, condena a morte inevitável quando diz: “tudo perece, tudo, portanto, merece perecer!”.
No pensamento de Platão temse a explicação da morte através de uma vida pós morte, na qual a alma sobrevive como uma tentativa de salvaguardar uma imortalidade para a vida humana. Contudo, o que interessa mais na concepção de Platão a respeito da morte é a afirmação da filosofia como conhecimento dedicado ao tema.
Nietzsche usou a frase para expressar sua ideia de que o Iluminismo havia eliminado a possibilidade da existência de Deus. No entanto, os proponentes da forma mais forte da teologia da Morte de Deus usaram a frase em um sentido literal, significando que o Deus cristão, que existiu em um ponto, deixou de existir.
Nietzsche expressou a sentença "Deus está morto" pela primeira vez no terceiro livro do escrito A gaia ciência, publicado em 1882. Com esse escrito começa o caminho de Nietzsche em direção à conformação de sua posição metafísica fundamental.
O Niilismo vem do termo latim “nihil” que significa “nada”. Trata-se de uma ideologia que consegue atingir as diversas classes do mundo contemporâneo. É uma corrente filosófica que acredita no vazio e o seu conceito é fundamentado na subjetividade do viver.
Niilismo é a rejeição ou ceticismo quanto ao valor e propósito da vida e da existência. Surgiu como um movimento distintivo na Rússia do século XIX. Caracteriza-se pela rejeição de valores tradicionais, ceticismo em relação à verdade absoluta e descrença no propósito da vida.
O niilismo de Nietzsche significa que esse niilismo passivo deve, necessariamente, ser ultrapassado por um niilismo ativo. Este, em vez de causar sofrimento pela falta de sentido, é gerador de novos valores para o ser humano.
O referencial teórico da pesquisa é o pensamento de Friedrich Nietzsche, filósofo que caracterizou o niilismo como um princípio desorganizador que arruína as instituições e valores. O nihil (nada) prevalece, gerando ressentimento, declínio, desnorteamento, incapacidade de avançar e criar novos valores.
A morte (da maneira como é concebida por Schopenhauer, aquela que é conseqüência da negação da vontade), sim, ela é o fim não só do indivíduo, mas de todo o querer que nele está presente e é somente ao relutar diante da dominação daquela vontade que o homem dela pode se libertar.
Fiel a este materialismo, Epicuro elabora suas reflexões quanto à morte. Acredita que somos um corpo formado por átomos e que, portanto, quando estes átomos chegam ao fim, morremos. Vivemos o tempo necessário de nossa existência. Para Epicuro não devemos temer a morte, porque ela nada significa a nós.
O niilismo se configura numa negação da vida. O niilista é o indivíduo que encara a vida com indiferença. Crítica o que há a sua volta, afirmando que tudo é falso porque é tudo artificial. Desta forma, para Nietzsche, o niilismo é o sintoma do adoecimento do homem.
Os niilistas surgem tentando negar todas as doutrinas religiosas e políticas que interferem na nossa vida e na nossa escolha. Por isso, eles acreditam que nós somos apenas um corpo e, quando morremos, esse corpo deixa de existir. Portanto, a morte é o fim completo.
4°) Niilismo Ativo: o niilista pode voltar a ser um niilista negativo ou reativo ou se tornar um niilista ativo (esse é o niilismo de Nietzsche). Não ter mais sentido torna-se um convite para criarmos os valores, encontrando novos modos de vida potentes e criadores (transvaloração de todos os valores).
Reprimimos quem realmente somos para atendermos as demandas sociais. Se olharmos o niilismo nietzschiano pela ótica do filósofo francês Gilles Deleuze, confirmaremos essa versão. Deleuze identifica na filosofia de Nietzsche quatro formas do niilismo: a negativa, a reativa, a passiva e a ativa.
O niilismo, de acordo com a perspectiva de Gianni Vattimo, filósofo niilista italiano, pode ser considerado como um movimento “positivo” – quando pela crítica e pelo desmascaramento nos revela a abissal ausência de cada fundamento, verdade, critério absoluto e universal e, portanto, convoca-nos diante da nossa própria ...
O ANTINIILISMO manifesta-se de dois modos: ou pela tentativa de restaurar valores perdidos (negação do niilismo) ou pela estratégia de criar novos valores (ultrapassagem do niilismo). Os dois modos são, toda- via, dependentes do reconhecimento do niilismo, de sua instauração.
Nietzsche considera Jesus um decadente, porém, sua decadência é modelar para o cristianismo e para a civilização ocidental, à medida que Jesus não engendrou dispositivos de manutenção e disseminação da degeneração fisiológica que o acometia.
Ele critica uma sociedade edificada sob o ideário cristão que está amparado em uma moral que, por séculos, foi usada como mecanismo de domínio e manutenção de poder. Nietzsche entende o Cristianismo enquanto negação da vida e/ou Religião da decadência.
Nietzsche conjectura que nós, humanos, percebemos que a existência de Deus é indefensável e indesejável. Portanto, Nitetzsche afirma, e não prova, a indefensabilidade da crença em Deus, mesmo ao explicar sua indesejabilidade.