Assim KI-67 mais altos significam que o tumor tem uma replicação ou melhor uma proliferação mais rápida e portanto é mais agressivo. Habitualmente usa-se a medida em porcentagem do KI-67 variando de 0 a 100%.
Em 12 de outubro de 2021, o FDA (Food and Drug Administration) aprovou o uso de abemaciclibe para o tratamento adjuvante do câncer de mama localizado com receptores hormonais positivos (RH positivo) e HER-2 negativo de risco alto com Ki-67 ≥ 20% à imunohistoquímica após cirurgia com intuito curativo.
O Ki-67 é considerado elevado quando está acima de 30% (tumores agressivos) e baixo quando é menor que 10% (tumores pouco agressivos). Porém, a análise do Ki-67 geralmente é feita manualmente e pode variar de acordo com a pessoa que está examinando.
O Ki-67 é um biomarcador de proliferação celular analisada a partir da avaliação imuno-histoquímica dos tecidos submetidos a uma biopsia. Isso leva em conta que ele costuma ser liberado mediante os processos de divisão celular que acontecem no nosso organismo a todo o momento.
Como entender o resultado do exame imuno histoquímico?
Um exame de imuno-histoquímica atribui ao câncer diagnosticado uma escala que vai de 0 a 3+. Assim sendo, resultados 0 ou 1 indicam que há poucos receptores, fazendo com que o tumor seja considerado HER2 negativo.
A análise microscópica da amostra retirada durante a biópsia é feita pelo médico patologista e visa confirmar, ou não, a presença de câncer. Em caso positivo, será possível determinar o tipo da lesão, o grau e a fase da doença. Quanto maior é o grau, mais agressivo é o tumor.
O relatório de uma amostra de biópsia com agulha grossa incluirá o tipo de tumor e a taxa ou grau de crescimento do tumor. Se o câncer for encontrado, o patologista também realizará testes de laboratório para verificar se há receptores de estrogênio ou progesterona nas células.
Porque é importante saber se existe a proteína HER2 em uma biópsia de câncer de mama?
O carcinoma invasivo de mama de subtipo Her-2 é um subtipo de câncer de mama que apresenta uma proteína chamada Her-2 na superfície de suas células. Isto ajuda a avaliar a agressividade da doença e o tipo de tratamento necessário.
Segundo a Sociedade Americana de Câncer: Se o resultado da IHC for 0, o câncer é considerado HER2- (negativo); Se o resultado do IHC for 1+, o câncer é considerado HER2- (negativo); Se o resultado do IHC for 2+, o status HER2 do tumor não é claro e é chamado de “equívoco”.
O carcinoma invasivo, de tipo não especial, também antigamente conhecido por carcinoma ductal invasivo, é o tipo histológico mais comum do câncer de mama invasivo. Normalmente, se origina no interior dos ductos mamários, que são estruturas que carregam o conteúdo produzidos nos lóbulos até os mamilos.
Se o resultado for 0 ou 1+, o câncer é HER2-. Ou seja, não apresentam excesso da proteína nas células. Quando os resultados retornam como 2+, significa que o status HER2 do tumor não está claro e será necessário realizar um novo teste. Se o resultado retornar como 3+, o câncer é HER2+.
Quando o resultado de uma biópsia da inconclusivo?
A biópsia inconclusiva, ou não diagnóstica, não sugere malignidade, apenas que não foram vistos dados suficientes no material colhido para concluir a respeito. Por isso, precisa ser repetida para que seja possível obter o diagnóstico correto.
O Ki-67 é um marcador da multiplicação celular também conhecido como mib-1. Trata-se de uma proteína nuclear, expressa em todas as fases da multiplicação celular, mas que não aparece nas células em repouso. Sendo assim, torna-se uma forma indireta de medir a taxa de crescimento tumoral.
A terapia ainda possibilita o adiamento da quimioterapia por até quatro anos. O novo tratamento é feito por meio da combinação do abemaciclibe (um inibidor de ciclina, enzima responsável pela divisão celular) e do fulvestranto (uma medicação anti-hormonal que interfere no processo de proliferação celular).
O tratamento da imunoterapia oferece ferramentas para o sistema imune enxergar essas células anormais e combatê-las mais fortemente. Isso se dá por meio de medicamentos orais, injetáveis ou tópicos (pomadas) que estimulam a produção de citocinas (moléculas de proteína que agem contra as células cancerosas).
Exposição a hormônios, especificamente o estrogênio, aumenta o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama. Ao longo da vida, as mulheres são expostas aos hormônios. Da sua primeira menstruação até o início da menopausa, o estrogênio e a progesterona estimu- lam as células mamárias normais.
Os estágios do câncer de mama são cinco, indo do zero ao quatro, e sendo IV o nível mais grave da doença. Assim, o câncer de mama é considerado avançado quando atinge o estágio IV. Nessa fase, ele pode ter se espalhado da mama ou axila para outras áreas do corpo.
A mamografia é o principal exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro, tamanho em que ainda não pode ser sentido durante a palpação. E, quando diagnosticado nesse estágio, o câncer de mama tem 95% de chances de cura.
O exame imunohistoquímico é necessário quando o diagnóstico anatomopatológico microscópico não é suficiente para conclusão diagnóstica, auxiliando o patologista na identificação da histogênese (origem) de uma neoplasia indiferenciada, sítio primário de uma metástase ou na subclassificação de linfomas, sarcomas e ...
O resultado para esse exame é simples de entender: se der 0 ou +1, o tumor não possui superexpressão da proteína HER2. Se der +2, o resultado pode ser inconclusivo e é necessário confirmar com um segundo teste, o FISH. Se der +3, o paciente é HER2 positivo.
Assim, o encontro dos marcadores p16 e Ki-67 na mesma célula significa transformação oncogênica (teste positivo). Se nenhuma célula apresentar dupla coloração ou houver coloração para apenas um dos marcadores, o teste é considerado negativo.
Geralmente, o exame imunohistoquímico é realizado primeiro: Se os resultados forem 0 ou 1+, o câncer é HER2 negativo. Pacientes com tumores HER2 negativo não são tratados com medicamentos que têm como alvo a HER2. Se o resultado for 3+, o câncer é HER2 positivo.
Como saber se o resultado da biópsia é maligno ou benigno?
A única forma de saber se um tumor é benigno ou maligno é procurando a ajuda de um médico especialista. Durante a consulta, o médico irá fazer um levantamento do histórico médico do paciente, um exame físico e ainda solicitar exames complementares para a confirmação do tipo de tumor.
O laudo conta com informações que identificam o paciente. No geral, incluem o nome da pessoa, o número do prontuário médico emitido pelo hospital, a data em que a biópsia ou cirurgia foi realizada e o número único da amostra (que é atribuído no laboratório de patologia).