O cérebro autista se desenvolve de um modo diferente do comum. Num cérebro autista as áreas do cérebro relacionadas a comunicação, socialização e processamento emocional, entre outras, não se desenvolvem adequadamente. O autismo, no entanto, não afeta apenas essas áreas.
O que acontece no cérebro de uma pessoa com autismo?
Além disso, alguns estudos feitos nos últimos anos demonstram que os hemisférios do cérebro autista apresentam um pouco mais simetria, em comparação àqueles sem nenhum transtorno. Por essa razão, os autistas apresentam características diferentes na hora de coletar e interpretar informações do mundo externo.
Ferreira e Thompson (2002) informam que o autista apresenta dificuldade de compreender seu corpo em sua globalidade, em segmentos, assim como seu corpo em movimento. Quando partes do corpo não são percebidas e as funções de cada uma são ignoradas, pode-se observar movimentos, ações e gestos pouco adaptados.
Verdade: Muitas pessoas autistas interpretam as coisas de forma literal e podem ter dificuldade em identificar se alguém está mentindo, mas isso não faz todas elas serem pessoas ingênuas ou que podem ser facilmente enganadas. Inclusive, autistas podem mentir como qualquer outra pessoa!
Crianças com autismo não aceitam coisas novas em seu mundo, sendo assim há uma grande dificuldade em apresentar o mundo a elas. Para que a aprendizagem e o desenvolvimento do raciocínio lógico aconteçam, as invasões do mundo que a cercam são fundamentais, mas dificilmente serão aceitas por ela.
Tanto crianças quanto adultos autistas demonstraram menor ativação da rede temporal esquerda de processamento de palavras comparados a controles pareados por idade. Esses achados sugerem que o autismo está associado a um padrão anormal de ativação auditiva do córtex temporal esquerdo.
Um estudo recente do MIND Institute, ligado à Universidade da Califórnia, detectou que a gravidade dos sinais de autismo de uma criança pode mudar significativamente entre a idade de 3 e 11 anos. Ou seja, o estudo reforça que existem evidências de mudanças, e não exatamente piora.
A memória autista, sem a bússola pragmática, vaga sem função precisa, resultando ora na incapacidade do sujeito em se localizar nos contextos e em sua própria história, ora em prodígios mnêmicos pouco úteis para a autonomia e a vida social.
Segundo a pesquisa, publicada periódico cientifico Molecular Psychiatry, a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumenta o risco de autismo. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.
Algumas pessoas autistas podem apresentar mais interesse em movimentos repetitivos. Por exemplo: elas gostam de acompanhar a rotação da máquina de lavar, das hélices do ventilador ou das rodas dos carros.
O mapeamento de contagem pelo peso demonstrou que crianças autistas apresentam maior contagem total de neurônios pré-frontais e maior peso cerebral de acordo com a idade que as crianças controle.”
Dito isso, a maneira como uma pessoa com autismo enxerga o mundo está conectado diretamente aos sentidos. Assim como é difícil lidar com as informações de um ambiente, existem diversas respostas neurológicas para organizar cada sensação de tato, olfato, visão, paladar e audição.
Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos. Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade para iniciar e manter um diálogo.
O transtorno de espectro autista dificulta o desenvolvimento da teoria da mente, mas em graus variados. Algumas pessoas podem apresentar um atraso no desenvolvimento, enquanto em casos mais severos pode haver um desenvolvimento muito empobrecido ou nenhum desenvolvimento da teoria da mente mesmo na idade adulta.
As pessoas com autismo podem expressar emoções de maneiras diferentes das esperadas pela maioria das pessoas. Por exemplo, eles podem ter dificuldade em entender e interpretar expressões faciais ou linguagem corporal, mas ainda podem sentir emoções intensas.
Além disso, os estudos apontam que a idade média com que uma pessoa diagnosticada com autismo morre é de apenas 36 anos, sendo que para a população em geral a expectativa de vida ultrapassa os 70 anos.
Primeiro, vamos entender: o TEA diminui a expectativa de vida da pessoa? Não há nada no transtorno que cause a diminuição da expectativa de vida por causas orgânicas, ou seja, por doenças do corpo. Entretanto, é comum que autistas sofram mais acidentes, o que pode diminuir a expectativa de vida.
Donald Gray Triplett, a primeira pessoa diagnosticada no mundo com sintomas de autismo, morreu aos 89 anos na última quinta-feira (15), de acordo com o Bank of Forest, onde ele trabalhava dese 1958.
Muito autistas relatam pensamentos intrusivos (que invadem a mente, de forma que foge às tentativas voluntárias de expulsá-los) e que se repetem infinitamente ao longo de horas ou mesmo dias, atrapalhando até a realização das atividades da pessoa.
Assim, atribuir "teoria da mente" às demais pessoas, colocar-se "no lugar do outro" e interagir socialmente a partir da decodificação dos sinais verbais e não verbais que o parceiro emite seriam habilidades improváveis em um autista. A capacidade de leitura da mente teria, para o autor, base inata, biológica e modular.
Aqui estão algumas das habilidades que podem ser encontradas em crianças com autismo: Memória detalhada, habilidades visuais, habilidades matemáticas, habilidades musicais, habilidades artísticas, etc.