O silêncio permite que você consiga se ouvir Nele, percebemos nossas dores, forças e fraquezas. A quietude traz consigo a possibilidade de evoluir a consciência sobre o próprio corpo, mente e alma, fazendo com que os pensamentos e ações deixem de ser automáticos e passem a ser percebidos e executados com mais clareza.
O silêncio pode acalmar, ferir, amparar ou violentar. Em algumas ocasiões pode trazer paz, em outras, tempestades. O silêncio também pode corresponder à reflexão, a um turbilhão de pensamentos pulsando dentro de nós. Às vezes, o silêncio é solidão, vazio, dor e tristeza.
O silêncio é importante para o equilíbrio e a saúde mental.
O ruído, o barulho tem levado a diversas síndromes como o Burnout ou Síndrome do Esgotamento e a outras doenças psicossomáticas. O silêncio restaura e revigora as energias do corpo, da alma e do espírito.
“O silêncio nos convida a ter 'espaço mental', ou melhor, nos revela que temos um espaço interno. No dia a dia não entramos em contato com esse espaço, pois ele está o tempo todo preenchido por algum ruído, barulho: música, trabalho, texto, filmes, discussões, reuniões, o que for”, diz ele.
O ruído excessivo também pode resultar em elevados níveis de estresse. Acredita-se que as ondas sonoras ativam a amígdala, estruturas associadas à formação da memória e à emoção, causando uma liberação de hormônios do estresse. Já o silêncio causa um efeito reparador: ajuda a liberar a tensão no cérebro e no corpo.
A SABEDORIA DO SILÊNCIO, O MAIOR SEGREDO DOS SÁBIOS
O que o silêncio ensina?
O silêncio nos tira da zona de conforto, abala nossas estruturas, nos deixa vulneráveis e mais sensíveis àquilo que antes estava oculto; ele tem a capacidade de iluminar nossa consciência para as realidades mais confusas, ajuda no processo de compreensão e esclarece nosso entendimento.
O poder transformador do silêncio está em nos libertar de nossos pensamentos, medos e desejos, dissipando as tensões do passado e as expectativas em relação ao futuro. Só no presente podemos descobrir quem realmente somos, alcançando assim a paz e a alegria que estão dentro de nós.
O silêncio nos permite passar um tempo conosco e abre espaço para que nossos pensamentos cresçam em criatividade e se conectem com nossas emoções, diminuindo a velocidade e reconhecendo o que está ocorrendo internamente, sem reagir aos estímulos externos.
A sabedoria popular nos ensina que, em certos momentos, o silêncio é a melhor resposta. Quando percebemos que nossas palavras podem ferir alguém ou quando elas apenas refletem nossa própria dor, calar-se torna-se um ato de inteligência.
Pesquisas comprovam: se manter em silêncio pode elucidar ideias, fortalecer sua memória, ajudar no tratamento de depressões além de prevenir doenças cardiovasculares. O silêncio é o ponto de encontro entre o sono e a meditação.
No ambiente externo, na maioria dos contextos, o silêncio permite maior concentração, conexão e compromisso com o momento presente, além da redução dos níveis de estresse e ansiedade.
O silêncio é, comumente, associado à ausência da fala. Ao senso comum, enquanto a fala é presença de comunicação clara e óbvia, o silêncio é compreendido à falta da fala, a falta da linguagem — ou à pausa. Essa compreensão, porém, não poderia estar mais distante da realidade.
No entanto, quando o silêncio é usado como uma forma de punição ou controle, pode ter um efeito prejudicial nas relações interpessoais e na saúde mental dos indivíduos. O tratamento do silêncio é definido como a prática de ignorar, recusar-se a responder ou evitar falar com outra pessoa.
Em muitas ocasiões, o silêncio é a mais poderosa das respostas. Além disso, saber ouvir é ferramenta importante de comunicação por denotar respeito por quem está falando. Silêncio bem utilizado mostra maturidade, humildade, poder sobre si mesma e força interior.
Aumentar a capacidade de reter informações, potencializar a concentração, auxiliar no raciocínio para resolução de problemas. Estas são apenas algumas das vantagens que o silêncio oferece.
Freud aponta que essa alteridade radical, silêncio estrutural do ser, expressa pelo unheimlich, se liga à angústia infantil do estado de desamparo primordial. Se no início é o silêncio, no final também é o silêncio. Esse seria o silêncio primordial do qual fala Kovadloff em seu livro.
Mas você sabia que o silêncio pode ter também um efeito poderoso? É uma das lições que a Bíblia nos ensina: Provérbios 17.28: “Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento.” Provérbios 21.23: “O que guarda a boca e a língua guarda das angústias a sua alma.”
Como disse o filósofo: por que existe o ser e não o nada? O silêncio não é o nada. Assim como o vazio contém a possibilidade de todas as formas, o silêncio contém a possibilidade de todos os sons.
O poder transformador do silêncio está em nos libertar de nossos pensamentos, medos e desejos, dissipando as tensões do passado e as expectativas em relação ao futuro. Só no presente podemos descobrir quem realmente somos, alcançando assim a paz e a alegria que estão dentro de nós.
Isso, se em silêncio, faz com que você passe a harmonizar a sua base biológica, que é o seu batimento cardíaco, seu corpo e o seu cérebro". A especialista explica que o cérebro necessita de direcionamento e o silêncio pode ser uma ferramenta para ajudar a ajustar o rumo dos pensamentos.
O silêncio é acima de tudo, uma comunicação profunda! No silêncio, encontramos um caminho de volta para nós próprios. Longe do tumulto do mundo exterior, é no silêncio que podemos ouvir os batimentos do coração, refletir sobre os pensamentos mais profundos e conectarmo-nos com quem somos.
É um período de disciplina espiritual, marcado por práticas como jejum, oração e penitências, com o objetivo de aprofundar a conexão com Deus e promover um senso de compaixão pelos outros.
1 Ausência completa de som ou de ruído; calada. 2 Estado de quem se cala ou se abstém de falar. 3 Estado de quem se recusa a ou está impossibilitado de manifestar suas ideias, suas opiniões. 4 Qualidade ou caráter do que é tranquilo; calma, sossego.