Euó universais. São quizilas comuns a todos os terreiros de candomblé: não comer caranguejo, peixe-de-pele, cajá, jaca, berinjela, alguns tipos de marisco, raia-pintada.
Um filho de Oxalá, pai de todos os orixás, não come azeite-de-dendê. O de Exu, malicioso e ambíguo, detesta óleo-de-coco. O de Oxóssi, caçador que vive embrenhado nas matas, evita a carne de assanhaço, coruja e urubu.
Segundo Augras (2004), tais animais, por serem o prato votivo do orixá, devem ser evitados pelos seus filhos, como é caso do pato, animal sagrado para Yemanjá.
Oxóssi é o orixá das matas. É o rei da nação de Ketu”. Quando é questionado sobre o que lhe é interdito ele responde: “Eu não posso comer o que meu orixá 'come': milho, mel e coco”.
"A feijoada tem uma característica africana. O feijão preto é utilizado para divindade de Ogum e para outras divindades também. Esses grãos que são tão presentes em todas as comidas votivas desses orixás e de outras divindades também estão na relação africana.
De acordo com as lendas, Oxalá embriagou-se várias vezes com vinho de palma, fato que tornou a bebida alcoólica uma das restrições. Por causa de outra lenda, em que Exu suja suas roupas brancas por três vezes com sal, azeite de dendê e carvão, estes elementos também se tornaram restrição aos filhos de Oxalá.
Orixá Exu tem sua imagem desmistificada como ser do mal e assustador. Considerado por muitos como um ser “assustador”, o orixá Exu, cultuado nas religiões de matrizes africanas, está fortemente ligado ao negro brasileiro e a sua história.
Exu é um orixá que tem prioridade nos rituais do candomblé. É a divindade que primeiro deve receber as oferendas. Suas comidas, à base de farinha de mandioca, dendê, cachaça e pimenta, são preparadas com todo o cuidado, para que esta divindade possa receber tudo corretamente.
O filho de santo deve deixar de comer o que lhe faz mal, concebendo-se depois da iniciação como um corpo cujos sintomas são, ao mesmo tempo, indícios que deixam de atuar em relação ao corpo-objeto da biomedicina.
Segundo o ewo ou quizila (regras de conduta para os iniciados do candomblé que estabelecem o que eles não podem comer ou fazer), os filhos de Iemanjá não devem comer pimenta e sal, quiabo, abacaxi, mamão, uva vermelha e frutos do mar e nem usar a cor vermelha.
(...) essa família de orixás funfuns é a daqueles que utilizam o efum (giz branco) para enfeitar o corpo. São-lhes feitas oferendas de alimentos brancos como: pasta de inhame, milho, caracóis e limo da costa.
5- Mas existem os orixás que não podem usar o azeite de dendê ( e nem seus filhos): Oxalá e toda a sua corte, por exemplo. No mito da criação mais famoso, Oxalá perde a primazia para criar o mundo ao deixar de fazer a oferenda a Exu.
Ogum. Os elementos terra e fogo compõem o orixá Ogum, cuja constituição é atlética e viril, porém carregada de agressividade e mau humor. Os filhos de Ogum são magros e fortes, têm muito apetite e gostam de beber.
No Brasil, Irocô é considerado um orixá e tratado como tal, principalmente nas casas tradicionais de nação Queto. É tido como orixá raro, ou seja, possui poucos filhos. Raramente se vê Irocô manifestado. Para alguns, possui fortes ligações com os orixás chamados Iji, de origem daomeana: Nanã, Obaluaiê e Oxumarê.
Obaluaê, ou também como é conhecido Omolu, Omulu, Obaluaê, Obaluaiê, Xapanã, é o Orixá mais temido dentre todos! É o responsável pela terra, pelo fogo e pela morte, por causa do seu poder. É da Terra que tudo nasce e tudo tem seu fim, por isso Obaluaiê rege estas questões.
Xangô Considerado o orixá dos raios e da justiça, Xangô gosta de receber velas e flores na cor marrom, além de cerveja preta e o Amalá de Xangô, alimento preparado com quiabo. Pedreiras e montanhas são bons lugares para fazer a oferenda.
Isso porque, além de possuir propriedades nutritivas como nosso alimento primário, o leite é a bebida de Oxalá – o Orixá pai de todos os Orixás, criador do universo, entidade inteligente e organizada.